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quarta-feira, março 31, 2004

ENQUANTO A GREVE NÃO ACABA...

Ao som de: "Pump up the Volume", MAARS; e "Beat Dis", Bomb the Bass. 80's total...

Acho que já deu pra perceber que um de meus passatempos favoritos (e dos mais idiotas, também) é brincar de "Separated at Birth". Esse era o nome de uma sessão da revista teen britânica Smash Hits (ah, lembranças da época de ouro do Blur, em que roubava estas revistas da biblioteca do curso de inglês só pra ficar com as fotos...). Ela pegava fotos de "famosos" que se pareciam fisicamente e colocavam-as lado a lado. Para dar clima maior à piadinha, colocavam nas fotos os nomes das pessoas trocados.

Uma vez fiz esta brincadeirinha aqui, bem no início deste blog. Coloquei Björk e Shirley McLaine (esta quando beeeem nova, claro) como maninhas, e ficou bem bonitinho. No dia-a-dia, faço isso direto: vivo assemelhando pessoas na rua com figuras conhecidas, uma saúdável (?) bobagem.

E aqui em Petró já vi cada figurinha... tinha um cara que vivia pegando ônibus no Marchese que era a cara do Jeremy Irons (inclusive, ele anda sumido... mas faz sentido, uma vez que não pego mais bus no Marchese); assim como tem outro que era a versão carne-e-osso do Sandman (o Wesley Dodds, e não o do Neil Gaiman), com os mesmos oclinhos e tudo, que vivia andando de bicicleta perto da Rodoviária... Mas mais legais mesmo são os motoristas dos ônibus que pego! Um é idêntico ao DJ Carl Cox, e o outro é igualzim ao ator Wayne Knight, o Newman de "Seinfeld".

Já faz algum tempo também que faço uma listinha na minha cachola dos atores nacionais que se parecem com os inter. Na verdade, mais parece um quadro de equivalência. Mas só colocarei dois exemplos, por enquanto:

* Eva Todor é a nossa Angela Lansburry! Duas atrizes veteranas, com caras de doces velhinhas desde sempre - mesmo quando eram novatas. Ao menos não consigo imaginá-las crianças, para mim elas já nasceram com mais de 50 :o)

* Lima Duarte é o nosso Sean Connery! Tudo bem, o Lima nunca conseguiria ser James Bond, mas depois do fiasco da Liga Extraordinária, estou com antipatia em relação à Connery. Ou seja, nosso honorável Dom Lazaro (ele, Aquele Que Prefere Melão!!!), o lendário Zeca Diabo e inesquecível Sinhozinho Malta é mais legal que o irlandês, sem dúvida!! E viva o produto nacional!!! :oP

Hoje consegui finalmente ver "Terra em Transe", de Glauber Rocha. Confesso que ainda não consegui formar uma opinião sobre o filme (quem manda ser uma filha da Geração Porky's?? :o)) ), mas também, acho que não é indicado assisti-lo comendo ovo de Páscoa com refri, enquanto faz piadas sobre a cachorra basset banguela de minha mãe, que estava na cama conosco. Fico devendo a resenha (?) aqui, quem sabe quando eu revê-lo, em circunstâncias mais "sérias"...

Mas fiquei me deliciando com o elenco do filme. Além de ser MUITO bom, deu pra brincar à beça de "Separated at Birth". Mesmo porque, sendo um filme de 1967, pude ver atores com rostos rejuvenecidos, pareciam pessoas diferentes comparadas aos rostos de minha memória.



JACK LEMMON envelhecido contracenando com STEVE MCQUEEN?? Não, isso é Terra em Transe...



O Paulo Autran tem um irmão americano também muito talentoso...



Assim como o Jardel Filho tem um irmão que, como ele, não é "bonito", mas tinha um charme que ancantava as senhoritas naqueles tempos...


sexta-feira, março 26, 2004

"TOCA RAUUULL!!!"

Quem já frequentou qualquer bar, onde qualquer banda estivesse tocando aqui em Petró, certamente já ouviu alguém gritando esta pérola. De preferência, alguém bêbado... Não sabia se esse era um fênomeno nacional, porque passei a adolescência nos botequins petropolitanos, ouvindo bandas petropolitanas. Mas me aliviei ao saber que esta máxima não se restringe à esta bela e mofada cidade serrana.

