<$BlogRSDUrl$>

domingo, outubro 29, 2006

NA MINHA CASA. MINHA CASA.

Ao som de: "Sunday Bloody Sunday" e "Baby got Back", do Richard Cheese; e "Walking with Thee", do Clinic.

Impossível não mencionar a música do LCD Soundsystem no título deste post. Afinal, não é todo dia que o Daft Punk vai tocar na casa de alguém. E, só pelo fato de existir uma música com este nome já dá pra ter uma certa idéia da importância do Daft Punk e de sua vinda ao Brasil.

Em minha humilde opinião, e neste exato momento (porque se su parar para pensar no assunto ficarei louca e não chegarei à conclusão alguma) posso dizer que "Homework", de 1996, é um dos meus "5 discos mais importantes dos anos 1990" (os outros 4 são facilmente deduzíveis por qualquer um que me conheça). Claro que, na época, com 16 anos, comprei o CD impressionada com o hit "Around the World" (incrível, o tempo passa e o hit continua sensacional). E achei o resto do CD muito, muito estranho. Mas com 16 anos tudo o que não é convencional assusta, não é? Nada que o passar do tempo não resolva: é o tipo de CD que é tão bom que dá medo. Que faz pensar o que passava pelas cabeças de Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo
para eles fazerem aquele disco. Que faz você questionar se eles são pessoas de verdade ou sei lá. Enfim...

O trabalho de conversão que Homework fez comigo - que superei o espanto inicial para então achá-lo um excepcional álbum pop - foi repetido em doses ampliadas mundialmente em 2001 com Discovery. "One More Time" fez os admiradores do primeiro álbum ficarem espantados (pra não dizer desapontados: "Daft Punk virou farofa?!?!") e o resto do mundo rendido pelo hit até hoje de maior sucesso deles. E, mais uma vez, fiquei sem entender nada. Que diabos era aquilo, que tinha disco, funk, house e Barry Manilow tudo junto?!?! O resto, todo mundo já sabe. Até a Xuxa começou a usar vocoder em suas músicas. É fácil de identificar a influência do Daft na música dos últimos anos.

Ano passado, após lançar em CD um registro ao vivo, lançaram Human After All. Um disco que mostra que eles talvez sejam o único nome da "música eletrônica dos anos 90" que continua com fôlego. O tipo de disco que é tão legal que passa rápido e você sente a irresistível vontade de apertar o play novamente e novamente e novamente... E, para terminar minha sessão-baba-ovo pelo Daft Punk, tenho que falar da parte visual que é, desde sempre, impecável. O clipe de "Around the World" é um de meus favoritos. E todos os outros são igualmente artísticos e pop. Resumindo: é o tipo de banda que vale a pena acompanhar o som, a imagem, o que eles têm a dizer - e eles só o dizem com sua música e nada além disso. Tanto que é por isso que resolveram esconder seus rostos em capacetes de robôs.

Dizia a lenda que o maior sonho da organizadora do festival era trazê-los para o Brasil. Só isso já te faz pensar que deveria ser algo interessante e diferente. E, como não fizeram turnê com o segundo disco, muitas especulações surgiram sobre como seriam os shows do terceiro album. O que já te instiga mais a curiosidade. A conclusão é inevitável: é um show que não dá pra perder, ponto.

E o show superou as espectativas (como se já não fossem grandes o bastante!!). Foi mágico, foi lindo, foi feliz. São os robôs mais carismáticos do mundo, já que não saíram de seus postos um minuto e mesmo assim era difícil desviar os olhos deles. A iluminação era fantástica. O punch era de show de rock, o chão tremia com os graves do som e com os pulos do público, que agitava
(SEM empurra-empurra e com espaço de sobra pra dançar, mesmo com lotação esgotada - ah, se o Franz tivesse sido assim), gritava e quando tava cansado de ambos, apenas aplaudia, maravilhado. Fizeram três sets ininterruptos, sendo que o primeiro já começou com golpe baixo: "Robot Rock" e "Technologic". E depois, já não dá pra colocar em ordem, mas teve "One more Time", "Face to Face" (uma de minhas favoritas), "Da Funk", "Around the World", "The Prime Time of Your life", "Television Rules the Nation", "Steam Machine", "Harder, Better, Faster, Stronger" (outra das favoritas), "Too Long"... só faltava tocar "The Music Sounds Better With You" do Stardust (um projeto de uma música só do Thomas), mas aí já é pedir demais e se eles tocassem provavelmente eu morreria ali mesmo. E terminaram com "Human After All", mantendo a nossa dúvida se eles são humanos ou se apenas vieram para uma passada rápida pelo nosso planetinha.

