terça-feira, novembro 11, 2003
O post sobre o Tim Festival já está pronto, mas este TEM que ser publicado antes:
F.F.S.:
FILME FOFO DA SEMANA (passada, mas blz)
Trata-se de "Embriagado de Amor", ou Punch-Drunk Love, do queridinho daqui daqui do blog Paul Thomas Anderson.Faço questão de colocar o nome original aqui pq é um nome muito bacana para um filme, além de ser um banho de água fria para aqueles, que como eu, acham que álcool é essencial à vida. Brincadeirinha...
Assim como quando falei do "Extermínio" de Danny Boyle, devo dizer que sou fã dos outros filmes que vi dirigidos por Anderson ("Boogie Nights", maravilhoso; e "Magnólia", lindo), então posso não estar sendo tão imparcial como deveria. Mas o blog é meu e pronto!...
O CARTAZ DE FILME MAIS LINDO QUE VEJO HÁ MUITO TEMPO. Acho que estou ficando uma velha sentimentalóide, hehehe...
Antes de mais nada, P.T. Anderson é um ótimo diretor, sem malabarismos de câmera e maiores firulas, e que faz até um filme de enredo insólito... hum, "descer redondim".
Aliás, o filme é todo incomum desde a escolha do "par romântico": NUNCA na minha vida
imaginaria Emily Watson (a mocinha cega de "Dragão Vermelho", atriz considerada "séria") com Adam Sandler (que nunca me agradou em nada, exceto como Operaman do Saturday Night Live - sim, sou uma singela fã do Operaman!!), num filme do diretor de
Magnólia. Mas, se Anderson conseguiu dar um sentido à existência da carreira de Tom Cruise, pq não na de Sandler? Agora, inclusive, começo a pensar que o último talvez seja mais talentoso que o primeiro... :oP
Então, vamos lá tentar explicar tamanho rolo: Barry (Adam Sandler), pra resumir, é um tremendo de um azarado. Tem 7 irmãs que lhe enchem o saco o tempo todo, desde sempre. Sabe daquelas que reclamam que o irmão não arranja namorada, mas que caso arranjasse,
certamente ficariam zoando com ele, do tipo "ué, mas você não era gay?" ou mesmo "tá namorando, tá namorando...". De preferência, na frente da namorada, para deixá-lo mais irritado ainda. Só que ele nunca reage, e tenta se controlar tanto que claro que quando resolve estourar, chuta o pau da barraca de vez, em irrefreáveis manifestações de violência. E sua família, que "não entende" o porquê disto, limita-se a achar que ele é "estranho", e digno de mais críticas.
Porém, desde o início do filme vemos que ele deseja mudar: pede auxílio profissional a um cunhado (num diálogo curto e agridoce), além de aparecer subitamente no trabalho usando terno, coisa que sabemos depois (por suas irmãs, claro) que ele nunca tinha usado antes na vida. Claro que o terno azul vira seu uniforme desde então. O público não o vê com outra roupa durante todo o filme. Ele quer mudar, mas não sabe exatamente como, e isso fica bem ilustrado qdo ele comenta com seus botões "O que estou procurando?" no supermercado, pouco antes de encontrar as embalagens de pudim (o que nos levou a fazer piadas sobre o filme se chamar "Embriagado de Pudim") que mudariam a sua vida. Mas antes, para piorar sua situação, ele se envolve com uma atendente de tele-sexo (por telefone, claro, não ao vivo) que começa a chantageá-lo, e coloca 4 caras em sua cola
para descolar dinheiro. Revoltado por estar sendo extorquido (e apanhando de montão), tenta resolver a situação na paz, mas não consegue. E fica cada vez mais nervoso.
E entra Lena (Emily Watson - que o Patrão associou bem ao dizer que ela se parece com a Felícia do Tiny Toon), amiga de uma das irmãs malas, que se apaixona por ele e faz de tudo para ser apresentada a ele. E ele acaba se apaixonando
por ela afinal, e faz umas loucurinhas para ficar com ela, de preferência sem as irmãs saberem, dentre outros acontecimentos.
Num último ataque da "quadrilha do tele-sexo", machucan Lena, e Barry não gosta nem um pouco disso. E reveda numa cena que faria Alex de Large (de Laranja Mecânica) sorrir com o cantinho da boca, com socos e pés-de-cabra quebrando tudo. Ótima.
Quer coisa mais fofa que defender a amada?? :oP
Depois dessa, ele meio que descobre o que estava procurando, assim como consegue encontrá-lo, finalmente.
P.T. ANDERSON (que é a cara do Damon do Blur!!) e... FELÍCIA DUFF!!
ABAIXO, TEMOS EMILY WATSON: "Vou te abraçar, e te agarrar, e levar para casa..."
Mas não é só isso. Bem, sei que entreguei algumas partes do filme e tal, mas vale uma olhada porque fiz questão de deixar muita coisa de fora (inclusive um "piano" - na verdade um "harmonium" - que surge do nada e tem papel fundamental no filme também, hehehe) pra não estragar totalmente o filme, nem o seu final.
Mas só a foto do poster já é linda demais, e os cortes do filme (as transições, creio?) são feitos pelo mesmo cara que fez a igualmente fofa capa do CD "Sea Change", do Beck, e seu nome é Jeremy Blake.
Falando em música, a trilha também é muito boa, tem Nina Simone e um tema que é parecedíssimo com o de "Amarcord", de Nino Rota, para o filme do Fellini.
Ontem, na aula de Psicopatologia na Cinematografia, quase que recomendei-o pra próxima aula, mas fiquei com vergonha, hehehe.
Aqui, a Patroa recomenda. Sem vergonha alguma!!
F.F.S.:
FILME FOFO DA SEMANA (passada, mas blz)
Trata-se de "Embriagado de Amor", ou Punch-Drunk Love, do queridinho daqui daqui do blog Paul Thomas Anderson.Faço questão de colocar o nome original aqui pq é um nome muito bacana para um filme, além de ser um banho de água fria para aqueles, que como eu, acham que álcool é essencial à vida. Brincadeirinha...
Assim como quando falei do "Extermínio" de Danny Boyle, devo dizer que sou fã dos outros filmes que vi dirigidos por Anderson ("Boogie Nights", maravilhoso; e "Magnólia", lindo), então posso não estar sendo tão imparcial como deveria. Mas o blog é meu e pronto!...

