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segunda-feira, abril 17, 2006

SUPERGRASS IS 10!!

Chegou a vez de falar desta grande banda, e motivos não faltam. Quem viu o show, sabe do que estou falando.

Esses britânicos (novidade!) nunca foram uma das minhas bandas do coração - que são as que me fazem chorar como criança (weezer), suspirar (FFs), ou ficar em absoluto estado de choque (blur). Porém, eles provavelmente são uma das raras bandas que têm algo talvez maior que meu inesgotável amor: respeito. Eu respeito o Supergrass. Mas muito mesmo.

Lá pra uns 10 anos atrás (novidade de novo!) eu li a respeito (nas já famosas revistas imports que eu "roubava" do curso de inglês) de duas bandas que estavam fazendo sucesso com hits de mesmo nome, "Alright". Eram o Cast e o Supergrass. Certo dia eu ouvi numa rádio daqui uma bobagem irresistível com refrão pegajoso que continha a palavra, me fazendo deduzir que tratava-se de um dos Alrights mencionados. Mas não sabia de qual banda poderia ser. Dias depois, via nas lojas daqui o "I Should Coco", debut do Supergrass e comprei correndo, rezando para que a música ouvida por mim fosse de sua autoria. Fui direto para a faixa 4, e confirmei minhas suspeitas: eles tinham criado aquela felicidade instantânea aos ouvidos. Já é um clássico.

Sem querer demorar muito, basta dizer que o CD todo é muito bom. Tanto que não hesitei em ir ao Hollywood Rock de 1996, mesmo sabendo que as bandas que eu realmente queria ver (eles e o Pato Fu) teriam os menores sets do dia. Tá legal, tinha o Cure também, que não dá pra deixar de lado, mas... e foi neste festival também que eu iria ouvir pela primeira vez os Smashing Pumpkins, by the way.

O que me faz respeitar o Supergrass é que, lá atrás em 1996, eu nunca imaginaria que aquela bandinha de moleques desgrenhados com nome homenageando a maconha e fazendo singelas canções sober ser pego no ônibus se masturbando se tornaria uma banda com discos excelentes e canções de chorar de tão boas. Aliás, uma banda que duraria (com uma carreira sólida e de qualidade) mais que as outras bandas que tocaram com eles no festival. Eles e o Pato Fu! =D

Fora que eles mantém até hoje o título de integrante de banda com o nome mais legal de todos: Gaaaaaaaz Coooooombes!!!! (o excesso de vogais é cortesia minha)

No segundo disco, "In it for the money" as coisas já começavam a ficar diferentes. Não tinha tantos "hits juvenis" como no primeiro, mas não tinha como dizer que não tinham hits: Richard III, Sun hits the Sky, Cheapskate... se deixar vai o disco todo. Algum sucesso nacional como "Alright"? Claro que não. E assim o Supergrass ficou pra segundona aqui no Brasil. Aliás, deve ter sido assim com muitos lugares. Danny (batera) disse no documentário do DVD da banda que eles têm bastante prêmios de banda-revelação. E só. Injustiça.

Terceiro disco, também é um discão. Esse é meu problema com eles: eu os acho tão bons que nem consigo ter um disco favorito! Do "Supergrass" (a.k.a. "X-ray Album") têm outros vários destaques: Moving, Mary, Your Love (uma de minhas favoritas), e a canção com um dos clips mais bonitinhos que já vi na vida: "Pumping on your Stereo". E "Life on Other Planets", responsável pela sucessora-festeira de Alright: "Grace", uma das músicas a serem ouvidos antes de morrer para ir pro outro lado com eterno bom humor.

Depois do inevitável bestofe (que tem duas inéditas que estão entre as minhas favoritas também, "Kiss of Life" e "Bullet"), eles lançaram "Road to Rouen", que é um disco pelo qual estou terminantemente encantada no momento. Curto (uns 30 minutinhos apenas) e todo ótimo. Grandes viradas, sons escondidos... recomendo ouvi-lo bem alto, no som ou no discman mesmo. Ele, em volume baixo, não tem graça nenhuma.