Então, foi isso. Foi lindo e agora eu quero ver shows do Daft Punk toda semana para ficar feliz para sempre. Que mais posso dizer?

terça-feira, outubro 24, 2006

TERCEIRO POST SOBRE O MESMO TEMA:

Não sou prendada. Não sei nem pregar um botão (apesar de minha mãe ter tentado me ensinar várias vezes). E a primeira camiseta que fiz na vida foi aos 18 anos aproximadamente, ela tinha o emblema do Freakazoid. Para tanto, gravei um episódio do herói, dei um pause quando o emblema em questão apareceu na tela, coloquei uma folha de seda e copiei o desenho. E então, o passei para uma camiseta vermelha, com tinta de tecido e voilá! tava pronta a camisa que ninguém tinha igual na cidade.

E, para quem AINDA não sabe, adoro usar camisas de bandas. Quer dizer, adoro camisas divertidas em geral, mas quando estou vestindo as bandas de que gosto, me sinto
diferente. Melhor. Mais eu mesma. Porque as bandas são parte de mim, e quando estou com elas parece que sou parte essencial delas também. As lojas alternativas e/ou online ajudam bastante no crescimento de minha singela mas honesta coleção de camisas. Porém, há um problema.

Em ocasiões rotineiras, você pode acreditar que está usando um item realmente diferente. Mas, é só procurar um lugar mais, hã, "alternativo", que certamente você encontrará alguém usando (se não a mesma coisa que você) algo parecido com o que você está vestindo. É batata, para qualquer lado que se olhe, é fácil identificar mumps, punksteins, monos, cumas etc. Seria a saturação do diferente?

Pois agora, meus problemas acabaram (ao menos um pouquinho). Com o auxílio de uma impressora, alguma paciência e a experiência de uma camisa do Freakazoid há 8 anos
atrás no currículo, fui fazer minha segunda camisa personalizada. Peguei o logo de uma banda e resolvi fazer na cara dura, com muito glitter e strass. O problema é que eu não fazia idéia de como prender o strass, o que me rendeu um logo ligeiramente borrado com as pedrinhas presas meio-que-de-qualquer-jeito com cola de tecido (alías, minha amiga favorita no mundo da criação de camisetas, haha). Mas até que ficou bonitinho.

Dias depois de feita a camisa, vi numa loja-muquifo um tecido muito mais legal e parecido com a estampa original do logo da mesma banda, e logo fiquei instigada a fazer uma versão 2.0 da camisa. A aprovação de um amigo pela primeira versão me animou mais ainda. Tanto que ele também vai ganhar uma. Voltei, metida, à loja de tecidos:
"Moço, não faço a mínima de costura, mas que tecido é aquele??"
"É um tipo de lurex, minha filha"
"Dá pra aplicá-lo com cola de tecido numa camisa??"
"Ah, acho que dá sim! O que você vai fazer?"
"Um logotipo. De uma banda!"
"De rock??" (faz cara de "que diabos de banda de rock faria um logo florido de lurex preto, vermelho e dourado???")
"Sim, vou fazer para um amigo! Então tem que ter a largura de uma camisa masculina"
(faz cara de "que homem que vai gostar de uma banda de rock que tem um logo florido de lurex preto, vermelho e dourado????") "Tá bom então".

E lá fui eu, que ainda me dei ao trabalho de comprar marcador de tecido - que logo depois fui descobrir que era cor-de-rosa, e a caneta não pegava no lurex escuro de jeito nenhum, então
a solução foi marcar o tecido com caneta de retroprojetor mesmo. Desta vez, ampliei o logo mais ainda (era para uma camisa masculina, primeiramente), tirei o molde, recortei o tecido e colei. E ficou, modéstia à parte, ótima. Tanto que fiz uma igual para mim. Virou minha camisa oficial para shows e outros eventos "descolados". Só assim para eu não dar mais de cara com ninguém usando a mesma camisa que eu - a não ser, é claro, que eu encontre esse meu amigo usando a camisa que eu ainda lhe darei! =D

Ah, sim. E isso até a próxima camisa que eu, metida que sou, resolva fazer.

quinta-feira, outubro 12, 2006


Da série dos posts atrasados que um dia acabam sendo publicados...

