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sexta-feira, setembro 26, 2003

SUPERCALIFRAGILISTIC- EXPIALIDOCIOUS
(mais um episódio da Saga sobre os Filmes-Família mais marcantes)
Capítulo 2: "MARY POPPINS"

CENA 1 - No curso de Inglês, circa 1995 (eu tinha uns 15 anos de idade):
Fazemos questionários para conhecer melhor os colegas de classe. Uma delas me faz a cruel pergunta: "Se vc pudesse ser um dos seguintes personagens, qual escolheria? a) Indiana Jones; b)um qualquer que realmente não me lembro; c)Mary Poppins.
Mesmo com o eterno Indy na jogada, foi só pensar na bolsa mágica feita de tapete e acabei escolhendo a opção C sem piscar.
A professora vê a minha resposta e só comenta: "Hum... é a bolsa, né?" Sim, era a bolsa. Só me restou concordar com a cabeça, no que ela sorriu e disse: "A Bolsa é imbatível..."
Sim, era mesmo.

CENA 2 - Semana passada (me recuso dizer a idade, é só fazer a conta):
Diálogo entre namorados, enquanto fuçam o jogo que vem no DVD:
- Tá, Mari, o que faço aqui agora?
- Ah, agora vc tem que tirar o Tio Albert do teto, fazendo ele ficar triste!
- Ah, sim, claro... (ele fazendo cara de "tadinha, tá retrocedendo...")E esse aí, quem é?
- O papagaio é o cabo do guarda-chuva da Mary!
Ele começa a rir, claro.

CENA 3 - Ainda na semana passada:
Euzinha aqui passo o fim-de-semana inteiro cantarolando canções do filme, especialmente a que toca no menu do DVD, "Spoonful of Sugar".
Meu pai: "Isso é Mary Poppins, né?"
Lê responde sim com a cabeça e ri, com a mesma cara de "essas crianças...".

Até alguns anos atrás (já namorava com o Lê, até), sempre que batia um pé-de-vento mais forte aqui na cidade e me pegava desprevenida eu já comentava "Mary Poppins tá chegando...". Ela pode demorar pra aparecer por aqui, mas quando vem, é um verdadeiro evento para mim. E o porquê? Não faço a mínima idéia. Ao contrário de "Alice no País das Maravilhas", que é minha história favorita EM LIVRO, e que me levou a nutrir um grande amor por Lewis Carroll - apesar das acusações de pedofilia e uso de drogas -, eu nunca li o livro da autora P.L.Travers, de onde foi baseado
o filme sobre a Babá voadora que aparece das nuvens cinzentas londrinas. Meu negócio é a produção do Valdisnei mesmo.

Quando era pequena, não tinha essa mania que tenho agora de contar quantas vezes eu já vi um filme. Desde que comecei a contar, o vencedor tem sido "The Wonders", que vi umas 11 vezes (acho que nem o próprio Tom Hanks o viu tanto). Mas acredito que o "all-time winner" do filme que mais vi na vida deve ter sido Mary Poppins mesmo.
O mais engraçado é que foi um dos poucos filmes que adorava, mas nunca gravei pra mim. Todas as vezes em que eu queria vê-lo, fazia questão de pegá-lo na locadora, e LEGENDADO (claro, porque desde que aprendi a ler que eu ODEIO filmes dublados).
E, se não me engano, assistia umas 3 vezes num espaço de 24 horas, porque tinha que devolver no dia seguinte. Por alto, então, devo ter visto no mínino umas 15 vezes. Nossa! A última vez que tinha visto fora há uns 2 anos atrás, quando o Disney Channel tava gratuito por um período experimental na DirecTV, e peguei o filme já pela metade. E quem disse que eu conseguia mudar de canal?

Quando vc é criança, tem essa mania de ver filmes over and over and over again. E eles nem precisam ser, necessariamente, bons. Então, o grande desafio para mim ao comprar o DVD do filme, seria averiguar se ele seria capaz de me deixar feliz como antes fazia.
Enfim, fazer com que eu voltasse a ser criança.

E ele consegue. Totalmente filmado em estúdio, uma Londres propositalmente fake com o seu cinza que nunca teria sido tão encantador, ele pode até ser uma grande bobagem. Mas que bobagem bem produzida e conduzida! O filme continua fofinho, engraçado, e o melhor é que hoje acho graça de outros detalhes que não pegava quando era criança, então não ficou um filme "perdido" nessa mudança de infância à idade adulta. Mas continua levinho, deixando o espectador de bem com a vida. E é um filme relativamente grandinho: 139 minutos, que continuei sem perceber que passaram. Mas tudo bem, sou suspeita pra falar...

