segunda-feira, junho 17, 2002
WEEZER´S Love Explosion!!!!!!
O Lê, num momento de grande inspiração, criou o neologismo “Malandroit”, substantivo. “Malandroitizar”, a meu ver, seria algo como deixar de fazer o que gosta para fazer algo de fácil acesso ao público e, assim, ganhar muito $$$$$. A palavra é a conveniente união de “malandragem” e “Maladroit”. Sendo essa última, o nome do (esperado?) novo CD do Weezer.
Tal julgamento prévio tem fundamento. Principalmente depois que, ao visitar o site oficial da banda, vemos que a velha e inocente banda-de-garagem-cheia-de-espinha-na-cara agora mais parece um shopping center (ou um parque de diversões): vende-se CDs autografados, as velhas camisas (q tenho uma), e até uma lancheira (isso mesmo), de metal, com o logo da banda e integrantes pintados, parece uma daquelas dos Monkees. Sinceramente, qdo vi aquilo, achei que uma das bandas mais maravilhosas da Terra e uma das mais importantes da minha vida estava de palhaçada com a minha cara. E, quer saber?, acho que estão. Afinal, eles tb têm senso de humor...
Mesmo assim, compramos os CDs (eu e o Lê, cada um comprou uma cópia – é a única coleção que não temos em conjunto, pq mesmo reclamando nós gostamos de dar $$$ ao Weezer). E começamos a ouvir juntos, no carro (o q me lembra de outro momento emocionante, qdo comprei o Pinkerton e fomos ouvir juntos, num discman fuleiro que eu ainda tenho, em frente à Catedral. Momento mágico!).
São inevitáveis as comparações. Enqto o “Álbum Azul” (94) e o “Verde” (2001) seguiram mais ou menos o mesmo padrão, tanto na capa e encarte, como no mesmo número de músicas, produzidas por Ric Ocasek (The Cars), todas prontas para serem hits. Já Pinkerton (96), produzido pela própria banda, indicava um novo caminho. Tornou-se clássico, agradou crítica, fãs, conquistou tantos outros (com efeito retardado, é verdade) e foi parar até no Dawson´s Creek. Não é a toa que a banda (digo, o vocalista/letrista/guitarrista) “pirou” (mas não tanto qto as pessoas imaginam – na verdade foi bem esperto, consciente disso ou não) depois desse boom.
Assim como o “Verde” foi uma tentativa de ser o “Azul” melhorado, parece que Maladroit tenta ser Pinkerton melhorado: a capa que não segue o padrão dos outros discos, encarte (também com fotos da banda em estúdio), e a produção da própria banda. Tudo pra ser Pinkerton versão 2.0 . E ainda tem as letras das músicas desta vez, um “adianto de vida”.
O resultado é um disco “quebradeira”: as músicas são quebradas, não dá pra garantir que elas terminem da mesma forma como começaram; têm muita influência de heavy metal/hard rock (Bibs vai amar!!!) mas tb não quer dizer que elas sigam o caminho do “épico-mala” (mesmo pq, quem conhece “Only in Dreams” sabe que ser mala é tecnicamente impossível). Só o fato de não terem apenas 10 músicas já é um alívio – são 13 inéditas, mais uma misteriosa reprise de “Island in the Sun”, do disco Verde. E, atendendo às minhas súplicas e rezas, a edição nacional tb conta com os 7 clips em multimídia. Oba oba oba, que bom que bom que bom.
“If you/ want me/ you can´t/ have me/ please/ accept me”
Musicalmente, guitarras (Rivers e Brian) continuam “cachorras” (u-hu!! Roquenrol !!); Pat continua sendo um baterista maravilhoso; e Rivers, cada vez mais parecido (fisicamente) com Sigmund Freud e com uma voz ainda muito especial (assim como o Stevie Jackson ou o Jay Jay Johanson, pra mim)... Ao contrário de Matt Sharp, cuja voz de menestrel-tipo-Donovan só dá certo nos Rentals ou nos antigos backing do Weezer, Rivers pode narrar corrida de cachorro ou apuração de desfile de Escola de Samba que será sempre liiiiiindo, e sempre me trará um sorriso. Ai ai ai.... *suspiros*
“And I won´t/ be ashamed/ of the things/ we once made”
A grande novidade é o novo baixista, Scott Shriner, que tem cara de maluco. Eu, consultora não-oficial de baixistas do Weewee, aprovou a figura, apesar de só saber de sua existência após vê-lo na capa da Spin do mês de julho (q tá bonitinha, parece foto de equipe de super-heróis, só que de tênis New Balance e camisa do Iron Maiden). Ex-baixista da “banda” (?) do Vanilla Ice (!!!!!!!!), parece ter mais técnica que os anteriores, marrentões que usavam palheta pra tocar. Mas eu gostava muito do Mikey Welsh, com cara de malvadão e descabelado (era o charme dele, ser diferente do resto da banda); do Matt, então, nem se fala... aliás, caso o Scott debande, podem me chamar pra tocar!!!!
