quarta-feira, setembro 03, 2003
As velhas pérolas perdidas da pop TV P&B...
(Agora, só falta Perdidos No Espaço!!!)
Sou muito velha mesmo. Ontem, entrou no ar pela Directv o canal Retro, que, como o nome diz, só passa séries-velharias. Nem preciso dizer que tô quase viciando.
Há uns 7, 8 anos atrás, minha atração favorita do Multishow era o programa "Retrô TV", que reprisava maravilhas pop como "Mary Tyler Moore", "Agente 86", "Os Vingadores", além do mais que saudoso "Monty Python's Flying Circus". Hoje em dia, com exceção de "Wonder Years" e "Kids in the Hall", o canal só passa shows do Jorge Vercilo e Reality Shows idiotas. Deus me livre.
Mas meus problemas acabaram!
Esse canal novo, apesar dos básicos problemas de início de transmissão - como algumas séries ainda não terem legendas, ou serem dubladas em espanhol com legendas em português - tá chegando com muita coisa bacana. Já estou criando o hábito de chegar em casa às 19 horas, pra ver minha série-bobagem-xodó "Os Vingadores" e às 20 horas matar saudades do "Agente 86" de Mel Brooks. O dia pode ter sido horrível, mas levanta o astral na hora. As histórias do agente Smart da C.O.N.T.R.O.L satirizando James Bond munido de seu incrível Sapatofone (sapatofone é tudo!!) já são mais do que clássicas, e acredito que muita gente da minha idade também tenha conseguido ver alguma de suas reprises nos idos anos 80, ou algo do gênero. Então dispenso humildemente maiores comentários aqui.
Então vamos falar dos outros agentes, os "Avengers", que nada tem a ver com os do gibi. Sempre que eu via "Os Vingadores" no Multishow (devia ter uns 15 anos na época), pensava comigo mesma: "Essa é uma das séries mais bobocas que eu já vi na vida". Porém, "boboca" no melhor sentido da palavra. Trata-se de uma série britânica dos anos 60 que também aproveitou a onda James Bond, sendo "witty" e classuda, ao mesmo tempo que descompromissada e divertidíssima.
Sabe o loooongo post sobre os personagens Tommy e Tuppence de Agatha Christie? Pois aqui a história é mais ou menos a mesma, só que passada nos anos 1960 ao invés dos anos 1920. E não são dois investigadores que fuçam casos baseando-se em clássicos da literatura, e sim dois agentes especiais, chamados Emma Peel("Dame" Diana Rigg) e John Steed(Patrick McNee). E aqui eles não são casados, mas há sempre aquela tensão sexual entre eles, deliciosamente rechaçada pela ética profissional. Tommy e Tuppence se deram melhor que eles, nesse caso...
Não posso dizer qual era o impacto da série nos '60 (acho que vou perguntar à mamãe), mas pode ser vista agora como a típica série de aventuras-sessão-da-tarde. Não era exatamente uma sátira tal como o Agente 86, mas ao mesmo tempo tá longe de ser uma "série séria": quando tratava-se de uma missão realista, colocavam os agentes em estranhas ou engraçadas situações para solucionar o caso; e se eles passavam por sérias situações (tem ATÉ cenas de luta! armas! e sobram bofetadas até pra Miss Peel!), pode contar que o vilão do dia era um cientista-maluco-que-queria-dominar-o-mundo. Ou seja, até que era bem equilibradinha com doses de ação, humor e romance (pq sou uma romântica incurável e ainda acho que eles tinham que ficar
juntos no final!)pra não ficar muito heavy, mas nem descambar pra paródia.
E porque eu ainda a acho boboca? Ah, eram outros tempos, que vistos agora soam tão inocentes... ou seja, bobocas.
Os intrépidos agentes brits John Steed e Emma Peel brincam de escultores nas horas vagas.