Não é um filme tão "doidão" quanto outros do gênero infantil, mas tem babás voadoras, hora-do-chá no teto, gargalhadas que nos fazem flutuar, interação com pingüins dançarinos de desenho animado, corrida com cavalos de carrossel (essa é tudo), passeios em campos desenhados com giz de cera na calçada... e tudo embalado por músicas bonitinhas, algumas até com moral! :oP

Uma das melhores coisas são os efeitos especiais. Combinam stop-motion, com cartoon, com técnica de cabos e inversão de perspectiva de cenário (nas cenas de "flutuações"), além dos famosos animais animatrônicos (também propositalmente fakes, mas lindinhos).
No DVD, ficam mais claros os contornos do chroma key (que não era esse nome que era utilizado na época, acho), pq a imagem tá realmente impecável, mas no VHS original, eram praticamente invisíveis! Analisando agora, dá pra perceber que cada ceninha do filme perece ter sido uma verdadeira lenha pra ser filmada. Podem dizer o que quiser, mas Valdisney realmente dominava nessa área, tanto que até Hitchcock em "Os Pássaros" apelou pra Disney para utilizar seus preciosos efeitos especiais.
E tem Julie Andrews, em seu primeiro papel no cinema! Ela, que dublou Audrey Hepburn nas canções de "My Fair Lady" (e não recebeu crédito algum por isso) e que no ano seguinte faria o papel de outra babá, ironicamente chamada Maria em "A Noviça Rebelde", e concorreria ao Oscar novamente e tal. Julie é uma fofa e não se fala mais nisso.

Então, mesmo romanceando a Londres pobrinha do início do século passado (como se todos os limpadores de chaminés fossem felizes e cantantes...), assim como a riquinha (onde já se viu "re-contratar" um banqueiro que mata o presidente do banco de... rir ?!?!), continua sendo um filme super-bacana (a expressão infantilóide aqui é proposital, aliás), e que continua me deixando com
vontade de assistí-lo mais vezes. Odeio dizer isso, mas é, pra mim, um clássico.




segunda-feira, setembro 22, 2003

MAS... POLAINAS?!?!?!

Vemos que a crise nostálgica-anos-80 chegou ao limite quando nos deparamos com POLAINAS nas vitrines de lojas até aqui na Rua Tereza, indicando que será a grande tendência do próximo verão. Como já se não bastasse o espanto de desenterrarem as ditas-cujas, que deveriam permanecer no fundo do armário juntamente com aquele seu collant cor-de-rosa-bebê, usado nas aulas de balé de quando você tinha 5 anos de idade, o pior é que esses trecos esquentam pra burro (como já devem ter percebido, EU USEI POLAINAS NOS ANOS 80, confesso), o que torna seu uso absurdo durante o verão, até mesmo aqui em "Petrópis".

Sei também que daqui a algum tempo faremos listinhas de "coisas dos anos 2000 que devemos esquecer que existiram" e nela estarão meias 3/4 listradas e saias pregueadas, junto com tralhas como a bolsa Fernanda Chies (lembram dessa praga??). E, mesmo gostando de meiões e sainhas, daqui a pouco nutrirei por elas o mesmo que sinto atualmente pelas malditas polainas.

Ironicamente, uma de minhas maiores ídolas usa polainas!! Ao menos é o que parece, igual às do Tio Patinhas, sabe? Mas ELA pode, porque ela é uma fofa, "perfeita de todas as maneiras", e vivia na Inglaterra de 1910. Então tá...



Ai, a-do-ro essa parte do filme, passada dentro de um desenho feito com giz numa calçada!!Especialmente a música "Jolly Holiday (with Mary)". Seria uma identificação com o nome? :oP

Pra compensar uma conjutivite feiosa e o falecimento de um cãozinho da família, consegui
Mary em DVD. Felicidade total, porque quando vejo esse filme é uma coisa vergonhosa. Muita gente não iria nem me reconhecer...

