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quinta-feira, agosto 21, 2003

The Gym Chronicles
(ou "Loucademia do Barulho", caso isso fosse um filme ruim que o SBesTeira exibisse)

Enfim, completei um mês de academia! É pouco tempo, mas claro que já cheguei a algumas conclusões, que CERTAMENTE serão precipitadas, claro.
Ainda, não é um mundo no qual me sinta à vontade, em comparação a um, digamos, botequim. Mas também,
é covardia com o mundo da malhação, porque frequento botecos e lugares pitorescos desde os 15/16 anos, e estou na academia há apenas um mês! E, mesmo assim, não sei se entraria num boteco sem estar MUITO BEM acompanhada (AINDA não sou alcoólatra a ponto de ir beber sozinha, às 10 da matina, num moquifo qualquer). Mas, caso não seja abalada pela preguiça, acho que encaro a opressora academia sozinha sem maiores problemas.
Frequentar a academia é como frequentar a faculdade: é ótimo quando você vai todos os dias, você se sente O Responsável; mas é muito bom também quando você resolve faltar um diazinho que seja, mesmo se sentindo culpado toda a vida. Principalmente porque tem dinheiro envolvido (no caso, $$$ da mamãe, minha fiel companheira de malhação - ou melhor, eu é que a acompanho, já que ela é quem paga).
E lá vou eu, com meu Adidas SL72 e camisa do Weezer (enfim, uma função pras minhas camisas gigantes de banda: bem melhor do que serem rebaixadas à categoria de "roupas pra dormir"), o esteriótipo da nerd, rumo à saúde. Mesmo depois de algum tempo, é difícil dizer um mero "olá" para algum frequentador. Assim como na facults, lá eu também me sinto como mera parte da mobília (digo, dos aparelhos), reforçando meu nocivo estilo de vida anti-social. Ficar de conversa com outros é algo que definitivamente não faço. Minto: eu e mamãe Wonderfool conversamos com o dono da academia, um cara infinitamente gente boa. E só. O pouco de conversa que consigo ouvir dos outros geralmente é sobre algo que não me interessa e fico sem graça de me manifestar ("baladas"-ô palavrinha!-, rapazes/moças/festas universiotárias etc.); sem falar da trilha
sonora das aulas (Tribalistas em versão dance music/batidão, bizarro). Não leve a mal, não estou aqui julgando os outros ou querendo revelar a minha superioridade intelectual que não existe. Sou EU quem está
no "território inimigo", num mundo o qual não faço parte, não é mesmo?
Mesmo assim, como em qualquer fase de adaptação, é meio traumático. Uma raiva inominável me invade cada vez em que quero usar determinado aparelho, e vejo que tem um grupo de mocinhas, ou rapazes, ou ambos, está ocupando-o, mas sem utilizá-lo - pessoas sentam-se nas ergométricas e começam a papear, e não fazem o exercício, por exemplo. Eu odeio quando isso acontece, principalmente porque EU NÃO CONSIGO chegar lá e dar a lição de moral que estas pessoas mereceriam. Aliás, ai de mim se eu o fizesse, só imagino aqueles caras ENORMES me dando um peteleco e eu voando longe...
Pois é, uma tremenda frustração comigo mesma! Terapia pra mim, urgente!!
Mas nem tudo são trevas!! Considero a malhação, feita de forma construtiva e sem exageros, uma espécie de terapia sim, em recuperação da auto-estima e até para aliviar raiva (santa endorfina - é endorfina mesmo que liberamos após atividade física? nem sei), sem contar que aqui você não tem o terapeuta pra cobrar soluções, as quais quem deve buscar, antes de mais nada, é você mesmo.

Mas o que é isso??? Manifesto anti-terapia??? O que estou dizendo??? :oP



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