E LÁ VAMOS NÓS DE NOVO!!!

Ao som de todas as músicas do Broken Social Scene que a Lilinha me passou!! o/

O POP, ESSE INCOMPREENDIDO.

Dizem que o rock é o errado, o renegado. Que dizer então da música pop, subestimada, descartável, na maioria das vezes má vista tanto pelo pessoal do rock como pela maioria do resto dos mortais? A associação com algo eternamente juvenil (algo que, por mais que tentemos nunca conseguiremos ser) parece que sempre será um problema, mas nada que não se resolva com a sagacidade de certas bandas. Deve ser por isso então que fico tão feliz quando descubro algo novo e divertido no mundo pop para animar meu dia-a-dia.

A primeira vez que ouvi falar do Ok Go foi semanas atrás, quando um amigo por quem tenho grande apreço devido ao seu bom gosto musical (ele não tem medo de gostar de
música pop, ele tem medo é de música ruim) me deixou o link para ver esse clipe ("A million ways") no youtube. Com uma conexão capenga, normalmente eu não me empolgo para ver
essas coisas. Mas, não sei o que me deu naquele dia (falta do que fazer, provavelmente, e muita paciência), talvez o comentário que ele colocou logo embaixo do link, algo como "seriam esses os próximos Hives??", acabou que eu resolvi ver do que se tratava. A referência à banda sueca me fez acreditar que estaria prestes a assistir a um clipe tosco de uma banda com a sonoridade que unisse rock 'n' roll clássico com punk, típica desta. Claro que eu estava errada.

Alguns minutos depois e talvez, hum.. uns segundos de download do clipe em questão, foram o bastante para eu perceber o que meu amigo queria dizer. Com levada disco (PRECISO aprender a tocar o baixo dessa música, é fato. Só não me pergunte como), letra cínica, vocal afetado e clipe de câmera estática filmando os 4 integrantes dançando uma coreografia
inacreditavelmente bem ensaiada, o Ok Go mostrou e eu gostei: não foi uma revelação, não mudou a minha vida, não salvou o roquenrou - mas é divertido pra c******!

Desde então, foi o procedimento de praxe da recém-fã. Vi alguns clipes ( e revi "A Million Ways" outras tantas milhões de vezes, tanto que virou assunto de post aqui), contei para
os amigos, para o namorado, espalhei a notícia. E nem tinha ouvido os CDs ainda!
É aí que a sincronicidade age. Na semana seguinte a que eu vi o clipe, sai num jornal uma notícia sobre o quarteto ter roubado as atenções no Video Music Awards da MTV, ao reproduzir
ao vivo a coreografia que eles fizeram para outro clipe, "Here it goes again", em esteiras
(que não eram as do Jamiroquai). Esse clipe até me deu vontade de entrar numa academia, só
para vestir um terninho e ir brincar de ser um Ok Go dançando nas esteiras! Tudo bem que a matéria nem era exatamente sobre a banda, e mais sobre a surpresa de ter um clipe pobrico
de uma banda nerdíssima chamar mais a atenção da garotada que os clipes megalomaníacos dos rappers ou os clichês do "rock" atual.

É aí que a coisa pega. O mundo está perparado para o Ok Go e outras bandas do gênero que estão surgindo por aí?

Li uma resenha sobre o primeiro CD deles, de 2002, em que eles eram descritos como uma estranha mistura de Backstreet Boys, com Hanson e Weezer! E, por mais estranho que seja, não está muito longe da proposta da banda: são caras que fazem dancinhas, têm um alto apelo pop, mas que têm algo de estranho também. É o famoso e difícil de se achar "algo mais" que certas bandas têm - ou então que um público (eu e você estamos incluídos aqui) com necessidades projeta nessas bandas, vai saber?