Assim, continuando a saga bloguística sobre os Grandes Filmes-Família de que mais gosto (iniciada com o post sobre O Mágico de Oz), meu próximo post será em homenagem à babá mais legal de todos os tempos: Mary Poppins.

terça-feira, setembro 16, 2003

"Liga Extraordinária", a crítica!!!
ou "Eu bem que tentei ME avisar..."

... QUE OS PARIU!!! Certa vez escrevi aqui que o mundo do cinema ganharia muito se deixasse de empregar roteiristas medíocres e começassem a filmar as graphic novels do Alan Moore. Com histórias inteligentes, amedrontadoras e até engraçadas, era só arranjar um diretor fã do cara e filmar. Nem precisava de storyboard ou de roteirista, porque as histórias são perfeitas do jeito que Moore as escreve, assim como os ângulos apresentados, mesmo em quadrinhos, são mais cinematográficos que muita coisa que vemos por aí. Mesmo o diretor mais preguiçoso do mundo conseguiria fazer um filmaço, fácil, fácil!!
Até entrarem produtores, e estúdios e outros, só pra estragar a festa...
Depois de muito adiar o sofrimento, eu e Lê finalmente resolvemos assistir à "Liga Extraordinária". Não vou dizer que me arrependo amargamente porque eu sabia que TINHA que ver o filme, bom ou ruim, por amor ao trabalho do Alan Moore. Mas, ainda nos créditos iniciais, ao aparecer "baseada na HQ de Alan Moore e Kevin O'Neill" (seria instinto?), me deu uma vontade imensa de levantar da poltrona do cinema e gritar "Blasfêmia!!! Alan Moore nunca escreveria isso!!". Hehehe...
Exageros de lado, parecia que estava prevendo o que viria a seguir.
Nunca na vida tinha visto tamanha "desadaptação" de texto para o cinema. Sabe o que a história do filme tem a ver com a do gibi? ABSOLUTAMENTE NADA!!!. Quer dizer, apenas o uso de personagens da literatura que juntam-se a "Serviço Secreto de Sua Magestade" (mas não exatamente isso...). Até a equipe original é modificada para "agradar as multidões". A missão da trupe é diferente, os meios usados por eles, o vilão... No início você até tenta se adaptar ao jogo, foram vááááárias as vezes em que falei comigo mesma pra deixar de ser cri-cri, que a intenção era fazer algo "um pouco" diferente do original... Mas não deu, chegou num limite em que não dava mais para aturar "licenças poéticas" para com o gibi, porque todas elas eram desastrosas!!
Desde o início, o horror. Por mais que eu adore o Sean Connery (mesmo se saindo bem nas pauladas, ainda prefiro o Allan caidaço do HQ), ele escorregou feio em exigir que seu Allan Quatermain fosse o responsável pela união do grupo, porque assim Mina Harker (Wilhelmina Murray no gibi, o cinema não conhece mais a palavra "sutileza" não?!?!) perde seu emprego e a graça toda vai pro espaço, porque ela é quem comanda à mão-de-ferro os homens na história original. Sem sua real função, a solução no filme foi colocá-la como uma cientista-vampira!! E ela no gibi é professora de música, e não é vampira, apesar dos prováveis maus-bocados que teria passado com Drácula. E ainda colocam uma história de amor entre ela e Dorian Gray (personagem perdido na trama, e que não existe no gibi, mas confesso que sua canastrice às vezes era divertida), pra quê eu não sei.
Mas continua. Para dar aos personagens origens mais "limpinhas", acabam tendo que modificar o rumo da história por completo, perdendo-se as passagens realmente delirantes do HQ. Mina resgatando Quatermain, decrépito de ópio, no Cairo, e sendo auxiliada pelo Capitão Nemo (incluindo aí a primeira aparição dele e de sua Nautilus), é de deixar o leitor de boca aberta. Aliás, muito da graça do HQ é a "fase de recrutamento" do grupo, e já no início do filme metade deles já foram chamados. ALIÁS (de novo), que diabo de Capitão Nemo bonzinho é esse do filme? E que Nautilus é essa que tá mais pra transatlântico Royal Caribbean?? Hunf!
Outra história prejudicada foi a do Homem Invisível, que era a melhor de todas. Ele, que engravidava mocinhas "inocentes" de um internato de fama duvidosa, fazendo-as acreditar que esperavam filhos do Espírito Santo (sim, o próprio), virou o mero personagem responsável pelas piadas (que até eram engraçadas, ele é um personagem muito maneiro, mas...) no filme. E Tom Sawyer, sem comentários, só foi inserido para que um personagem americano "salvasse o filme". Argh. Como bom americano, salva o filme na base da violência, claro, ao invés da sagacidade.
Ah, faltou Jakyll/Hyde. Até gostei do ator que interpreta Dr. Jekyll (Jason Flemyng, que em "Snatch" tá horroroso), porque ficou bem parecido fisicamente com o do gibi (e porque tem uma cara de "rapaz sensível", é meio ruivo, e com roupas de época então... hehehe, podem rir de mim que não bato bem mesmo...), mas estraga quando transforma-se em Mr. Hyde, virando um (d)efeito especial muito do feioso.