Na era das más adaptações de séries dos anos 60, há uns 5 anos atrás, "Os Vingadores" foram vitimados. Pior é que o filme até que era visualmente fiel à série(nas influências cartunísticas, e não nos exageros de Sapucaí), tinha um roteiro inocente como os dos velhos tempos, a caracterização tava praticamente idêntica (nossa, naquela época eu achava o Ralph Fiennes/John Steed TUUUDO; e queria ter ao menos metade do guarda-roupa da Uma Thurman/Emma Peel - aliás, o quero até hoje), e ainda por cima tinha o requinte de ter como vilão o SEAN CONNERY!!! Mas o filme é PÉÉÉÉSSIMO, não funcionou de jeito nenhum. O único momento emocionante do filme foi ouvir o tema original do seriado na apresentação (ou era nos créditos? nem sei mais, e nem quero saber...). Só sei que é a prova de que não se deve dar ao cinema americano o espírito de uma série inglesa.
Ou seja, pra se divertir mesmo, continue com a original, velha, e boboca série que é mais negócio. Dos bons.
Aliás, falando NELE...
SEAN CONNERY
Já estou re-relendo a excelente série "As Aventuras da Liga Extraordinária" de Alan Moore, pra me preparar pro lançamento do filme-baseado-no-gibi "A Liga". Assim como o filme dos Vingadores, é bem possível que este seja mais um filme-furada estrelando o Sean Connery. O que é um tremendo disperdício. Porém, Papai Jones nem parece se preocupar com bilheterias ou gaiatices cinematográficas, o que importa é fazer filmes. Melhor pra mim.
As gaiatices já começaram ao inserir personagens no filme que de forma alguma aparecem no gibi. Colocaram Tom Sawyer (o personagem de Mark Twain, e não a música do MCGuyver, pelamordedeus!!) só pq não tinha nenhum personagem americano na trama original; e até agora não entendi porque resolveram inserir o Dorian Gray (um de meus personagens favoritos de todos os tempos, diga-se) na história! Só pq "tecnicamente" ele não morre? E daí?
Mesmo assim, estou animada. A outra adapatção feita de uma série do Alan Moore, "Do Inferno", com Johnny Depp e Heather Graham, me foi de muito agrado. Quem sabe não me surpreendo... E estou simplesmente DOIDA pra ver o Homem Invisível, de longe o melhor personagem da série toda, além de Sir Connery como o Alan Quatermain viciadão em ópio. Se bem que só o carisma dele já vale pelo filme inteiro. U-hu!
SEAN CONNERY copia o look do seu filho Indiana Jones como Alan Quatermain.
(Agora, só falta Perdidos No Espaço!!!)
Sou muito velha mesmo. Ontem, entrou no ar pela Directv o canal Retro, que, como o nome diz, só passa séries-velharias. Nem preciso dizer que tô quase viciando.
Há uns 7, 8 anos atrás, minha atração favorita do Multishow era o programa "Retrô TV", que reprisava maravilhas pop como "Mary Tyler Moore", "Agente 86", "Os Vingadores", além do mais que saudoso "Monty Python's Flying Circus". Hoje em dia, com exceção de "Wonder Years" e "Kids in the Hall", o canal só passa shows do Jorge Vercilo e Reality Shows idiotas. Deus me livre.
Mas meus problemas acabaram!
Esse canal novo, apesar dos básicos problemas de início de transmissão - como algumas séries ainda não terem legendas, ou serem dubladas em espanhol com legendas em português - tá chegando com muita coisa bacana. Já estou criando o hábito de chegar em casa às 19 horas, pra ver minha série-bobagem-xodó "Os Vingadores" e às 20 horas matar saudades do "Agente 86" de Mel Brooks. O dia pode ter sido horrível, mas levanta o astral na hora. As histórias do agente Smart da C.O.N.T.R.O.L satirizando James Bond munido de seu incrível Sapatofone (sapatofone é tudo!!) já são mais do que clássicas, e acredito que muita gente da minha idade também tenha conseguido ver alguma de suas reprises nos idos anos 80, ou algo do gênero. Então dispenso humildemente maiores comentários aqui.
Então vamos falar dos outros agentes, os "Avengers", que nada tem a ver com os do gibi. Sempre que eu via "Os Vingadores" no Multishow (devia ter uns 15 anos na época), pensava comigo mesma: "Essa é uma das séries mais bobocas que eu já vi na vida". Porém, "boboca" no melhor sentido da palavra. Trata-se de uma série britânica dos anos 60 que também aproveitou a onda James Bond, sendo "witty" e classuda, ao mesmo tempo que descompromissada e divertidíssima.