E o show foi igualmente de respeito. Coombes tá mais gordinho e careca, e aparentemente impressionado com a receptividade da platéia (claro, eles são da segundona, lembra?) e foi fofinho com o povo, que cantava tudo junto. Danny e Mikey parecem os mesmos de 10 anos atrás. Aliás, começaram o show com "Lenny", a mesma música com que começaram o show do Rio de 1996. Tocaram versões que eu desconhecia de "Mary", "Rush Hour Soul", "Funniest Thing", e continuaram ótimas. As músicas novas, que até então eu desconhecia, me fizeram comprar o CD correndo (mais uma vez) e me apaixonar por ele.
E terminar com "Pumping on your Stereo" e "Sun Hits the Sky"... não tem como ir pra casa triste! Ah, tem sim, porque o show acabou... =P

Set List:

Lenny
Caught by the Fuzz
Bullet
Mary alt.
Kiss of Life
Road to Rouen
Tales of Endurance
St. Petersburg
Low C
Roxy alt.
Funniest Thing alt.
Kick in the Teeth
Rush Hour Soul alt.
Moving
Grace
Strange Ones
Richard III
Pumping on your Stereo
Sun hits the Sky

segunda-feira, abril 10, 2006

Mais considerações sobre o britpop

A notícia é velha, mas... a Bizz do mês passado - Oasis na capa - faz uma retrospectiva interessante sobre o que foi o britpop,
a tal "cena britânica" que surgiu como contrapartida à dominação mundial que foi o grunge. Relembremos que ambas tiveram sua
duração beeeem curta - por mais que os desavisados continuem insistindo em suas existências até hoje.

Mais engraçado é ler, vamos lá, uma década depois a Bizz dando um espacinho ao britpop. Quando este estava à toda na Britânia
(1993-1995, má o meno) era difícil achar qualquer revista brasileira falando à respeito. Na verdade, me lembro de uma notinha
(tenho todas estas guardadas até hoje) sobre o Blur estar em alta na Europa; uma outra notinha sobre as brigas entre eles e
Oasis; lembro das resenhas de "Parklife" e "The Great Escape" (falando que ambos eram muito mais ou menos); e uma retrospectiva
falando a respeito das bandas que eram famosas lá fora e que não vingaram aqui ("e que já iam tarde", tava na Bizz, hahaha):
Blur, Ride, Lush etc. Sobre o Oasis, como bem sabemos, é uma banda bem-sucedida e seria no mínimo burrice eles não darem o
crédito. Mas aí já era tarde demais e eu não lia mais a revista. =D

Será que na época eles estavam muito ocupados tentando saber o que seria do grunge após Cobain morrer? Será que era jabá para
promover as bandas americanas? Será que as consideradas bandas do britpop são ruins desde sempre e os críticos já sabiam disso
antes da gente? Se bem que, se elas fossem realmente ruins, eles não se dariam ao trabalho de falar a respeito delas dez anos
depois.

Uma coisa é fato: o britpop veio comendo pelas beradas, acho que por isso eles nunca imaginariam que até hoje estas bandas
agregariam fãs.

Um lance interessante e que merece menção aqui foi que a reportagem fez questão de dizer que o britpop começou com um cara
(o Sr. Albarn) que queria apenas resgatar o orgulho britânico pelo rock e pop de suas lendárias bandas que estavam esquecidas
pela juventude que só queria saber de bandas norte-americanas. Logo os jornalistas (são jornalistas, e ingleses, lembrem-se)
quiseram colocar num saco de gatos várias bandas que surgiram na época (e que não tinham nada em comum, exceto as brigas de
ego), fazendo do britpop um "movimento", uma "cena", whatevah! Claro que não tinha como durar, e já em 1996/1997 as principais bandas
do brit - Blur, Oasis e Pulp, amém - já estavam fazendo discos que pouco tinham a ver com essa proposta inicial. Mesmo porque,
esta proposta acabou sendo "empurrada goela abaixo" das bandas pela imprensa. Como disse antes, nenhuma das bandas tinham
propostas em comum desde o início.

Só pra lembrar: nessa época, Blur lançava o "Blur", disco influenciado pelo rock alternativo norte-americano (que Albarn
antes criticava), Oasis lançava o fraco (em minha humilde opinião) "Be here now", e o Pulp lançava
o belo-mas-deprê-e-esquisito "This is Hardcore". Em 1997 aparecia no Brasil a segunda geração dos brits que fizeram certo
sucesso por aqui: The Verve e Cornershop. Depois, a terceira geração, com Travis e Coldplay. A quarta, The Coral, the Music,
Doves. E por aí vai...

Mas aí, o britpop, se realmente existiu, já tinha morrido faz tempo. Isso aí, crianças, o sonho acabou!
Uma banda britânica que faz rock ou pop, como o nome diz, é uma banda brit e pop. Mas não é britpop, sacaram?

Britpop (* circa 1993 - + circa 1996). Viveu pouco, mas fez a diferença. Como disse o Patrão outro dia, o que transforma a obra em
arte é a posteridade. A Bizz aprendeu.

=D

sábado, abril 01, 2006

Pedro Prado 2007

Photoshopada ou não, não importa: ai-meu-deus! =P


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