Ao menos encontrei uma foto bacana do Dr. Jekyll. Um cara legal.
O Homem-Invisível não quis aparecer aqui...

Aí nos perguntamos: Por quê? Por que então fazer um filme "inspirado" na HQ, uma vez em que uma vírgula sequer foi mantida (pelo contrário, se não tivesse mudado uma vírgula do original, seria filmão garantido). E se a história original não agradou produtores/estúdio/diretor/diabo a quatro, então por quê fazê-la afinal? Nem que fosse uma franquia de heróis, pra faturar horrores, em que se pode fazer algumas modificações pra evitar maiores polêmicas e ainda assim ficar bom (melhor exemplo que "X-Men 2"?)
nas mãos de alguém competente. Mais uma prova que não se deve deixar uma história com cérebro nas mãos de alguém que só quer mostrar explosões e câmeras tremidas. Foi-se o tempo, meu bem.
Aliás, outra coisa que odiei foi vê-los se auto-entitulando "Liga Extraordinária". Como assim??? Estão se achando a Liga da Justiça do século 19, é? Ridículo. Enfim, tremendo dispedício de um elenco bacaninha, de dinheiro, até de caracterização (não ficou nenhuma Brastemp, mas ficou melhor que esperava). Me senti desrespeitada e enganada por ter que ver algo tão diferente do que me foi prometido. Triste, muito triste.
Não costumo nem falar dos filmes ruins que assisto aqui no blog. Mas faz tempo que eu não via algo tão ruim. e não acreditem no cliché "Quem não leu o gibi vai gostar". É ruim mesmo. Tente comprar a série em sebos ou gibiterias (acho que está esgotada, porém), que é o melhor que se faz.
Looking on the Bright Side, talvez com o filme a Pandora Books (editora da Liga no Brasil) resolva relançá-la, ou, ainda melhor, finalmente lance aqui a segunda aventura deles (que saiu lá fora ano passado e também esgotou rapidim). Aliás, diz a lenda que o segundo filme, "baseado" (duvido muito, agora) na segunda série, está por vir. E que Deus (o Senhor) e deus Alan Moore tenham piedade destes que não sabem o que fazem... :o))



quarta-feira, setembro 10, 2003

PRIMEIRÃO

Uma das resoluções de ano novo cumprida! Finalmente comprei minha primeira revista relacionada ao Sandman do Neil (suspiros) Gaiman.
Tá bom, tá bom, não é uma história do Sandman, é a edição especial das capas das revistas do Sandman feitas por Dave McKean, chamada "Capas na Areia", comentadas pelo Neil himself.
Ela sairá em duas edições, e já comprei a primeira. Espero que a segunda também tenha uma boa distribuição para que eu consiga comprar aqui na roça sem maiores problemas.
Como ainda não consegui juntar R$45.00 pra comprar o recomendado "Deuses Americanos" (algum admirador secreto aí quer me dar de presente? hehehe), me contento com esse mesmo. Se bem que as capas de McKean são maravilhosas mesmo e vale a pena ler como foram feitas sim. E tem fotos e desenhos do Neil feitas pelo Dave também. Claro, pq não sou de ferro nem nada... :oP