Uma etapa pela qual nunca passei em minha adolescência foi a tão famosa "fase hippie". Quer dizer, acendo incenso no quarto porque fica cheirosinho, uso algumas roupas indianas porque são levinhas e larguinhas (escondendo as gordurinhas), e claro que concordo que um mundo de paz e amor é melhor do que o que vivemos no momento. Mas eu nunca fui hippie, mesmo porque tinha horror a este rótulo: sempre associava o movimento aos meus pais e aos pais de outros de minha idade (mesmo que estes nunca tenham sido hippies de fato). E via que ao mesmo tempo em que meus pais não eram totalmente "quadrados", estavam longe de serem totalmente liberais, achando tudo isso meio hipócrita
da parte deles...
Hoje tenho claro em minha cabeça que a adolescência é exatamente este "bater de frente" com os ideais da geração anterior: "se era tudo muito doido, sejamos certinhos; ou então seremos mais loucos ainda". Realmente, somos muito interessantes...

Resumindo: sem passar pela fase hippie, acabei nunca passando pela "Fase-Raul-Seixas"! Até musicalmente, nunca liguei muito para as bandas consideradas "do movimento". Hoje, admito, perdi muito com este radicalismo. Mas também reconheço e confesso que minha adolescência foi maravilhosamente trilhada com músicas bem diferentes das que faziam a trilha da maioria de meus coleguinhas de colégio (nem vou enumerar aqui as bandas porque agora não vem ao caso...), e eu adorava isso.

De qualquer forma, não é tarefa das mais fáceis fazer as vezes de crítica de teatro aqui. Porque, apesar de ter visto peças que considero clássicas, não vou ao teatro com a mesma frequência que vou ao cinema, por exemplo. E nem sou crítica de cinema, 'magine de teatro! E, como se não bastasse ser um musical cujo tema eu não tinha a menor noção, o meu "parceiro no crime" (ou na 'investigação', como queiram), o honorário Patrão, participa da peça. E algumas vezes com algum destaque...
Mas não adianta: mesmo sendo uma tarefa capciosa, eu tinha que fazê-la! Afinal, sou uma frustrada atriz/diretora/escritora que desconta sendo uma "apreciadora profissional" - como diria o anti-guru Rob Fleming/Gordon Alta Fidelidade - neste blog.

Então, vamos lá. De fato, agora vi que Raul era um cara muito interessante. Seus pontos de vista, em cena, são tão coerentes que fica até irônico chamá-lo de "Maluco". Mas, beleza! E não apenas na época em que ele era "jovem e promissor"... seu pensamento muda com o passar do tempo, gradativamente ("Metamorfose"...): por exemplo, sua mudança de perspectiva acerca da morte muda de uma forma totalmente plausível para o momento em que ele estava vivendo, e certamente qualquer pessoa sensata pensaria de acordo - a não ser os chatos que têm "aquela velha opinião formada sobre tudo"... :oP
Pode parecer um discurso "só um bebum entende o outro" (não que eu o seja, de maneira alguma, hehehe), e também não digo que concordo com 100% do que ele teria dito, mas é reconfortante ver que um verdadeiro mito nacional (disso ele pode se gabar, pois temos poucos...), é no fundo uma pessoa NORMAL, com suas excentricidades, não muito diferentes das minhas ou de qualquer outra pessoa. Claro, sempre pensamos "ah, o artista é uma pessoa como eu e você"... mas confesso que eu me esqueço disso às vezes: "Como essa pessoa pode ser tão inteligente/talentoso(a)/etc.? Pra compensar, só pode ser doido(a) ou drogado(a), ou blábláblá...". E nem digo isso no sentido de invejar, não (lembrem-se: sou frustrada, e não invejosa, hahaha...), é de que todos temos defeitos mesmo.

A peça por si só é vibrante, emocionada, cheia de vida e de humor. E melancólica, como toda boa história de
ascensão-apogeu-queda. O ator - que tive o prazer de conhecer pessoalmente, mesmo rapidim - Roberto Bomtempo, além de talentoso, ele (usando o bordão de meu amigo de facults, o Felipe) "é um fofo", super gente boa (pronto: entrou pro "clã-fofo" onde imperam o Patrão, mais o John Cusack, e as bandas Air e R.E.M.!:oP ); além de ter um belo par de pernas (este detalhe foi apontado por uma outra senhorita, mas eu não pude deixar de averiguar, hehehe ). Fica difícil analisar um elenco de mais de 40 pessoas, o que importa é que dão conta do recado. E o Patrão? O Patrão está em casa! Quem já teve a (in?)felicidade de ver o Candelabro Italiano em ação sabe do que estou falando. Inclusive, até o CI já tocou Raul!!

