sábado, março 06, 2004
momento pop person
ou normalmente não faria este tipo de coisa
ao som de Justin Timberlake, Serge Gainsburg, Barry White e outros pops - sem preconceito! :o)
Há um tempinho atrás, publiquei aqui o resultado do teste "Que banda dos anos 70 é você?". Eu era o Roxy Music. Não adianta: uma vez bicha, sempre bicha! Por mais que eu tente não ser.
E assim chegou a hora de falar aqui de mais uma banda dos anos 80 de grande significado para mim, os britânicos Pet Shop Boys.
Banda surgida no início dos anos 80 (se não me engano, completou 20 aninhos de carreira este ano mesmo), que no início, assim como outras bandas britânicas que usavam da eletrônica (New Order, Depeche Mode), era considerada meio "udigrudi" nos Istêites e até no Brasil (tenho uma reportagem da revista "Roll" de 84 confirmando isso). Claro que hoje em dia considero todas elas grandes bandas pop, com sim um pezinho no rock. Quer dizer, depois de ouvir música do PSB tocando na Maldita, na Casa da Matriz, e ver que tem uma banda queridinha do pessoal roque (chamada "Postal Service" - que tem uma história interessante com a "Death Cab for Cutie", que talvez o Pipipi já tenha falado a respeito em seu blog) cujo som me lembrou bastante o PSB, concluo, meio impressionada, que os rapazes da pet shop são roque!!! :o))
Antes de surgir uma praga chamada Britpop que assolou meu coração, era fã da chamada "dance music" - que eu dividia em "dance farofa", de qualidade duvidosa e na maioria das vezes feita por produtores picaretas na Itália; e "dance music" mesmo, da boa, com bons representantes (no momento me lembrei do Stereo MCs, que adorava), e que hoje em dia vejo que em sua maioria faziam o que chamam de "House". Mas tinha coisa boa vinda da Itália também, tá? :oP
A "dupla de dois" formada por Neil Tennant(vocalista, guitarrista, ex-jornalista da Smash Hits - a Capricho de lá - e disperdício de homem, segundo mamãe wonderfool :oP) e Chris Lowe(teclados e programações em geral), caiu no meu gosto através de meu irmão, assim como todas as outras bandas da época, já citadas. Isso numa época em que usar programações e intrumentos eletrônicos pra fazer música não era considerada música de verdade. Sim, já tivemos tempos assim!...
Vendo agora, trata-se de uma banda que acompanho desde os nove anos de idade! (o mesmo tempo de uso do All Star, hehehe). Ou seja, se é a única que eu acompanho desde então até hoje é porque deve ser boa, afinal.
(Por exemplo, hoje em dia não ouço mais Information Society, que eu adorava aos 10 anos, e que hoje reconheço que não era lá essas coisas, hahaha... :oP)
E, mesmo não sendo A minha banda favorita (blur, blur, blur), tenho várias raridades do Pet Shop Boys em casa que não me desfaço de jeito nenhum (singles, edições especiais, videos, remixes maravilhosos que não são tocados em rádio, infelizmente), porque são muito boas até hoje. Ou estranhas, o que não deixa de ser bom...
Mas, seus últimos álbuns, apesar de umas boas canções, não me "pegaram", e eu acabei me afastando deles. Até esta semana. Sábado passado, o Patrão achou pra mim um CD de remixes deles que eu não tinha, o "Disco 3". Mesmo não sendo tão bom quanto os 2 primeiros, foi o bastante para me dar vontade de ouvir os CDs antigos e sentir a velha amiga nostalgia voltando. O que me fez comprar o DVD PopArt: Pet Shop Boys - The Videos hoje, correndo.
Comemorando as duas décadas de hits até hoje muito bons ("Left to My own Devices" e "So Hard" me impressionam até hoje, nem as acho datadas!) e alguns tropeços ("Se a vida é" não dá pra aturar), eles juntaram nessa coletânea apenas todos os seus 41 clipes! Quarenta e um videoclipes!!!! O mais legal é que dá pra acompanhar direitinho pelos videos a evolução da banda, da linguagem videoclíptica, e da própria dance music e a cultura clubber - e tudo isso feito por uma... "banda pop"!
Sei lá, é algo mais interessante do que realmente consigo colocar aqui. Lembro-me no show que vi deles, em 1994, um dos melhores "shows performáticos" (tipo U2, Rolling Stones, sabe?) que já vi. Engraçado, trash, exagerado, belo, emocionado, feliz. No público, GLS em peso e muita gente "alternativa" misturada com adolescentes e seus respectivos pais (minha mãe tava lá comigo, inclusive), todos em plena harmonia. Hoje em dia diria que me sentia no club do "Queer as Folk", tamanho foi o meu desbunde. A vontade de que o show não terminasse, e não era apenas eu que pensava assim - tanto que esse show virou video e eu acho que bem me vi na multidão, hehehe.