Agora, você que está lendo isso, ficaria interessado em saber como é esse monstro formado pelas três bandas acima?? Provavelmente não. Por quê? Talvez porque esteja formando sua identidade musical (ou até já a tenha formado), e só queira saber de bandas desconhecidas e/ou recomendadas pelos "críticos especializados" por morrer de medo de errar, de achar que um dia poderá ter uma recaída e começar a ouvir música ruim, sei lá.

Qual é o público-alvo deles? A garotada ouve rap, metal, qualquer coisa que condiza com seu comportamento - revolta, inadequação - e powerpop não se encaixa muito bem nessa categoria. Os vinte-e-poucos-anos, muito cínicos, já se acham donos da verdade (digo por experiência própria, hahaha) e vão pensar: "lá vem mais um clone do Weezer e congêneres", mesmo porque eles não são (ainda?) arty-cool como um Franz Ferdinand. E até o público que gosta de música pop, ou está acostumando a ouvir uma música altamente pasteurizada, ou então já está desanimado com a música pop graças à sua pasteurização (que sempre existiu, diga-se de passagem para os "nostálgicos de plantão").

Nessa mesma resenha, o crítico diz que se o OK Go seguisse um caminho mais alternativo, seria uma banda sensacional. Mas que, por enquanto, preferiu seguir o "caminho mais fácil" e mais pop - mas que, se esse é o plano deles de dominação mundial, talvez até possa dar certo afinal.

Eu, humildemente, acho que eles escolheram foi o caminho mais difícil.
Mas, não é nada que eles, sagazes e desavergonhados que são, não consigam tirar de letra!







Ah, sim! Ok Go são 4: Damian Kulash, o vocalista/guitarrista; Tim Nordwind, o baixista/vocalista; Dan Konopka, o baterista (meu Deus, só sobrenome complicado!); e Andy Ross, o novo guitarrista, que atualiza o blog da banda com o auxílio de seus colegas de trabalho, juntamente com o Robô Imaginário Jorge! Eles têm 2 CDs: o primeiro, "Ok Go", de 2002, tem pérolas como "You're so Damn Hot" (que é tão The Rentals que até a voz de Damian tá parecida com a de Matt Sharp, porém, melhorada), e "Don't Ask Me" - as outras músicas eu ainda não decorei, mas NÃO são ruins de jeito nenhum! O segundo, saiu ano passado e se chama "Oh No" (nome mais Devo, não?), produzido por Tore Johansson (produtor do début do Franz Ferdinand e de tudo o que os Cardigans fizeram na vida) e são 13 músicas encantadoras. Não tem uma ruim. Sério!! Acreditem no Tore...

site oficial: www.okgo.net

domingo, outubro 08, 2006

NEXT: A SUTIL ARTE DA MÚSICA POP BEM FEITA

Provavelmente, o próximo será um dos posts mais demorados de se fazer dos últimos meses. Essa vida de menina ocupada é uma coisa mesmo... E, como a internet hoje está mais devagar que o costume, nem vou ficar me demorando aqui.

E o "Especial Moto Mix Art Music Festival" (ou sei lá qual era o nome disso exatamente, mais parecia nome do CD da Gwen Stefani) da MTV, hein? Que coisa mais sem-graça.

Apesar do clima horrível, foi um dia agradável graças a músicas como esta a seguir, que ficou na minha cabeça o dia todo. Botei na cabeça que tenho que aprender a cantá-la ainda hoje. Com falsete e tudo. Obrigada, http://www.azlyrics.com . Vamos lá, todo mundo cantando:

"Oh Lately It's So Quiet"

(Oh no) Oh lately it's so quiet in this place
You're not 'round every corner
(oh no) Oh lately it's so quiet in this place
So darlin' if your not here haunting me
Im wondering...

Whose house, are you haunting tonight?
Aw. Whose sheets you twist
Aw. Whose face you kiss
Whose house, are you haunting tonight?

(oh no) I dont think much about you anymore
You're not on every whisper, oh
(oh no) I dont think much about you
But if you're not lurking behind every curtain
Im wondering...

Whose house, are you haunting tonight?
Aw. Whose name you hiss
Aw. Whose clenching fists
Whose house, are you haunting tonight?

Now Whose house, are you haunting tonight?
Aw. Who cant resist
Aw. Whose cryin'
Whose house, are you haunting tonight?
Aw. Whose name you hiss
Aw. Whose sheets you twist
Whose house, are you haunting tonight?