O CARTAZ DE FILME MAIS LINDO QUE VEJO HÁ MUITO TEMPO. Acho que estou ficando uma velha sentimentalóide, hehehe...
Antes de mais nada, P.T. Anderson é um ótimo diretor, sem malabarismos de câmera e maiores firulas, e que faz até um filme de enredo insólito... hum, "descer redondim".
Aliás, o filme é todo incomum desde a escolha do "par romântico": NUNCA na minha vida
imaginaria Emily Watson (a mocinha cega de "Dragão Vermelho", atriz considerada "séria") com Adam Sandler (que nunca me agradou em nada, exceto como Operaman do Saturday Night Live - sim, sou uma singela fã do Operaman!!), num filme do diretor de
Magnólia. Mas, se Anderson conseguiu dar um sentido à existência da carreira de Tom Cruise, pq não na de Sandler? Agora, inclusive, começo a pensar que o último talvez seja mais talentoso que o primeiro... :oP
Então, vamos lá tentar explicar tamanho rolo: Barry (Adam Sandler), pra resumir, é um tremendo de um azarado. Tem 7 irmãs que lhe enchem o saco o tempo todo, desde sempre. Sabe daquelas que reclamam que o irmão não arranja namorada, mas que caso arranjasse,
certamente ficariam zoando com ele, do tipo "ué, mas você não era gay?" ou mesmo "tá namorando, tá namorando...". De preferência, na frente da namorada, para deixá-lo mais irritado ainda. Só que ele nunca reage, e tenta se controlar tanto que claro que quando resolve estourar, chuta o pau da barraca de vez, em irrefreáveis manifestações de violência. E sua família, que "não entende" o porquê disto, limita-se a achar que ele é "estranho", e digno de mais críticas.
Porém, desde o início do filme vemos que ele deseja mudar: pede auxílio profissional a um cunhado (num diálogo curto e agridoce), além de aparecer subitamente no trabalho usando terno, coisa que sabemos depois (por suas irmãs, claro) que ele nunca tinha usado antes na vida. Claro que o terno azul vira seu uniforme desde então. O público não o vê com outra roupa durante todo o filme. Ele quer mudar, mas não sabe exatamente como, e isso fica bem ilustrado qdo ele comenta com seus botões "O que estou procurando?" no supermercado, pouco antes de encontrar as embalagens de pudim (o que nos levou a fazer piadas sobre o filme se chamar "Embriagado de Pudim") que mudariam a sua vida. Mas antes, para piorar sua situação, ele se envolve com uma atendente de tele-sexo (por telefone, claro, não ao vivo) que começa a chantageá-lo, e coloca 4 caras em sua cola
para descolar dinheiro. Revoltado por estar sendo extorquido (e apanhando de montão), tenta resolver a situação na paz, mas não consegue. E fica cada vez mais nervoso.
E entra Lena (Emily Watson - que o Patrão associou bem ao dizer que ela se parece com a Felícia do Tiny Toon), amiga de uma das irmãs malas, que se apaixona por ele e faz de tudo para ser apresentada a ele. E ele acaba se apaixonando
por ela afinal, e faz umas loucurinhas para ficar com ela, de preferência sem as irmãs saberem, dentre outros acontecimentos.
Num último ataque da "quadrilha do tele-sexo", machucan Lena, e Barry não gosta nem um pouco disso. E reveda numa cena que faria Alex de Large (de Laranja Mecânica) sorrir com o cantinho da boca, com socos e pés-de-cabra quebrando tudo. Ótima.
Quer coisa mais fofa que defender a amada?? :oP
Depois dessa, ele meio que descobre o que estava procurando, assim como consegue encontrá-lo, finalmente.

P.T. ANDERSON (que é a cara do Damon do Blur!!) e... FELÍCIA DUFF!!
ABAIXO, TEMOS EMILY WATSON: "Vou te abraçar, e te agarrar, e levar para casa..."

Mas não é só isso. Bem, sei que entreguei algumas partes do filme e tal, mas vale uma olhada porque fiz questão de deixar muita coisa de fora (inclusive um "piano" - na verdade um "harmonium" - que surge do nada e tem papel fundamental no filme também, hehehe) pra não estragar totalmente o filme, nem o seu final.
Mas só a foto do poster já é linda demais, e os cortes do filme (as transições, creio?) são feitos pelo mesmo cara que fez a igualmente fofa capa do CD "Sea Change", do Beck, e seu nome é Jeremy Blake.
Falando em música, a trilha também é muito boa, tem Nina Simone e um tema que é parecedíssimo com o de "Amarcord", de Nino Rota, para o filme do Fellini.
Ontem, na aula de Psicopatologia na Cinematografia, quase que recomendei-o pra próxima aula, mas fiquei com vergonha, hehehe.
Aqui, a Patroa recomenda. Sem vergonha alguma!!