Acho que isso é que é o mais legal deles, essa coisa na beira entre pop/alternativo, gay/straight, trash/belo, graça/seriedade. O mundo caindo e eles intactos em sua fleuma britânica... mas vestidos em roupas ridículas, por exemplo.
Chris e Neil: velhinhos...
Vamos ao DVD. Em sua maioria, com eles atuando nos clipes (vamos combinar: bandas que atuam em seus clips NÃO DEVEM ser levadas a sério, nem por seus integrantes nem pelos fãs, né?) rendendo momentos divertidíssimos, como no clip propositalmente trash "Heart" (música que eles queriam oferecer à Madonna, mas não tiveram coragem) - história de um vampiro dentuço que eu juro por Deus que é interpretado por Sir Ian McKellen (O Gandalf d'O Senhor dos Anéis!) - ou então por um irmão gêmeo dele; a música de Chacrinha "What Have I done to Deserve This?" (duo com Dusty Springfield, cantora dos 60's que ficou conhecida da geração Tarantino pela trilha de Pulp Fiction com "Son of a Preacher Man"); o hit Anjos da Lei "Always on My Mind" (cover do Elvis, e clip tirado do longa "It couldn't happen here" - "um Magical Mystery Tour sem as drogas" - o clip é melhor que o filme mesmo, tem as melhores cenas deste); o lindo "Being Boring" (com guitarras de Johnny Marr, dos Smiths/Electronic); e um de meus favoritos, "I Wouldn't Normally Do This Kind of Thing" (junta visual retrô, mulheres de chanel e delineador, roupas espaciais e uma música fofíssima que até Robbie Williams já regravou). Aliás, os PSB também se destacam pelos criativos (e/ou longos) nomes para suas músicas: "You only tell me you love me when you're drunk" (esse nome é ótimo), "I want a dog", "Yesterday, when I was Mad", "How can you expect to be taken seriously?" e "Do I have to?", "Bet she's not Your Girlfriend", dentre outras pérolas.
No final do DVD, tive a mesma sensação de quando o show chegou ao fim 10 anos atrás: Quero mais!
Tirando o fato de que já posso jogar fora algumas fitas de clipes mofadas... :o))
Veredicto: ÓÓÓtimo!!
ou normalmente não faria este tipo de coisa
ao som de Justin Timberlake, Serge Gainsburg, Barry White e outros pops - sem preconceito! :o)
Há um tempinho atrás, publiquei aqui o resultado do teste "Que banda dos anos 70 é você?". Eu era o Roxy Music. Não adianta: uma vez bicha, sempre bicha! Por mais que eu tente não ser.
E assim chegou a hora de falar aqui de mais uma banda dos anos 80 de grande significado para mim, os britânicos Pet Shop Boys.
Banda surgida no início dos anos 80 (se não me engano, completou 20 aninhos de carreira este ano mesmo), que no início, assim como outras bandas britânicas que usavam da eletrônica (New Order, Depeche Mode), era considerada meio "udigrudi" nos Istêites e até no Brasil (tenho uma reportagem da revista "Roll" de 84 confirmando isso). Claro que hoje em dia considero todas elas grandes bandas pop, com sim um pezinho no rock. Quer dizer, depois de ouvir música do PSB tocando na Maldita, na Casa da Matriz, e ver que tem uma banda queridinha do pessoal roque (chamada "Postal Service" - que tem uma história interessante com a "Death Cab for Cutie", que talvez o Pipipi já tenha falado a respeito em seu blog) cujo som me lembrou bastante o PSB, concluo, meio impressionada, que os rapazes da pet shop são roque!!! :o))
Antes de surgir uma praga chamada Britpop que assolou meu coração, era fã da chamada "dance music" - que eu dividia em "dance farofa", de qualidade duvidosa e na maioria das vezes feita por produtores picaretas na Itália; e "dance music" mesmo, da boa, com bons representantes (no momento me lembrei do Stereo MCs, que adorava), e que hoje em dia vejo que em sua maioria faziam o que chamam de "House". Mas tinha coisa boa vinda da Itália também, tá? :oP
A "dupla de dois" formada por Neil Tennant(vocalista, guitarrista, ex-jornalista da Smash Hits - a Capricho de lá - e disperdício de homem, segundo mamãe wonderfool :oP) e Chris Lowe(teclados e programações em geral), caiu no meu gosto através de meu irmão, assim como todas as outras bandas da época, já citadas. Isso numa época em que usar programações e intrumentos eletrônicos pra fazer música não era considerada música de verdade. Sim, já tivemos tempos assim!...