E para mim, que só conhecia "Pluct Plact Zum" (pq meu irmão tinha o disco), e bizarrices como "Gita" na voz de Paulo Ricardo (!!!!!!!!!!!) - tá bom, conhecia outros hits também, mas nada muito aprofundado - foi uma grande surpresa. Certamente, o Raul me disse mais agora do que jamais teria dito, mesmo se eu tivesse passado pela "Fase-Raul-Seixas"...


A quem interessar possa:
Eles continuam na Sala Baden Powell (Nossa S. de Copacabana, 360 - Copa, RJ) até dia 7/04. Terças e Quartas, às 21h.
E "Boa Viagem!"

segunda-feira, março 22, 2004

SOB O CAPUZ

Ficar com a faculdade em greve é um problema: a inútil aqui só perde tempo em bobagens. Até parece mágica, mas não é que "apareceu" um scanner aqui disponível para eu poder tirar do meu gibi a foto do Rorschach sem máscara??
Agora sim, todo mundo vai poder comparar o rostinho fictício com os reais disponíveis. E quem quiser brincar de "Quem poderia ser o Rorschach?" pode participar, comentando.

Então, diretamente do gibi de número 6 de Watchmen, pertencente à patroa aqui, a face de Walter Kovacs, a.k.a. Rorschach:



Detalhe: com tanta foto, esse blog tá um horror pra carregar. Ou seja, será impossível para muitos ver qualquer foto que seja. Boa sorte!!


domingo, março 21, 2004

WATCHMEN: A NOVELA

E lá vamos nós para mais um capítulo da saga "Quem transforma Watchmen em Filme?"...

Na verdade, não queria falar mais nada a respeito sobre a quantas anda o filme de David Hayter baseada na mini-série de Alan Moore, porque tenho quase a certeza de que houve pouco a ser adicionado ao filme, ainda em fase de pré-pré produção.

Enquanto isso, a Via Lettera Editora ficou de relançar a série em 4 volumes, que certamente custarão o olho da cara, mas que fico tentada a comprar pelo valor sentimental :o)). O primeiro volume, disseram, seria lançado agora em março. Mas até agora não vi em lugar nenhum.
Mas tudo bem, aqui é Petró... :oP



WATCHMEN: inspirados pelo 'casting' da Charlton Comics (adquirida pela DC) - o que aconteceria se um bando de malucos resolvessem vestir 'tights' e sair pra combater o crime?

Na verdade, Watchmen, o Filme, já me rendeu uns sustos até agradáveis: Terry Gilliam (ex-Monty Python, diretor de "Os 12 Macacos" e "Brazil - o Filme") já quis dirigi-lo; e John Cusack (ai ai ai, querido John, um de meus atores favoritos!) teria sido escalado para o papel do Coruja. Até achei uma certa semelhança: quer dizer, é só John deixar um cabelo à la Christian Bale em Psicopata Americano, engordar um pouquim (pq na idade ele já tá chegando mesmo...) e voilá!



CORUJA e Rorschach: só no sapatinho (desculpem, não resisti!!)

Mas isso é boato, por enquanto...

Das últimas notícias que surgiram, estariam também no elenco Sigourney Weaver como Laurie (engraçado: sempre imaginava Jamie Lee Curtis, mas acho que agora poderiam achá-la "passada" pro papel, assim como a própria Sigourney) e Daniel Craig (de "Estrada para a Perdição"), no papel de Rorschach, o meu personagem favorito (e o de muitos, presumo).



DANIEL CRAIG, futuro Rorschach??? Tentei pegar a foto em que ele está com a cara mais próxima da de um maluco, para dar uma noção...

Mas o que me motivou a escrever este post e sair procurando tudo quanto é atualização sobre o filme foi ver, pela primeira vez na vida, a série Scrubs, da Sony, dias atrás!! Vi um dos atores da série, e simplesmente fiquei assustada com a sua semelhança com o Rorschach. Sem a máscara, claro!

O nome do cara é John C. McGinley, e além de fazer "Scrubs", atuou recentemente no filme Identidade, com... John Cusack!