Buuuuuu............................. ;)


sexta-feira, outubro 06, 2006

BRIDGET JONES

Ao som de: ah, acho que todo mundo já sabe o que eu tenho ouvido essa semana. Tô enchendo o saco de todos por causa disso...

Para quem ainda não sabe, passei a semana passada sofrendo com uma visita do tal rotavírus. Logo no dia em que fiquei dodói, fui a um certo local que já sou freguesa para almoçar. O restaurante fica numa galeria em frente ao meu trabalho. Não poderia ser mais perto, ainda mais quando se está passando mal e você não quer ficar andando por aí.

Lá, encontrei, do outro lado do restaurante, duas conhecidas que acenavam para mim. Trocamos alguns gestos - elas perguntando como eu estava, e eu tentando dizer que não estava passando bem, apontando para a barriga e para a cabeça e fazendo caretas. E assim nos falamos e nos entendemos e tudo estava bem.

Na segunda-feira e rotavírus-free, voltei a almoçar no mesmo lugar. Estou eu, bem sossegada lendo meu livro sobre filosofia e super-heróis (logo num capítulo em que dizia que, antigamente, os autores criavam as histórias mais idiotas para justificar um antagonismo - no caso, usavam a "origem" do ódio de Lex Luthor pelo Superman, uma história ridícula que dizia que Luthor queria aniquilar o Super porque certo dia este interrompeu um experimento que acabou gerando a falta de cabelo do primeiro. Tá, a história tá bem mal-contada aqui, mas é meramente ilustrativa. Assim vemos que os antagonismos surgem das formas mais idiotas, como veremos a seguir), quando surge na minha frente uma senhora grandalhona me olhando feio. Fala em voz alta para todo mundo ouvir que eu era uma mal educada de ficar debochando da cara dela
na frente das minhas amigas na semana anterior. Não entendi lhufas. Então, ela explicou: "vc ficou apontando para a cabeça, dizendo para suas amigas que eu sou louca, só porque quando você acenou com a mão eu acenei de volta para você". A mulher estava sentada numa mesa próxima a de minhas conhecidas, e quando eu tinha acenado ela achou que eu estivesse falando com ela. Só que, obviamente, eu nem a vi acenando para mim. E eu, que apontava para a cabeça dizendo que não estava bem, fui interpretada pela senhora como se eu estivesse dizendo à minhas conhecidas que ela era doida só porque acenou para alguém que não conhecia. Eu ainda tentei me explicar e pedir desculpas, só que, como toda pessoa com problemas (é batata: qualquer pessoa que diga "eu não sou louca!!!" é das mais perturbadas), ela saiu gritando
restaurante afora e nem me deixou dizer nada.

Quando eu terminei de almoçar, um rapaz do restaurante me pediu desculpas e queria saber o que aconteceu. Expliquei a ele e ele mais uma vez pediu desculpas, todo bonzinho, dizendo para eu não relevar porque aquela senhora era meio encrequeira mesmo. Para evitar a fadiga (e também por não saber ainda como lidar com essa situação, aceito sugestões), eu não tinha voltado ao restaurante desde então, mesmo porque a senhora em questão também é cliente assídua. Hoje, após recusarem trocar dinheiro para mim em dois lugares, acabei indo lá. Quem trocou o dinheiro para mim foi o mesmo rapaz bonzinho, todo solícito.

Voltei para o trabalho com o dinheiro trocado para a minha - como chamo carinhosamente - chefa. E comentei, já que ela já sabia da minha história com a minha mais nova "inimiga", que quem finalmente trocou o dinheiro para mim foi o tal rapaz. Brinquei, dizendo que ele fora meu defensor e tal. Mais tarde, ele aparece do lado de fora da galeria rapidamente. Comento com a chefa, e aponto em direção ao próprio, para mostrar a ela de quem estava falando (muito bem, aliás). Só que, nesse exato segundo em que resolvi apontar o dedo, ele olhou em nossa direção. E então entrou na galeria e eu não o vi mais.

No mínino, agora ele acha que eu TAMBÉM estava debochando dele. É só o que me falta.

Para isso servem as camisas de força: impedir que braços bobos como o meu façam idiotices como essa. Será que volto lá amanhã??

This page is powered by Blogger. Isn't yours?