Vendo agora, trata-se de uma banda que acompanho desde os nove anos de idade! (o mesmo tempo de uso do All Star, hehehe). Ou seja, se é a única que eu acompanho desde então até hoje é porque deve ser boa, afinal.
(Por exemplo, hoje em dia não ouço mais Information Society, que eu adorava aos 10 anos, e que hoje reconheço que não era lá essas coisas, hahaha... :oP)
E, mesmo não sendo A minha banda favorita (blur, blur, blur), tenho várias raridades do Pet Shop Boys em casa que não me desfaço de jeito nenhum (singles, edições especiais, videos, remixes maravilhosos que não são tocados em rádio, infelizmente), porque são muito boas até hoje. Ou estranhas, o que não deixa de ser bom...
Mas, seus últimos álbuns, apesar de umas boas canções, não me "pegaram", e eu acabei me afastando deles. Até esta semana. Sábado passado, o Patrão achou pra mim um CD de remixes deles que eu não tinha, o "Disco 3". Mesmo não sendo tão bom quanto os 2 primeiros, foi o bastante para me dar vontade de ouvir os CDs antigos e sentir a velha amiga nostalgia voltando. O que me fez comprar o DVD PopArt: Pet Shop Boys - The Videos hoje, correndo.
Comemorando as duas décadas de hits até hoje muito bons ("Left to My own Devices" e "So Hard" me impressionam até hoje, nem as acho datadas!) e alguns tropeços ("Se a vida é" não dá pra aturar), eles juntaram nessa coletânea apenas todos os seus 41 clipes! Quarenta e um videoclipes!!!! O mais legal é que dá pra acompanhar direitinho pelos videos a evolução da banda, da linguagem videoclíptica, e da própria dance music e a cultura clubber - e tudo isso feito por uma... "banda pop"!
Sei lá, é algo mais interessante do que realmente consigo colocar aqui. Lembro-me no show que vi deles, em 1994, um dos melhores "shows performáticos" (tipo U2, Rolling Stones, sabe?) que já vi. Engraçado, trash, exagerado, belo, emocionado, feliz. No público, GLS em peso e muita gente "alternativa" misturada com adolescentes e seus respectivos pais (minha mãe tava lá comigo, inclusive), todos em plena harmonia. Hoje em dia diria que me sentia no club do "Queer as Folk", tamanho foi o meu desbunde. A vontade de que o show não terminasse, e não era apenas eu que pensava assim - tanto que esse show virou video e eu acho que bem me vi na multidão, hehehe.
Acho que isso é que é o mais legal deles, essa coisa na beira entre pop/alternativo, gay/straight, trash/belo, graça/seriedade. O mundo caindo e eles intactos em sua fleuma britânica... mas vestidos em roupas ridículas, por exemplo.

Chris e Neil: velhinhos...
Vamos ao DVD. Em sua maioria, com eles atuando nos clipes (vamos combinar: bandas que atuam em seus clips NÃO DEVEM ser levadas a sério, nem por seus integrantes nem pelos fãs, né?) rendendo momentos divertidíssimos, como no clip propositalmente trash "Heart" (música que eles queriam oferecer à Madonna, mas não tiveram coragem) - história de um vampiro dentuço que eu juro por Deus que é interpretado por Sir Ian McKellen (O Gandalf d'O Senhor dos Anéis!) - ou então por um irmão gêmeo dele; a música de Chacrinha "What Have I done to Deserve This?" (duo com Dusty Springfield, cantora dos 60's que ficou conhecida da geração Tarantino pela trilha de Pulp Fiction com "Son of a Preacher Man"); o hit Anjos da Lei "Always on My Mind" (cover do Elvis, e clip tirado do longa "It couldn't happen here" - "um Magical Mystery Tour sem as drogas" - o clip é melhor que o filme mesmo, tem as melhores cenas deste); o lindo "Being Boring" (com guitarras de Johnny Marr, dos Smiths/Electronic); e um de meus favoritos, "I Wouldn't Normally Do This Kind of Thing" (junta visual retrô, mulheres de chanel e delineador, roupas espaciais e uma música fofíssima que até Robbie Williams já regravou). Aliás, os PSB também se destacam pelos criativos (e/ou longos) nomes para suas músicas: "You only tell me you love me when you're drunk" (esse nome é ótimo), "I want a dog", "Yesterday, when I was Mad", "How can you expect to be taken seriously?" e "Do I have to?", "Bet she's not Your Girlfriend", dentre outras pérolas.
No final do DVD, tive a mesma sensação de quando o show chegou ao fim 10 anos atrás: Quero mais!
Tirando o fato de que já posso jogar fora algumas fitas de clipes mofadas... :o))
Veredicto: ÓÓÓtimo!!