Sabe o loooongo post sobre os personagens Tommy e Tuppence de Agatha Christie? Pois aqui a história é mais ou menos a mesma, só que passada nos anos 1960 ao invés dos anos 1920. E não são dois investigadores que fuçam casos baseando-se em clássicos da literatura, e sim dois agentes especiais, chamados Emma Peel("Dame" Diana Rigg) e John Steed(Patrick McNee). E aqui eles não são casados, mas há sempre aquela tensão sexual entre eles, deliciosamente rechaçada pela ética profissional. Tommy e Tuppence se deram melhor que eles, nesse caso...
Não posso dizer qual era o impacto da série nos '60 (acho que vou perguntar à mamãe), mas pode ser vista agora como a típica série de aventuras-sessão-da-tarde. Não era exatamente uma sátira tal como o Agente 86, mas ao mesmo tempo tá longe de ser uma "série séria": quando tratava-se de uma missão realista, colocavam os agentes em estranhas ou engraçadas situações para solucionar o caso; e se eles passavam por sérias situações (tem ATÉ cenas de luta! armas! e sobram bofetadas até pra Miss Peel!), pode contar que o vilão do dia era um cientista-maluco-que-queria-dominar-o-mundo. Ou seja, até que era bem equilibradinha com doses de ação, humor e romance (pq sou uma romântica incurável e ainda acho que eles tinham que ficar
juntos no final!)pra não ficar muito heavy, mas nem descambar pra paródia.
E porque eu ainda a acho boboca? Ah, eram outros tempos, que vistos agora soam tão inocentes... ou seja, bobocas.

Os intrépidos agentes brits John Steed e Emma Peel brincam de escultores nas horas vagas.
Na era das más adaptações de séries dos anos 60, há uns 5 anos atrás, "Os Vingadores" foram vitimados. Pior é que o filme até que era visualmente fiel à série(nas influências cartunísticas, e não nos exageros de Sapucaí), tinha um roteiro inocente como os dos velhos tempos, a caracterização tava praticamente idêntica (nossa, naquela época eu achava o Ralph Fiennes/John Steed TUUUDO; e queria ter ao menos metade do guarda-roupa da Uma Thurman/Emma Peel - aliás, o quero até hoje), e ainda por cima tinha o requinte de ter como vilão o SEAN CONNERY!!! Mas o filme é PÉÉÉÉSSIMO, não funcionou de jeito nenhum. O único momento emocionante do filme foi ouvir o tema original do seriado na apresentação (ou era nos créditos? nem sei mais, e nem quero saber...). Só sei que é a prova de que não se deve dar ao cinema americano o espírito de uma série inglesa.
Ou seja, pra se divertir mesmo, continue com a original, velha, e boboca série que é mais negócio. Dos bons.
Aliás, falando NELE...
SEAN CONNERY
Já estou re-relendo a excelente série "As Aventuras da Liga Extraordinária" de Alan Moore, pra me preparar pro lançamento do filme-baseado-no-gibi "A Liga". Assim como o filme dos Vingadores, é bem possível que este seja mais um filme-furada estrelando o Sean Connery. O que é um tremendo disperdício. Porém, Papai Jones nem parece se preocupar com bilheterias ou gaiatices cinematográficas, o que importa é fazer filmes. Melhor pra mim.
As gaiatices já começaram ao inserir personagens no filme que de forma alguma aparecem no gibi. Colocaram Tom Sawyer (o personagem de Mark Twain, e não a música do MCGuyver, pelamordedeus!!) só pq não tinha nenhum personagem americano na trama original; e até agora não entendi porque resolveram inserir o Dorian Gray (um de meus personagens favoritos de todos os tempos, diga-se) na história! Só pq "tecnicamente" ele não morre? E daí?
Mesmo assim, estou animada. A outra adapatção feita de uma série do Alan Moore, "Do Inferno", com Johnny Depp e Heather Graham, me foi de muito agrado. Quem sabe não me surpreendo... E estou simplesmente DOIDA pra ver o Homem Invisível, de longe o melhor personagem da série toda, além de Sir Connery como o Alan Quatermain viciadão em ópio. Se bem que só o carisma dele já vale pelo filme inteiro. U-hu!

SEAN CONNERY copia o look do seu filho Indiana Jones como Alan Quatermain.