My Apologies
Mais Apologias

Depois de muita dor de cabeça e de trapalhadas na elaboração do template e que me levaram à mudança deste, finalmente a janelinha de comments do YACCS voltou à funcionar!
Tudo bem que estes 4 posts com janelinhas providas pelo Blogger foram uma mão na roda, mas confesso que estava com saudades da minha velha janelinha branca e azul...
Pelo jeito não sou chegada à mudanças dramáticas. Se mudei o template, ao menos fico com o comments original! Se bem que adorava meu antigo template as well, mas, como já disse, quando tentei instalar a janela do Blogger deu uma tremenda ziquezira em todo o layout do blog. Solução: começar do zero. Só que o template original já não estava mais lá nas opções do Blogger. Então tive que arranjar outro, e colocar os novos links (pra começar de novo, coloquei também links novinhos em folha juntamente com os clássicos)...
enfim, foi um saco! Mas agora estou até gostando do meu bloguinho novim.
Mas a janela original fica! Mesmo porque a do blogger não dá pra editar, mudar cor etc. Não que eu vá fazer isto, já estou me proibindo oficialmente antes que outra tragédia blogueira aconteça. Mas dá pra colocar frasesinhas engraçadinhas e coisas do gênero, isso é fácil de fazer. Rezemos para que funcione desta vez!
Com isso, TODOS os comentários e respostas colocados nas janelas do blogger foram apagadas, para que pudesse colocar o Yaccs de volta. Peço desculpas.
Mas todos vocês, comentaristas, só por perderem tempo precioso e paciência para ler este blog, já dão o direito de tê-los no meu coração... hahaha...

terça-feira, setembro 09, 2003

Momento Eu Adoro O Homem-de-Lata

Música do dia (de ontem): AMERICA - "Tin Man"

Ontem tocou essa música numa rádio soft-rock-farofa-velho, e até que ela não é das piores. Bem cara de domingo à tarde quando ensolarado, enfim. Foi o título dela que me levou a fazer este post homenageando o personagem que busca um coração no Reino de Oz, o meu personagem favorito desta história.

Quando pequena, nunca tinha dado muita bola para o filme "O Mágico de Oz". Na verdade, eu era uma pirralha muito da arrogante que nunca dava bola para os clássicos filmes "infantis" - com exceção de "Mary Poppins" (um de meus filmes favoritos e um dos que eu mais vi durante a meninice, se não foi O Mais Visto), dos desenhos da Disney ("Alice", "Bela Adormecida", "Branca de Neve"... na maioria das vezes eu era fã das vilãs, poderosas e resolvidas), e dos filmes do John Hughes. Até ver este clássico pela primeira vez.


Sempre quis ter uma meia assim. Meias de bruxa rocks!

Além do que o povo já tá careca de saber, como a lenda (ou não?) do disco "Dark Side of the Moon" do Pink Floyd ser cronometrado com os acontecimentos do filme, o que até hoje deixa muita gente curiosa, considero este como um exemplo de como se fazer um grande filme a partir de um livro de criança. Mesmo com os problemas no decorrer de sua produção (tiveram 3 diretores diferentes durante as filmagens, porque ninguém levava muita fé no sucesso deste, dentre outras discussões), ele é bem-sucedido em
efeitos especiais, muitíssimo bem feitos (olha que eu vi o DVD, em câmera lenta nas cenas de efeitos e até hoje só consegui ver o cabo que balançava o rabo do Leão aparecendo, mas foi didícil de localizar mesmo assim), na moderninha divisão do filme em preto-e-branco quando no Kansas e coloridíssimo em Oz (ah, o filme é de 1939!!!)... Aliás a coloração em Technicolor é um espetáculo à parte, dando um aspecto ainda mais fantasioso à trama. Em especial da maquiagem, também excelente, da Malvada Bruxa do Oeste, que é de dar medo. Feliz e melancólico, colorido e amedrontador, suave e violento, é um filme que não trata os pequerruchos como idiotas, mas não deixa de ser fofinho; e que mesmo com uma mensagem de busca da bondade/inteligência/coragem em você mesmo, não deixa de mostrar que você poderá encontrar no meio desse caminho pessoas que poderão querer te prejudicar, ou que fazem promessas que não poderão cumprir. Ou seja, como bem disse Capitão Planeta, "O Poder é de Vocês!" no final das contas.


A feiosa Bruxa do Oeste e um de seus capangas, o Macaquinho de Asas!

E aí chegamos ao Homem de Lata. Apesar da graça do Espantalho e da carência do Leão, que nos deixam com vontade de pô-los no colo e dizer que está tudo bem ser do jeito que eles são, a doçura do enferrujado é imbatível. Como é que ele consegue, mesmo sem ter coração, ser tão amável e fofo? Essa ironia só torna sua figura meiga ainda mais irresistível.


