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terça-feira, setembro 27, 2005


"Prestenção" nessa foto emoção-total do Rivers, que resume bem o espírito do show. Queria colocar outras tantas aqui, mas o blogger tá enchendo e saco e não quer carregar mais de uma. Agradecimentos à Fernanda (ela sim, ficou na grade e tinha uma câmera James Bond, hehe), que permitiu que a foto fosse usada aqui. Lá no www.eudiriaque.com.br tem mais um montão, vai só ver! Porque nesse blog é assim: a gente vai na aba, mas ao menos agradece!! :oP

A Depressão Pós-Show
ou
As Aventuras do Macaco Matt no Guarda-Volumes
(versão 2.0, agora com -uma- foto!)

Não, nesse humilde blog vocês não lerão nada paparazzo-like "Fiquei COLADA na grade o show todo" ou "Eles são suuuuuper gente boa pessoalmente" ou "O Brian é um gatinho" ou "O Rivers autografou meu poster sueco do Blue Album" ou "consegui filmar o show inteiro com a minha câmera de James Bond".
Nem sei ainda SE consegui tirar alguma foto, pois a única câmera que tenho é uma Olympus-Pen EE-3 (lindona, diga-se de passagem) que era do meu avô, que tira 72 fotos com um filme de 36. E ainda não tive $$$ para revelar tanta foto. Resumindo: não tenho fotos, autógrafos, mal consegui ver o show (uma vez que meço algo em torno dos 1.59m). Sou a legítima fã-loser.
O Weezer iria me a-do-rar! :oP

Quinta-feira à noite meu pai me liga para as "recomendações pré-show" de sempre, como se ele já tivesse ido à muitos shows do tipo na vida (o que, claro, não é verdade): "Cuidado com brigas, e blá blá blá". Como se o show de uma banda inofensiva como o Weezer fosse digno de uma preocupação como essa. Pois, as primeiras "escoriações" de show que levei desde 1990 (quando vi o meu primeiro show na vida) foram nesse último sábado. Como eu já tinha dito para algumas pessoas, sabe aquela dor na barriga que a gente tinha quando criança, quando ficava com falta de ar de tanto pular? Fiquei assim. Estou com manchas roxas no ombro e tornozelo. Estou deprimida, porque agora parece que a vida não tem mais sentido. Eles vieram, tocaram, se foram e talvez não voltem mais. O que mais dizer? Ah, sim, no blog do quinto-elemento Karl (www.weezer.com) consta que Curitiba foi um dos melhores shows de todos os tempos para a banda. Quer mais? Além de dizer que foi um dos melhores shows de todos os tempos? Então lá vamos nós...

Lá fomos eu (com meu All-Star prateado, igual ao do menino Rivers, hahaha) e Patrão para o show com amigos. Nós dois ficamos perto do palco, reservando nosso lugar desde as bandas de abertura. Depois de alguns minutos de tensão e roadies montando tudo ao som de umas músicas que só podiam ser piada da banda, eles entram. Ao ver Rivers Cuomo no palco, não vi mais nada porque: 1) Milhões de braços se levantaram para cumprimentar a banda, tapando minha visão; 2) Comecei a chorar pateticamente, de baixar a cabeça igual à criança "É o Weezer mesmo!!!" - buááááááá; 3)Iniciou-se um tumulto como ainda não tinha visto. A massa de pessoas adquiriu vida própria e ela ia em direções que eu não gostaria que fosse. Quase quebrei o pulso, prendendo a mão entre dois ombros de pessoas que estavam na minha frente. Não conseguia respirar. E tenho um joelho direito cuja rótula tem tendências a sair do lugar caso eu não a impeça. Antes que tudo de pior acontecesse, eu e Patrão botamos a guitarra no saco e resolvemos encarar algo pior: tantar sair dali o mais rápido possível. Até este momento eles já tinham despejado dois clássicos de cara: "My name is Jonas", e "Tired of Sex" (aaaahhhh!!). Driblávamos o povo enquanto tocavam "Don't let go" e chegamos no mezzanino para ver Rivers simpaticíssimo com o povo e passando o bola para Scott, o baixista, mandar (muito bem aliás, o cara é muito roque) "In the Garage". "This is such a Pity", apesar de ser uma de minhas favoritas, ficou sem pressão ao vivo (confere? alguém?...), mas nada que nos impeça de parar de chorar. Mais gracinhas de Rivers, que contrariando toda aquela especulação de "fazer uma cover de música brasileira" (graças ao "deuso", diga-se, hehehe) mandou "Big Me", "daquela-banda-com-quem-eles-estão-excursionando-lá-fora", sabe? Que chaaaaato... :o))