AQUI, ele mostra que pode fazer papel de malvado e/ou psicopata! :oP



E aqui, vemos que ele já tem o CABELO ruivo desarrumado, idêntico ao personagem do Alan Moore. Falta o que mais?? :o))

Ironicamente, TODOS os sites em que procurei imagens do gibi, só tinham fotos de Rorschach COM O CAPUZ! Não sei se é para manter mistério ou pra mostrar como ele é o único herói com uma roupa realmente bacana da história das HQs. Ou seja, pelo jeito quem não o conhece vai ficar sem saber pra comparar. Quem sabe arrumo um scanner e pego meus gibis: só pra mostrar como é viável?!... Mas eu voltarei!!! :o))



RORSCHACH, o bem vestido: "Ninguém me tira o capuz!!"


quarta-feira, março 17, 2004

LOSING MY RELIGION

O que leva uma pessoa (ou melhor, duas) a ficar tocando na casa de desconhecidos às nove da manhã de um feriado? Eu realmente não sei e nem quero saber. Porque quem vai importunar alguém que nem conhece, numa manhã de feriado (fosse cedo ou tarde, principalmente num feriado a pessoa tem o direito de sair da cama na hora que quiser), não merece minha simpatia.
Essa aconteceu com mamãe wonderfool, hoje de manhã - aqui em Petró é feriado, Dia da Fundação da Cidade, pra quem não sabe.

Tocam a campainha algumas vezes, os cães fazem um estardalhaço, e é impossível não acordar, mesmo tendo ido dormir tarde na noite anterior. Minha mãe comenta, com má vontade, após atender o interfone: "Fulana e Sicrana estão aí, querem me fazer um convite! Será que Fulana é aquela vizinha??" Eu nem as conhecia pelo nome, na verdade, mal sei o nome dos vizinhos que moram ao meu lado. Mas isso é uma outra história.
Ainda de camisola, mamãe põe o hobby (ou o chambre, ou sei lá o nome) e vai ao portão, mesmo porque os cães ainda estavam fazendo o barulho ensurdecedor que lhes é peculiar, e alguém tinha que calar-lhes a boca. Ao menos servem pra assustar os que não são bem-vindos ou os desavisados... :oP
E não é que quando minha mãe chega no portão, encontra duas mulheres que nunca tinha visto antes, com o discurso tão natural como o de um operador de telemarketing: "Nós somos da Igreja jfgighiohp e trouxemos um texto para discutir com a senhora...".
Educadamente, minha mãe disse que não estava interessada, e que não poderia abrir o portão por causa dos cachorros, inclusive mostrou a baita dentada que levou no braço, ao tentar apartar uma briga, além de dizer que estava ocupada - de fato estava, vendo um filme de suspense no Telecine Classic (onde não tem intervalos durante os filmes), e que devido à intervenção das senhoritas ela quase perde o final da história.

Que todos os fiés do mundo e de todas as religiões me perdoem, mas esse tipo de doutrinação me irrita profundamente. Acho uma falta de respeito com um, bem, "irmão": querer invadir a vida alheia, empurrar as suas crenças individuais goela abaixo de outros que nem sempre concordarão contigo. Ainda mais quando o papo é religião, que dizem, assim como futebol, cerveja e novela, não se discute.
Ainda assim, se quer espalhar a palavra do Senhor (que é aberta a trilhões de interpretações, Mel Gibson que o diga), que tal espalhar pra pessoas que demonstram maior necessidade em tê-la? Eu nunca vi desses fiéis tentando doutrinar uma pessoa de rua, ou um desses bêbados que rondam a cidade - gente que claramente precisa de ajuda - e o que é a religião senão uma tentativa de achar um sentido para a vida, de tentar explicar porque diabos estamos aqui e o que devemos fazer? Essa coisa de "selecionar" o público a ser doutrinado só aumenta minha antipatia, parece porta
de club: se tiver os requisitos da casa, entra sem problemas. Mas igreja (ou templo, ou o que seja) não é club, e não tem lista de convidados VIP na porta do Céu.
Tá bom, tem muita gente que não precisa estar na rua para precisar de ajuda nesse quesito, na busca de um sentido, na busca da fé. Então entramos em outra categoria: cada pessoa tem o direito de buscar a religião que lhe faça mais sentido. Buscar a sua religião, e não aceitar a primeira coisa que aparece pela frente, mesmo que não concorde com ela; nem mesmo ser obrigado a aceitar a religião de outros por medo de represálias (por parte de família, principalmente).