Os heróis prestes a encarar o Mágico Gaiato...

Muitas vezes gostamos de certos personagens por haver uma identificação, ou porque eles fazem algo que nunca teríamos coragem de fazer. No meu caso com ele, confesso que não sei qual seria a verdadeira razão. Será que é porque eu ainda não consegui o "meu coração"? Ou porque, pelo contrário, sou amorosa até demais? Já fui (tenho certeza disso) uma pessoa menos sentimental do que sou agora, mas ao mesmo tempo acho que ainda falta muito pra mim, pra ser uma pessoa mais carinhosa. Continuo muito cínica,
claro, minha maior qualidade e maior defeito. Mas, talvez tenha sido figuras como o próprio Homem de Lata que tenham me convencido que podemos ser mais do que meros críticos/cômicos do mundo e de nós mesmos. Ternura também é bem-vinda, com as devidas proporções. Os exageros é que são prejudiciais, assim como a total eliminação de um sentimento, seja ele qual for.

Acaba que nem sei o nome do ator que interpretou o Homem de Lata! Nem sei se fez mais algum filme que eu tenha visto. Fica a intenção da homenagem.

P.S.
Cabe a mim também lembrar que na insólita aventura "Os Trapalhões e o Mágico de Oróz" quem interpretou o Homem de Lata foi o nosso mais que querido Mussum. Numa fantasia que mais parecia uma tina, o melhor momento do filme é quando os outros trapalhões vão lubrificá-lo e ele implora para que seja feito com cachaça ao invés de óleo!
Uma das grandes teorias de botequim daqui de Petró é a relação entre o Mussum e o grande número de pessoas entre 20 e 30 anos com problemas com bebida, influenciadas pelas "mensagens subliminares de teor alcoólico" nos programas dos Trapalhões.
Ainda assim prefiro ter sido influenciada pelo Mussum que pelo Didi...





quarta-feira, setembro 03, 2003

As velhas pérolas perdidas da pop TV P&B...
(Agora, só falta Perdidos No Espaço!!!)

Sou muito velha mesmo. Ontem, entrou no ar pela Directv o canal Retro, que, como o nome diz, só passa séries-velharias. Nem preciso dizer que tô quase viciando.

Há uns 7, 8 anos atrás, minha atração favorita do Multishow era o programa "Retrô TV", que reprisava maravilhas pop como "Mary Tyler Moore", "Agente 86", "Os Vingadores", além do mais que saudoso "Monty Python's Flying Circus". Hoje em dia, com exceção de "Wonder Years" e "Kids in the Hall", o canal só passa shows do Jorge Vercilo e Reality Shows idiotas. Deus me livre.
Mas meus problemas acabaram!

Esse canal novo, apesar dos básicos problemas de início de transmissão - como algumas séries ainda não terem legendas, ou serem dubladas em espanhol com legendas em português - tá chegando com muita coisa bacana. Já estou criando o hábito de chegar em casa às 19 horas, pra ver minha série-bobagem-xodó "Os Vingadores" e às 20 horas matar saudades do "Agente 86" de Mel Brooks. O dia pode ter sido horrível, mas levanta o astral na hora. As histórias do agente Smart da C.O.N.T.R.O.L satirizando James Bond munido de seu incrível Sapatofone (sapatofone é tudo!!) já são mais do que clássicas, e acredito que muita gente da minha idade também tenha conseguido ver alguma de suas reprises nos idos anos 80, ou algo do gênero. Então dispenso humildemente maiores comentários aqui.

Então vamos falar dos outros agentes, os "Avengers", que nada tem a ver com os do gibi. Sempre que eu via "Os Vingadores" no Multishow (devia ter uns 15 anos na época), pensava comigo mesma: "Essa é uma das séries mais bobocas que eu já vi na vida". Porém, "boboca" no melhor sentido da palavra. Trata-se de uma série britânica dos anos 60 que também aproveitou a onda James Bond, sendo "witty" e classuda, ao mesmo tempo que descompromissada e divertidíssima.

Sabe o loooongo post sobre os personagens Tommy e Tuppence de Agatha Christie? Pois aqui a história é mais ou menos a mesma, só que passada nos anos 1960 ao invés dos anos 1920. E não são dois investigadores que fuçam casos baseando-se em clássicos da literatura, e sim dois agentes especiais, chamados Emma Peel("Dame" Diana Rigg) e John Steed(Patrick McNee). E aqui eles não são casados, mas há sempre aquela tensão sexual entre eles, deliciosamente rechaçada pela ética profissional. Tommy e Tuppence se deram melhor que eles, nesse caso...