Ainda no mezzanino, voltamos a nos debulhar com "Perfect Situation" e a clássica "Why Bother?", essa cantada por Brian, guitarrista. Mais pulos e berros com "El Scorcho", roquenrou!! Passamos "Say it ain't so" brigando com um segurança para tentar passar para o outro lado da grade, que acabamos não conseguindo - logo depois saberíamos o porquê. Em "We are all on drugs" resolvemos descer. Não é uma de minhas favoritas, mas é "música de trabalho" (hehe) e levantou a galera (como se o povo não o estivesse o show inteiro, rá-rá-rá). Voltamos aos velhos tempos com "The Good Life", e pessoas voltam (ou continuam) a chorar. Vem "Beverly Hills", que também dispenso, mas... Para compensar, eles bem que tentaram disfarçar, mas na primeira nota, maestro Zezinho, "Buddy Holly" é identificada e pessoas (dentre as quais me incluo) berravam a letra a plenos pulmões. Uh-ueee-uh! E eis que surge a cereja do bolo: a incrível "Photograph" (uma de minhas favoritas da "fase moderna"), cantada por Pat, o batera figuraça. Nesta, também destacamos Rivers tocando bateria e errando à balde! E pensar que diz a lenda que ele já despediu pessoas por errarem uma nota em show... No final, Brian e Scott juntam-se a Rivers na bateria, num improvável solo coletivo. Baderninha. Eles não são uma graça?!? :oP

Saem do palco. Breu.

Rivers reaparece, só, no mezzanino, do outro lado da grade - por onde o segurança não nos deixou passar. Acompanhado apenas de seu violão, canta "Island in the Sun" sob momentos que intercalavam entre a completa histeria e o silêncio reverencial. Voltando ao palco com os colegas, chamam um sortudo da platéia para tocar "Undone" com eles. E, depois duma coisa dessas, só resta o Fim.
Mas tem o bis!
"Hash Pipe", e, para terminar divinamente, "Surf Wax America", pra acabar de vez com pulmões e com a hidratação dos corpos, depois de tanto suor e (MUITAS) lágrimas.

Para fazer esse post eu segui o setlist que foi divulgado na net. Saí tão desnorteada do show que nem me lembro da ordem das músicas. Que, nessa hora, é o de menos, não? Pra quê me preocupar? ("why bother?", pegaram??? hihihi). Enfim me surpreendi com mestre Rivers, notório por seu temperamento difícil, mostrando-se muito simpático e carismático até dizer chega. Não dá pra deixar de lado os outros integrantes, mas quando o baixinho aparece só dá ele. Sem falar em seus solos metaleiros, DE OLHOS FECHADOS, como eu sempre imaginara!!! Aaaahhhhh!... Bem, se faltou alguma coisa aqui, foi porque simplesmente eu não consegui ver mesmo! Já falei que minha altura não é a mais apropriada para um show... :oP

Tá, isso foi o show do Weezer em Curitiba. Mas como colocar aqui que foi muito mais que isso tudo? Foi o sonho de uma década realizado. Foi o show de uma banda que era mais provável que nunca aparecesse no Brasil. Deve ter sido por isso que o público brasileiro, conhecido por adorar roubar a cena (já viram que coisa mais desanimada que são os shows lá fora? com poucas exceções, claro) proporcionou ao Weezer um de seus melhores shows. Estamos apenas retribuindo o favor, meus queridos!!! Ah, e voltem sempre!! Por favor...


P.S.: Uma marca de mochilas que usa um macaquinho como garoto-propaganda sempre coloca um chaveiro deste em seus produtos, estes previamente "batizados". Belo dia me deparei com um macaquinho chamado Matt!! Quem não sabe ainda minha história com um sujeito chamado Matt, aconselho ler o post aí embaixo, também sobre o Weezer. Claro que na época em que comprei a mochila do Macaco Matt, há uns 6 anos atrás, nunca imaginaria que a banda que me apresentou ao Matt de verdade viria ao Brasil. E, claro que tive que ir ao show da ex-banda do Matt acompanhada do Macaco Matt, que infelizmente passou o show inteiro no guarda-volumes para não ser machucado pelo povo no show. Pobre Matt...


segunda-feira, setembro 05, 2005


(Mais um da série) S O R R I A: Uma Década de Blue Album
O post do Weezer, em ritmo de contagem regressiva! :o)

Sabia que o nome desse blog é meio que uma homenagem ao Weezer??? Mas não é essa história que vou contar hoje.