“I don´t like how/ you´re living/ my life/ get yourself/ a wife/ get yourself a job/ you´re living/ a dream/ don´t you be/ a slob”
O post já está gigantesco, então vamos às análises gerais (pq o Weewee merece): já começa com um hit-Rádio-Cidade em potencial, “American Gigolo”; passando pelo ô-ô-ô digno de banda-de-metal-farofa-tipo-AC/DC de “Dope Nose”. “Keep Fishin’ ” é a cara dos Rentals, mas sem os teclados característicos: Matt Sharp deve estar sorrindo – ou muito irado – onde quer q esteja (e onde será que ele está???), pois pelo jeito sempre terá o seu fantasma pelos discos da ex-banda. “Take Control” é maravilhosa, metal à la “Eye of the Tiger” (é isso mesmo q vc está lendo); e “Death and Destruction” é um baladão típico Weezer (coisa que faltava no Álbum Verde), e por ser uma balada com esse nome só torna a coisa mais engraçada. “Slob” tb é demais, espécie de “Hotel California” turbinada; e “Burndt Jamb” é a q chamamos “música Jorge Benjor”, que é ótima e lembra muito uma música do Candelabro Italiano (aê, depois dessa o CI pode até tirar onda!!); aí vem “Space Rock”, que me lembra Pavement (nem sei pq, na verdade) e é fofinha. “Slave” é tudo, com início lugar-comum e q se transforma numa coisa linda; e “Fall Together” segue o nível da anterior; “Possibilities” é hit-tipo-Blink 182, só que (beeeeem) melhorado. “Love Explosion” é bonitinha, seu refrão me lembrou “Moneytalks” do AC/DC (ó eles de novo aí!); e “December” fecha bem o CD, numa “valsa” lembrando “Holiday”, do primeiro disco. E a presença de “Island in the Sun” te faz lembrar que, apesar de tudo, o Álbum Verde tem boas canções, e vc fica com vontade de ouvi-las de novo.
“Love, barely alive/ in your arms/ slave.”
Concluindo, qdo o Weezer é regular (caso do Álbum Verde), ele é bom (superior à muita gente por aí). E, ainda, qdo é bom (caso de Maladroit), é maravilhoso. Provavelmente, eu e Lê não usaremos o termo “Malandroitizar” como pejorativo em relação ao Weezer tão cedo...
...E a lancheira é muito fofa!!! Adoraria ter uma dessas pra levar meu lanchinho pra faculdade... :oP
“You´re gone/ you´re gone/ to stay”
O Lê, num momento de grande inspiração, criou o neologismo “Malandroit”, substantivo. “Malandroitizar”, a meu ver, seria algo como deixar de fazer o que gosta para fazer algo de fácil acesso ao público e, assim, ganhar muito $$$$$. A palavra é a conveniente união de “malandragem” e “Maladroit”. Sendo essa última, o nome do (esperado?) novo CD do Weezer.
Tal julgamento prévio tem fundamento. Principalmente depois que, ao visitar o site oficial da banda, vemos que a velha e inocente banda-de-garagem-cheia-de-espinha-na-cara agora mais parece um shopping center (ou um parque de diversões): vende-se CDs autografados, as velhas camisas (q tenho uma), e até uma lancheira (isso mesmo), de metal, com o logo da banda e integrantes pintados, parece uma daquelas dos Monkees. Sinceramente, qdo vi aquilo, achei que uma das bandas mais maravilhosas da Terra e uma das mais importantes da minha vida estava de palhaçada com a minha cara. E, quer saber?, acho que estão. Afinal, eles tb têm senso de humor...
Mesmo assim, compramos os CDs (eu e o Lê, cada um comprou uma cópia – é a única coleção que não temos em conjunto, pq mesmo reclamando nós gostamos de dar $$$ ao Weezer). E começamos a ouvir juntos, no carro (o q me lembra de outro momento emocionante, qdo comprei o Pinkerton e fomos ouvir juntos, num discman fuleiro que eu ainda tenho, em frente à Catedral. Momento mágico!).
São inevitáveis as comparações. Enqto o “Álbum Azul” (94) e o “Verde” (2001) seguiram mais ou menos o mesmo padrão, tanto na capa e encarte, como no mesmo número de músicas, produzidas por Ric Ocasek (The Cars), todas prontas para serem hits. Já Pinkerton (96), produzido pela própria banda, indicava um novo caminho. Tornou-se clássico, agradou crítica, fãs, conquistou tantos outros (com efeito retardado, é verdade) e foi parar até no Dawson´s Creek. Não é a toa que a banda (digo, o vocalista/letrista/guitarrista) “pirou” (mas não tanto qto as pessoas imaginam – na verdade foi bem esperto, consciente disso ou não) depois desse boom.
Assim como o “Verde” foi uma tentativa de ser o “Azul” melhorado, parece que Maladroit tenta ser Pinkerton melhorado: a capa que não segue o padrão dos outros discos, encarte (também com fotos da banda em estúdio), e a produção da própria banda. Tudo pra ser Pinkerton versão 2.0 . E ainda tem as letras das músicas desta vez, um “adianto de vida”.