Sendo ainda mais crítica, não confio em nada que tenha discurso decorado. Ainda mais nesse assunto. Não dá mesmo, me desculpem. Também não dá mais pra acreditar em coisas como, por exemplo, que ao morrermos iremos todos para o Limbo e lá ficaremos "esperando o Dia do Juízo Final". Deus me perdoe (de verdade), mas isso já virou até piada entre eu e minha dentista, em momentos humorísticos entre o apertar de meus dentes: imagine só, seria a maior sala de espera do mundo! porque já tem por lá milhões de anos de falecidos na história da humanidade, e que continuam esperando... E imagina se resolvem tocar aquelas músicas horrorosas de sala de espera de consultório?? Já pensou se toca Jorge Vercilo??? Isso não seria mais o limbo, seria o Inferno mesmo.

E já que estou aqui pra malhar mesmo, outra coisa que acho um absurdo é esse "orgulho" (?) que certas pessoas têm em demonstrar sua escolha religiosa para Deus e mundo (desculpem, não resisti). Esses adesivos e camisas "100% Jesus" e congêneres são inadmissíveis! É transformar Ele em merchandise (Mel Gibson que o diga, mais uma vez), além de violar o Segundo Mandamento (sim, fui criada em colégios católico e espírita, fiz Primeira Comunhão e ao menos os Mandamentos e os 7 Pecados Capitais eu sei, ao menos): "Não usar o Seu santo nome em vão". E usá-lo em camisetas é usar, sim, Seu santo nome em vão...

No geral, agora que já descarreguei minha raiva, posso dizer: não tenho horror por qualquer pessoa de qualquer religião; só não gosto (e acho que tenho razão, sorry) quando resolvem se intrometer nas escolhas dos outros, sem serem convidados. Pra mim, religião é antes de mais nada ter respeito pelo próximo, independente de quem seja e de suas escolhas.

Mas minha mãe conseguiu ver o final do filme. Na verdade, se não fosse pelo filme, mamãe seria capaz de aproveitar a oportunidade e virar propositalmente o jogo e doutrinar as mocinhas em sua religião. Isso seria engraçado... :oP

sexta-feira, março 12, 2004

R A P I D I N H A S

OUTRO COMUNICADO DO PATRÃO

Por motivos de força maior, a estréia da peça "Raul fora-da-lei" será no dia 17/03/2004, e não no dia 16/03, como fora antes anunciado. O horário é às 21 horas; o preço é R$ 15.00 (estudante paga meia, oba!); o endereço é na Sala Baden Powell, em Copacabana; e o motivo para vê-la é tratar-se da grande estréia do Sr. Beresford nos palcos! E também porque é um musical sobre a vida e obra de Raul Seixas, um cara gente fina...


ESSE GANDALF...

Odeio colocar aqui informações que não tenho como confirmar. Ou seja, só ia sossegar de vez quando soubesse de fato quem que interpretava o tal "Vampiro Dentuço do clip do Pet Shop Boys". Pois Alex Marcolino, nosso correspondente na Terra Média e especialista em Coisas Relacionadas a J.R.R.Tolkien, desvendou o mistério e me mandou uma matéria confirmando minha teoria. Com foto e tudo!



IAN MCKELLEN, em fase Pré-Gandalf, no clip da música "Heart". Prefiro ele como o mago... :oP

ÁLBUM, MÚSICA E ETC. DA SEMANA

O álbum é o do Audio Bullys, "Ego War". Simplesmente porque é muito bom.
É dançante, é divertido, bom pra ouvir tanto no ônibus como trilha sonora do dia-a-dia como pra animar um sábado à noite. Algumas horas lembrou muito o Stereo MC's, noutras lembrou Clash e Specials, além de uma cobertura electro. Fora a habilidade com samplers surpreendentes, tirados de Elvis Costello, e Joe Cocker, por exemplo, o que me lembrou em criatividade os honorários Avalanches.



EGO WAR, do Audio Bullys. Esse eu rrrrecomendo!!!

E a música da semana? "The Snow", com... Audio Bullys! É daquele tipo que eu gosto: tem um pé na disco, e o outro em qualquer outro lugar. É assustador ver o que eles fizeram com o tema da série SWAT nessa música, que por pouco ficou irreconhecível. Me lembrou também outra clássica de 1996 do Kenny Dope com o Bucketheads, "The Bomb! (these sounds fall into my mind)", que aqui pegou vários trechos da música "Street Player", do Chicago (uma banda lá dos '70's se não me engano), e fez uma música ainda melhor, mas sem alterar absolutamente nada da versão original.
Ficam aqui as dicas...