foto circa Pinkerton: Matt deitado; Brian sentado; Rivers de pé, ao fundo; e Pat, aí na frente.
Tenho uma confissão a fazer: eu amo quem odeia a banda americana Weezer. Como meus sete leitores sabem, tenho uma relação possessiva com as minhas bandas favoritas, especialmente as que já estão comigo por quase ou mais de uma década. Assim como amo quem acha o Blur inferior ao Oasis. Dá aquela sensação de "segredo bem guardado", em que poucos têm o privilégio de saber do que essas bandas são capazes de fazer. Realmente, quem vê de fora deve achar estranho que uma bandinha tão simples consiga ter fãs tão ardorosos. Eu, enquanto fã, não estou em condições de racionalizar e dizer o que acontece. Mas posso tentar descrever como acontece.

O Weezer é como um universo de HQs: são muitos nomes, influências, referências, conflitos, histórias incríveis e histórias terríveis que permeiam a existência da banda de Rivers Cuomo, Brian Bell e Pat Wilson + baixista do momento. Que foram 3, em ordem cronológica: Matt Sharp, Mikey Welsh e Scott Shriner, o atual. E quem gosta faz questão de querer saber quem eram ou o que eram Mykel & Carli, Karl Koch, Kitty Pride, Mary Tyler Moore, Happy Days, That Dog, The Rentals, Special Goddess... além de milhões de músicas perdidas. Porque, quando se começa a gostar deles, não tem mais volta. E você gosta de graça, como daquele super-herói favorito, mesmo sabendo que este às vezes tem uma história ruim ou uma saga caça-níquel.

Nunca vou esquecer a primeira vez em que vi e ouvi o primeiro CD do Weezer, hoje conhecido por "Álbum Azul". Meu irmão pegou emprestado de um amigo e eu me apaixonei pela capa, a mais simples e bacana do pop moderno. Clássica. Numa época de bandas raivosas, deprê e cínicas, tinha uma formada por pessoas aparentemente "normais", sem a menor pinta de estrelas, com um vocalista SORRINDO na capa. Sorrindo!! A música, igualmente simples, mas emocionada, alegre, desesperada, melancólica - tudo o que é ser adolescente. Eu tinha 15, 16 anos de idade. "O mundo mudou e me deixou aqui" é a frase lapidar da adolescência, tanto no que concerne ser um adolescente como em deixar de sê-lo. "No One Else" é perfeição pop, "Say it Ain't So" é tudo e acabou, e "Only in Dreams" é... um sonho! Brian Wilson sorri, satisfeito.
Dois anos depois do disco azul, o Weezer já era uma das minhas bandas favoritas. Enquanto o Blur fazia clipes inspirados na nouvelle vague, eles faziam clips inspirados em seriados de TV. A escola de arte e a sua contrapartida popular nos meus ouvidos e coração. Quando "Pinkerton" foi lançado, era o disco mais esperado "que ninguém conhecia" - parecia que só eu e os amiguinhos que espalharam a "weezer word" pela cidade que aguardavam com tanto entusiasmo. Isso em 1997, quando eu nem sabia o que era internet. Estávamos tão empolgados que eu e meu namorado levamos o discman na mochila e, mal acabamos de comprar o CD, sentamos na calçada para ouvi-lo o mais rápido possível. Momento mágico. Não era um CD tão descaradamente pop, mas também não tinha como dizer que aquilo não o era. "Tired of Sex" é uma pérola da canalhice, que não tem como não gostar. "Getchoo" é uma das minhas favoritas, e por aí vai. Rivers Cuomo, líder absoluto da banda, talvez não esperasse tamanho sucesso (lá fora) e pirou da batatinha quando isso aconteceu com o primeiro, mas não se repetiu com o segundo rebento. "Em 1997 as pessoas ouviam ska", como li certa vez - e não deram bola para as lamentações do frontman. Mesmo assim, com o passar do tempo, o culto à banda aumentou e hoje Pinkerton é considerado um dos clássicos do pé-na-bunda recente. Com Rivers cultuado, amado, odiado e pirado, virou tema de música da banda Sugar Ray e jogou milhões de músicas fora até retornar com o disco carinhosamente chamado de "Álbum Verde", em 2001. Depois de tantos anos de espera, joguei meus princípios pela janela e baixei o single "Hash Pipe" antes de comprar o CD. A música não era emocionada e sofrida como as antigas, mas só de ouvir a voz de Rivers novamente, me arrepiei. Só quem é fã deles imagina o prazer que tive de ouvir sua voz lamuriosa e concluir:"Meu Deus! É o Rivers cantando de novo!", depois de tantas outras músicas colocadas na net e equivocadamente atribuídas à banda. O único porém desse disco chamava-se Matt, sujeito que merece uns parágrafos à parte:

