quinta-feira, agosto 14, 2003
Podem dizer o que quiser de "O SENHOR DOS ANÉIS"...
... Mas o verdadeiro filmaço de Peter Jackson é "Almas Gêmeas".
Agora, que até a minha mãe desejou que eu vá pro inferno (por ser fã de Tolkien e da trilogia cinematográfica), deixe-me explicar. Tive a oportunidade de revê-lo ontem na TV e, confesso, continuei embasbacada da mesma forma que fiquei quando o vi pela primeira vez. O relacionamento cada vez mais doentio (amor? atração? dependência?) de duas garotas de mais ou menos 15 anos é chocante, porém visualmente deslumbrante. Baseado numa história real, está loooonge de parecer um destes filmes do gênero, que passam sempre no Supercine da Rede Bobo. Ele não é medíocre, em roteiro (acredito, baseado no diário de uma das garotas em questão), em atuações, em efeitos (tão bons que você se sente vivendo as mesmas sensações/"viagens" que elas, e nem percebe que são propositalmente fakes). E o mais interessante, na minha humilde opinião, é que elas não são "maluquinhas popstars", do tipo em que a gente torce por elas no final. Aliás, você não torce pra ninguém no filme, porque não há a velha, mas ainda utilizada divisão entre "mocinhos" e "bandidos". Na verdade, fico com pena de todos os envolvidos na história, porque é tudo muito triste e confuso. Ninguém sabe o que acontece com elas realmente, acho que nem elas. O "diagnóstico", dado por um terapeuta (ops!) no decorrer do filme, de Homossexualismo, é absurdo. Porque vemos aqui que "amor não tem sexo", tanto que elas não sentiam atração por outras garotas, aliás, eram apaixonadas por astros de cinema, como qualquer outra adolescente (inclusive, uma estranha atração por Orson Welles - até parece eu, hehehe - numa cena MUITO boa). Elas eram as únicas em seu mundo, um mundo em que mais ninguém tinha capacidade pra entender. No primeiro momento, você acha que é presunção delas, mas no fim vemos que é verdade. Até mesmo porque, se alguém raciocina de forma semelhante, deve ser internado imediatamente!!! (hehehe)
Enfim, num crescente de tensão, tristeza e pena, chegamos ao final terrível, totalmente estáticos com uma cena que não vou contar aqui pra não estragar! E que leva a pensar: e se tentassem entendê-las, ao invés de repreendê-las? Será que seria diferente? Acho que nem elas podem dizer...
... Mas o verdadeiro filmaço de Peter Jackson é "Almas Gêmeas".
Agora, que até a minha mãe desejou que eu vá pro inferno (por ser fã de Tolkien e da trilogia cinematográfica), deixe-me explicar. Tive a oportunidade de revê-lo ontem na TV e, confesso, continuei embasbacada da mesma forma que fiquei quando o vi pela primeira vez. O relacionamento cada vez mais doentio (amor? atração? dependência?) de duas garotas de mais ou menos 15 anos é chocante, porém visualmente deslumbrante. Baseado numa história real, está loooonge de parecer um destes filmes do gênero, que passam sempre no Supercine da Rede Bobo. Ele não é medíocre, em roteiro (acredito, baseado no diário de uma das garotas em questão), em atuações, em efeitos (tão bons que você se sente vivendo as mesmas sensações/"viagens" que elas, e nem percebe que são propositalmente fakes). E o mais interessante, na minha humilde opinião, é que elas não são "maluquinhas popstars", do tipo em que a gente torce por elas no final. Aliás, você não torce pra ninguém no filme, porque não há a velha, mas ainda utilizada divisão entre "mocinhos" e "bandidos". Na verdade, fico com pena de todos os envolvidos na história, porque é tudo muito triste e confuso. Ninguém sabe o que acontece com elas realmente, acho que nem elas. O "diagnóstico", dado por um terapeuta (ops!) no decorrer do filme, de Homossexualismo, é absurdo. Porque vemos aqui que "amor não tem sexo", tanto que elas não sentiam atração por outras garotas, aliás, eram apaixonadas por astros de cinema, como qualquer outra adolescente (inclusive, uma estranha atração por Orson Welles - até parece eu, hehehe - numa cena MUITO boa). Elas eram as únicas em seu mundo, um mundo em que mais ninguém tinha capacidade pra entender. No primeiro momento, você acha que é presunção delas, mas no fim vemos que é verdade. Até mesmo porque, se alguém raciocina de forma semelhante, deve ser internado imediatamente!!! (hehehe)
Enfim, num crescente de tensão, tristeza e pena, chegamos ao final terrível, totalmente estáticos com uma cena que não vou contar aqui pra não estragar! E que leva a pensar: e se tentassem entendê-las, ao invés de repreendê-las? Será que seria diferente? Acho que nem elas podem dizer...