... e tenham todos um bom finde!!!


quarta-feira, março 10, 2004

'FUN' K SOU BROTHER

Gostei muito do post do Pet Shop Boys (ainda estou na "semana PSB"), inclusive teve mais comentários que o imaginado (mais uma vez achando que sou a única fã da face da Terra de uma banda). Queria deixá-lo mais um pouco no ar, mas precisamos seguir em frente, senão me esqueço dos assuntos e acabo nem escrevendo mais... :oP

Então, vamos ao assunto da semana: o que foi o Fatboy Slim na praia?

Sim, tudo de bom e de ruim. Pra começar, o time dos pinguços (que consistia do casal de investigadores da música e bebida - eu e patrão; mais o Sr. Pipipi e Sra., e mais amigos que não têm blog pra colocar link aqui), acharam que o xou não começaria no horário, e ficaram só na cerveja. Resultado: quando chegamos na praia (lá pras 7 da noite se não me engano) claro que Sr. Norman Cook (o Fatboy) já tava mais que tocando.
Concluímos que tudo começou no horário mesmo (marcado para as 16:30, acho), uma vez que perdemos nada mais nada menos que sets de 3 DJs: Patife, Marky e Jon Carter, que queríamos muito ter visto, porque o set dele no Free Jazz foi muito bom.

Di grátis, até ônibus errado e injeção na testa. Ao rumar para a praia, mais parecia final de Copa do Mundo. Milhões de pessoas na rua, de tudo quanto é tipo, raça, credo, e gosto para roupas. Todas indo na mesma direção: a praia.

E claro que estava lotação esgotada na Praia do Flamengo, se isso é possível. E claro que nos separamos do grupo, devido a uma lata de cerveja que o Patrão parou pra comprar(o que o álcool não faz com as pessoas... :oP ). O jeito foi parar no lugar onde estávamos mesmo, que era tipo um degrau, e deu pra ver o palco direitinho. Não ficamos de cara com o Norman como foi no Free Jazz, mas ficamos no melhor lugar possível, a ver pelo horário que chegamos.

E o som? Fatboy Slim, por mais defeitos que coloquem nele, é carismático até dizer chega. Talvez até tenha um ataque de mal gosto e coloque uma música ruim, mas se depender de sua animação a galera vai junto e nem liga se a música é uma bomba. Coisas de quem (ao menos demonstra) tem amor pelo que faz, o tipo de cara que até pode ser mané, mas parece ser a pessoa mais simpática do mundo.

MOMENTOS "É COVARDIA!!" DO SHOW:
(as canções memoráveis na hora certa)

- Tocar "Groove is in the Heart", do Deee Lite, em versão "bombada";
- Assim como a clássica "Plastic Dreams", do Jaydee (se não me engano, esse é o nome);
- Num momento "Eu amo o Brasil", tocar Elis Regina (mostrando que uma música boa, "colada" por alguém bom é batata) e usar a camisa da Seleção, a do Pelé, claro;
- Tocar "Whoomp! There it Is", do Tag Team. Nem o Marlboro no Tim Festival ousou tocar a melô do Uh! Têrêrê!!;
- Algumas das melhores do próprio Fatboy estavam no show: "Right Here, right now" e "Fucking in Heaven" (que virou jingle de barrinha de cereais da União, vê se pode?)
- Por fim, tocar o hino da geração Trainspotting: "Born Slippy", do Underworld.

Com alguns hits e tal, foi um show bem divertido. E isso, de graça numa praia lotada num calor infernal, já vale. Sem falar da lua que estava linda. E de um pessoal super gente boa que conhecemos por lá, no meio da baderna, que nos ajudou a encarar o perrengue com bom humor. E até ganhei bandana!!! :o))

Mas ainda não encontramos nossos amigos sumidos, desde então... :o))





sábado, março 06, 2004

momento pop person
ou normalmente não faria este tipo de coisa
ao som de Justin Timberlake, Serge Gainsburg, Barry White e outros pops - sem preconceito! :o)