O ACONTECIMENTO MATT SHARP:

Matt Sharp, para quem não sabe, era o meu futuro esposo - só que ele não sabia disso ainda. Voltando lá no dia em que vi o disco azul pela primeira vez, senti uma empatia inédita pelo cara da camisa listrada de branco e rosa, com cara de bobo. Fui no encarte e declarei: "esse cara é o baixista, esse tal Matt". E alimentei essa esperança numa era pré-net e sem MTV em casa. Meu irmão aparece com o clipe de "Buddy Holly" gravado em VHS que, além de me apresentar ao incrível diretor Spike Jonze, confirmou minhas expectativas acerca de Matt. Eu, que já tinha gosto por baixistas, fiz dele o meu ídolo-nerd maior. Logo soube que este mesmo clipe veio no CD de instalação do Windows, então matava aula na casa de uma amiga que tinha o dito-cujo e obrigava a pobre coitada a ver e rever o clipe trilhões de vezes comigo. Diga-se de passagem, uma das épocas mais legais de minha vida :o)
E o que Matt tinha de mais? Sei lá. Ele era fofo, engraçado, parecia um cara legal. Deixou Albarn, Coxon, Cocker e outros para trás na minha lista de preferência por muito tempo. Resolveu ser band-leader e formou The Rentals, a banda fofa que misturava nerdice com anos 80 (antes do hype) e britpop, enquanto os Killers ainda estavam na escola. Gravou músicas com Damon Albarn e excursionou com o Blur, na única turnê que até hoje sofro só de lembrar que perdi. Nem sei direito qual foi a da briga entre Matt e Rivers, mas é fácil de deduzir: até os nerds têm ego. Enfim, os Rentals acabaram, Matt e Rivers fizeram as pazes e o primeiro lançou CD solo, que até hoje não ouvi. Não quero voltar a me apaixonar por um (anti-)rockstar inatingível :o) Queria Matt de volta ao Weezer, mas ao mesmo tempo sinto um "fechamento": a banda com ele foi uma fase que acabou e não volta mais.
E essa foi a minha história de amor com Matt Sharp, de forma breve. Voltando...

O MUNDO MUDOU E CONTINUO ACREDITANDO:

Weezer sem Matt de deixava triste, mas era um disco novo depois de tanto tempo! Neste ínterim, recebi correspondência deles, fiquei com net em casa e descobri o culto acerca da banda, cada vez maior, tanto lá fora como aqui. Veio "Maladroit", que foi um susto. Era tudo muito diferente, "feliz", não tinha a tristezinha fundamental da banda. Tem músicas boas, como "Take Control", mas faltava algo. O mesmo senti quando ouvi "Beverly Hills", primeiro single do novo CD. Que nem comprei ainda, mesmo porque gastei o $$$ para poder ir ao show! ;o) Mas, tinha que conhecer as músicas novas, e me recuso a baixar algo que sei que vou comprar um dia. Graças a um amigo, estou ouvindo "Make Believe" agora, na aula de Teologia, enquanto escrevo isto. Quer coisa mais adolescente? Não assimilei o CD todo ainda, mas as canções emocionadas voltaram, os solos de olhos fechados, e, tenho que dizer: adoro quando o Rivers está sofrendo nas canções. São as melhores! Ele choroso cantando "This is such a pity" é uma das coisas mais bonitinhas que ouvi ultimamente. É uma música que lembra muito... The Rentals! :o))
O sucesso deles me deixa com ciuminho. Mas a partir do momento em que aparecem os que odeiam, há equilíbrio. Não é unanimidade, mas é muito bom gostar do Weezer. E é inegável a sua influência, para o bem ou para o mal. Se hoje há uma enxurrada de bandas qua cantam sobre corações partidos ao som de guitarras pesadinhas sob a alcunha de "emocore"; se temos bandas ou pessoas que usam as "asinhas" em suas iniciais (como esse blog que estás lendo) tais como o =w= (que o Weezer roubou do Van Halen, haha); se achamos colocar vocal de Roy Orbison com guitarras do Kiss algo plausível, agradeçam ou culpem o Weezer. Foram pessoas que, como eu, ao virem e ouvirem o que eles tinham a dizer, acharam que também poderiam fazê-lo.




quinta-feira, setembro 01, 2005

=w=



4 de setembro de 2005:

FALTAM 20 DIAS!!!

(depois de 9 anos!)


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