Não posso dizer qual era o impacto da série nos '60 (acho que vou perguntar à mamãe), mas pode ser vista agora como a típica série de aventuras-sessão-da-tarde. Não era exatamente uma sátira tal como o Agente 86, mas ao mesmo tempo tá longe de ser uma "série séria": quando tratava-se de uma missão realista, colocavam os agentes em estranhas ou engraçadas situações para solucionar o caso; e se eles passavam por sérias situações (tem ATÉ cenas de luta! armas! e sobram bofetadas até pra Miss Peel!), pode contar que o vilão do dia era um cientista-maluco-que-queria-dominar-o-mundo. Ou seja, até que era bem equilibradinha com doses de ação, humor e romance (pq sou uma romântica incurável e ainda acho que eles tinham que ficar
juntos no final!)pra não ficar muito heavy, mas nem descambar pra paródia.
E porque eu ainda a acho boboca? Ah, eram outros tempos, que vistos agora soam tão inocentes... ou seja, bobocas.


Os intrépidos agentes brits John Steed e Emma Peel brincam de escultores nas horas vagas.

Na era das más adaptações de séries dos anos 60, há uns 5 anos atrás, "Os Vingadores" foram vitimados. Pior é que o filme até que era visualmente fiel à série(nas influências cartunísticas, e não nos exageros de Sapucaí), tinha um roteiro inocente como os dos velhos tempos, a caracterização tava praticamente idêntica (nossa, naquela época eu achava o Ralph Fiennes/John Steed TUUUDO; e queria ter ao menos metade do guarda-roupa da Uma Thurman/Emma Peel - aliás, o quero até hoje), e ainda por cima tinha o requinte de ter como vilão o SEAN CONNERY!!! Mas o filme é PÉÉÉÉSSIMO, não funcionou de jeito nenhum. O único momento emocionante do filme foi ouvir o tema original do seriado na apresentação (ou era nos créditos? nem sei mais, e nem quero saber...). Só sei que é a prova de que não se deve dar ao cinema americano o espírito de uma série inglesa.
Ou seja, pra se divertir mesmo, continue com a original, velha, e boboca série que é mais negócio. Dos bons.
Aliás, falando NELE...

SEAN CONNERY

Já estou re-relendo a excelente série "As Aventuras da Liga Extraordinária" de Alan Moore, pra me preparar pro lançamento do filme-baseado-no-gibi "A Liga". Assim como o filme dos Vingadores, é bem possível que este seja mais um filme-furada estrelando o Sean Connery. O que é um tremendo disperdício. Porém, Papai Jones nem parece se preocupar com bilheterias ou gaiatices cinematográficas, o que importa é fazer filmes. Melhor pra mim.

As gaiatices já começaram ao inserir personagens no filme que de forma alguma aparecem no gibi. Colocaram Tom Sawyer (o personagem de Mark Twain, e não a música do MCGuyver, pelamordedeus!!) só pq não tinha nenhum personagem americano na trama original; e até agora não entendi porque resolveram inserir o Dorian Gray (um de meus personagens favoritos de todos os tempos, diga-se) na história! Só pq "tecnicamente" ele não morre? E daí?

Mesmo assim, estou animada. A outra adapatção feita de uma série do Alan Moore, "Do Inferno", com Johnny Depp e Heather Graham, me foi de muito agrado. Quem sabe não me surpreendo... E estou simplesmente DOIDA pra ver o Homem Invisível, de longe o melhor personagem da série toda, além de Sir Connery como o Alan Quatermain viciadão em ópio. Se bem que só o carisma dele já vale pelo filme inteiro. U-hu!



SEAN CONNERY copia o look do seu filho Indiana Jones como Alan Quatermain.










segunda-feira, setembro 01, 2003

TESTES.TESTES.TESTES

Tirados do Blog do Toni, que acabou de ser adicionado ao "Tour das Estrelas", e voltando ao velho vício dos testes:

Faz tanto tempo que não vejo Sex and the City que nem devo mais saber quem é quem...



Tudo menos ser a Gisele!!! Thanx God!



Que top model é você?? por Azolan



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