Há um tempinho atrás, publiquei aqui o resultado do teste "Que banda dos anos 70 é você?". Eu era o Roxy Music. Não adianta: uma vez bicha, sempre bicha! Por mais que eu tente não ser.
E assim chegou a hora de falar aqui de mais uma banda dos anos 80 de grande significado para mim, os britânicos Pet Shop Boys.
Banda surgida no início dos anos 80 (se não me engano, completou 20 aninhos de carreira este ano mesmo), que no início, assim como outras bandas britânicas que usavam da eletrônica (New Order, Depeche Mode), era considerada meio "udigrudi" nos Istêites e até no Brasil (tenho uma reportagem da revista "Roll" de 84 confirmando isso). Claro que hoje em dia considero todas elas grandes bandas pop, com sim um pezinho no rock. Quer dizer, depois de ouvir música do PSB tocando na Maldita, na Casa da Matriz, e ver que tem uma banda queridinha do pessoal roque (chamada "Postal Service" - que tem uma história interessante com a "Death Cab for Cutie", que talvez o Pipipi já tenha falado a respeito em seu blog) cujo som me lembrou bastante o PSB, concluo, meio impressionada, que os rapazes da pet shop são roque!!! :o))

Antes de surgir uma praga chamada Britpop que assolou meu coração, era fã da chamada "dance music" - que eu dividia em "dance farofa", de qualidade duvidosa e na maioria das vezes feita por produtores picaretas na Itália; e "dance music" mesmo, da boa, com bons representantes (no momento me lembrei do Stereo MCs, que adorava), e que hoje em dia vejo que em sua maioria faziam o que chamam de "House". Mas tinha coisa boa vinda da Itália também, tá? :oP
A "dupla de dois" formada por Neil Tennant(vocalista, guitarrista, ex-jornalista da Smash Hits - a Capricho de lá - e disperdício de homem, segundo mamãe wonderfool :oP) e Chris Lowe(teclados e programações em geral), caiu no meu gosto através de meu irmão, assim como todas as outras bandas da época, já citadas. Isso numa época em que usar programações e intrumentos eletrônicos pra fazer música não era considerada música de verdade. Sim, já tivemos tempos assim!...

Vendo agora, trata-se de uma banda que acompanho desde os nove anos de idade! (o mesmo tempo de uso do All Star, hehehe). Ou seja, se é a única que eu acompanho desde então até hoje é porque deve ser boa, afinal.
(Por exemplo, hoje em dia não ouço mais Information Society, que eu adorava aos 10 anos, e que hoje reconheço que não era lá essas coisas, hahaha... :oP)
E, mesmo não sendo A minha banda favorita (blur, blur, blur), tenho várias raridades do Pet Shop Boys em casa que não me desfaço de jeito nenhum (singles, edições especiais, videos, remixes maravilhosos que não são tocados em rádio, infelizmente), porque são muito boas até hoje. Ou estranhas, o que não deixa de ser bom...

Mas, seus últimos álbuns, apesar de umas boas canções, não me "pegaram", e eu acabei me afastando deles. Até esta semana. Sábado passado, o Patrão achou pra mim um CD de remixes deles que eu não tinha, o "Disco 3". Mesmo não sendo tão bom quanto os 2 primeiros, foi o bastante para me dar vontade de ouvir os CDs antigos e sentir a velha amiga nostalgia voltando. O que me fez comprar o DVD PopArt: Pet Shop Boys - The Videos hoje, correndo.



Comemorando as duas décadas de hits até hoje muito bons ("Left to My own Devices" e "So Hard" me impressionam até hoje, nem as acho datadas!) e alguns tropeços ("Se a vida é" não dá pra aturar), eles juntaram nessa coletânea apenas todos os seus 41 clipes! Quarenta e um videoclipes!!!! O mais legal é que dá pra acompanhar direitinho pelos videos a evolução da banda, da linguagem videoclíptica, e da própria dance music e a cultura clubber - e tudo isso feito por uma... "banda pop"!
Sei lá, é algo mais interessante do que realmente consigo colocar aqui. Lembro-me no show que vi deles, em 1994, um dos melhores "shows performáticos" (tipo U2, Rolling Stones, sabe?) que já vi. Engraçado, trash, exagerado, belo, emocionado, feliz. No público, GLS em peso e muita gente "alternativa" misturada com adolescentes e seus respectivos pais (minha mãe tava lá comigo, inclusive), todos em plena harmonia. Hoje em dia diria que me sentia no club do "Queer as Folk", tamanho foi o meu desbunde. A vontade de que o show não terminasse, e não era apenas eu que pensava assim - tanto que esse show virou video e eu acho que bem me vi na multidão, hehehe.
Acho que isso é que é o mais legal deles, essa coisa na beira entre pop/alternativo, gay/straight, trash/belo, graça/seriedade. O mundo caindo e eles intactos em sua fleuma britânica... mas vestidos em roupas ridículas, por exemplo.