O resultado é um disco “quebradeira”: as músicas são quebradas, não dá pra garantir que elas terminem da mesma forma como começaram; têm muita influência de heavy metal/hard rock (Bibs vai amar!!!) mas tb não quer dizer que elas sigam o caminho do “épico-mala” (mesmo pq, quem conhece “Only in Dreams” sabe que ser mala é tecnicamente impossível). Só o fato de não terem apenas 10 músicas já é um alívio – são 13 inéditas, mais uma misteriosa reprise de “Island in the Sun”, do disco Verde. E, atendendo às minhas súplicas e rezas, a edição nacional tb conta com os 7 clips em multimídia. Oba oba oba, que bom que bom que bom.
“If you/ want me/ you can´t/ have me/ please/ accept me”
Musicalmente, guitarras (Rivers e Brian) continuam “cachorras” (u-hu!! Roquenrol !!); Pat continua sendo um baterista maravilhoso; e Rivers, cada vez mais parecido (fisicamente) com Sigmund Freud e com uma voz ainda muito especial (assim como o Stevie Jackson ou o Jay Jay Johanson, pra mim)... Ao contrário de Matt Sharp, cuja voz de menestrel-tipo-Donovan só dá certo nos Rentals ou nos antigos backing do Weezer, Rivers pode narrar corrida de cachorro ou apuração de desfile de Escola de Samba que será sempre liiiiiindo, e sempre me trará um sorriso. Ai ai ai.... *suspiros*
“And I won´t/ be ashamed/ of the things/ we once made”
A grande novidade é o novo baixista, Scott Shriner, que tem cara de maluco. Eu, consultora não-oficial de baixistas do Weewee, aprovou a figura, apesar de só saber de sua existência após vê-lo na capa da Spin do mês de julho (q tá bonitinha, parece foto de equipe de super-heróis, só que de tênis New Balance e camisa do Iron Maiden). Ex-baixista da “banda” (?) do Vanilla Ice (!!!!!!!!), parece ter mais técnica que os anteriores, marrentões que usavam palheta pra tocar. Mas eu gostava muito do Mikey Welsh, com cara de malvadão e descabelado (era o charme dele, ser diferente do resto da banda); do Matt, então, nem se fala... aliás, caso o Scott debande, podem me chamar pra tocar!!!!
“I don´t like how/ you´re living/ my life/ get yourself/ a wife/ get yourself a job/ you´re living/ a dream/ don´t you be/ a slob”
O post já está gigantesco, então vamos às análises gerais (pq o Weewee merece): já começa com um hit-Rádio-Cidade em potencial, “American Gigolo”; passando pelo ô-ô-ô digno de banda-de-metal-farofa-tipo-AC/DC de “Dope Nose”. “Keep Fishin’ ” é a cara dos Rentals, mas sem os teclados característicos: Matt Sharp deve estar sorrindo – ou muito irado – onde quer q esteja (e onde será que ele está???), pois pelo jeito sempre terá o seu fantasma pelos discos da ex-banda. “Take Control” é maravilhosa, metal à la “Eye of the Tiger” (é isso mesmo q vc está lendo); e “Death and Destruction” é um baladão típico Weezer (coisa que faltava no Álbum Verde), e por ser uma balada com esse nome só torna a coisa mais engraçada. “Slob” tb é demais, espécie de “Hotel California” turbinada; e “Burndt Jamb” é a q chamamos “música Jorge Benjor”, que é ótima e lembra muito uma música do Candelabro Italiano (aê, depois dessa o CI pode até tirar onda!!); aí vem “Space Rock”, que me lembra Pavement (nem sei pq, na verdade) e é fofinha. “Slave” é tudo, com início lugar-comum e q se transforma numa coisa linda; e “Fall Together” segue o nível da anterior; “Possibilities” é hit-tipo-Blink 182, só que (beeeeem) melhorado. “Love Explosion” é bonitinha, seu refrão me lembrou “Moneytalks” do AC/DC (ó eles de novo aí!); e “December” fecha bem o CD, numa “valsa” lembrando “Holiday”, do primeiro disco. E a presença de “Island in the Sun” te faz lembrar que, apesar de tudo, o Álbum Verde tem boas canções, e vc fica com vontade de ouvi-las de novo.
“Love, barely alive/ in your arms/ slave.”
Concluindo, qdo o Weezer é regular (caso do Álbum Verde), ele é bom (superior à muita gente por aí). E, ainda, qdo é bom (caso de Maladroit), é maravilhoso. Provavelmente, eu e Lê não usaremos o termo “Malandroitizar” como pejorativo em relação ao Weezer tão cedo...
...E a lancheira é muito fofa!!! Adoraria ter uma dessas pra levar meu lanchinho pra faculdade... :oP
“You´re gone/ you´re gone/ to stay”