Chris e Neil: velhinhos...

Vamos ao DVD. Em sua maioria, com eles atuando nos clipes (vamos combinar: bandas que atuam em seus clips NÃO DEVEM ser levadas a sério, nem por seus integrantes nem pelos fãs, né?) rendendo momentos divertidíssimos, como no clip propositalmente trash "Heart" (música que eles queriam oferecer à Madonna, mas não tiveram coragem) - história de um vampiro dentuço que eu juro por Deus que é interpretado por Sir Ian McKellen (O Gandalf d'O Senhor dos Anéis!) - ou então por um irmão gêmeo dele; a música de Chacrinha "What Have I done to Deserve This?" (duo com Dusty Springfield, cantora dos 60's que ficou conhecida da geração Tarantino pela trilha de Pulp Fiction com "Son of a Preacher Man"); o hit Anjos da Lei "Always on My Mind" (cover do Elvis, e clip tirado do longa "It couldn't happen here" - "um Magical Mystery Tour sem as drogas" - o clip é melhor que o filme mesmo, tem as melhores cenas deste); o lindo "Being Boring" (com guitarras de Johnny Marr, dos Smiths/Electronic); e um de meus favoritos, "I Wouldn't Normally Do This Kind of Thing" (junta visual retrô, mulheres de chanel e delineador, roupas espaciais e uma música fofíssima que até Robbie Williams já regravou). Aliás, os PSB também se destacam pelos criativos (e/ou longos) nomes para suas músicas: "You only tell me you love me when you're drunk" (esse nome é ótimo), "I want a dog", "Yesterday, when I was Mad", "How can you expect to be taken seriously?" e "Do I have to?", "Bet she's not Your Girlfriend", dentre outras pérolas.
No final do DVD, tive a mesma sensação de quando o show chegou ao fim 10 anos atrás: Quero mais!
Tirando o fato de que já posso jogar fora algumas fitas de clipes mofadas... :o))
Veredicto: ÓÓÓtimo!!


segunda-feira, março 01, 2004

T R A I Ç Ã O

Posso dizer que já passei mais da metade de minha vida como adepta dos tênis All Star, ao menos desde a 4ª série, quando herdei um par abóbora cano longo e um azul cano curto de meu irmão mais velho. E isso eu tinha uns 9 pra 10 anos. Inclusive defensora dos pisantes na "Era Negra" deste, em que era considerada "coisa de pobre usar All Star".

Ou seja, achava que já estava mais do que calejada (no real sentido da palavra) para usar um par novo sem sofrer com as consequências. Mas me enganei.



Comprei este Converse/All Star (que até hoje não sei porque esta diferença entre a Converse lá de fora e a All Star daqui) fofíssimo no sábado, e fiquei toda feliz. Bom, bonito e barato, que mais se pode querer de um tênis? Domingo fomos eu e o patrão com as respectivas filhas (caninas) fazer uma caminhada de 40 minutos, moleza, e lá fui eu estrear os tênis. Pois sim...

Claro que fiquei morrendo de calor e não pus meias. Resultado: 2 bolhas no pé esquerdo e 3 bolhas enooooormes no pé direito! E eu, crente que as meias não fariam diferença, depois de 13 anos andando de All Star sem meia pra cima e pra baixo nos dias quentes...

Então, já no primeiro dia de caminhada aprendi:
1) É bom caminhar após as 4 da tarde: já não tem tanto sol nem calor pra você enfrentarr; mas tem muuuuuito mosquito solto! Alérgicos, tomem cuidado!
2) Sempre que a sua Pinscher resolver implicar com cães com o dobro ou triplo do tamanho, saia correndo. Das duas uma: ou ela vai atrás de você e deixa a briga pra depois ou ao menos VOCÊ estará a salvo do cachorrão, e ela que resolva o pepino sozinha! (brincadeirinha, nunca faria isso!)
3) Use sempre meias, nunca se sabe o que pode acontecer. Ainda mais com um tênis novo que ainda não adquiriu o formato do seu pé. OU...
4) Caminhada faz mal pros pés. Não caminhe, seja sedentário. :oP


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