quinta-feira, julho 08, 2004
ANTES TARDE DO QUE NUNCA...("tanto bate até que fura!!")
ou "Pobre Pedro Prado!"
Esse pessoal do cinema grigo é fogo na roupa. Depois que o título de "X-Men 2" foi reduzido para "X2", imaginei que ninguém mais conseguiria repetir a façanha, quiçá reduzir ainda mais o título de um filme! Até que eu vi o teaser de "Homem-Aranha 2", onde apenas aparecia o número "2", com umas teias de aranha no fundo. Era só isso, e já dizia tudo. Eles não perdem tempo mesmo!! :oP
Antes de eu dizer qualquer coisa, e uma vez que isto aqui trata-se de um blog (ou seja, seria para falar sobre euzinha aqui antes de mais nada), tenho que situar os leitores para que saibam qual é a desse post aqui.
Até os 13, 14 anos de idade, gibi para mim era Mauricio de Souza e as graphic novels e Moebius do meu pai que lia escondida. E na TV, heróis eram os Superamigos, Clark Kent e o Adam West - DC, no geral. Foi quando, então, a Marvel chegou à TV aberta com o desenho que formou toda uma nova geração de fãs: o toon dos X-Men. Eu e meu saudoso irmão viramos fãs, e ele não hesitou em revirar tudo quanto era sebo da cidade e do estado e em busca de todos os gibis mutantes que tinham sido publicados até então. Eu, claro, fui na rebarba e lia tudo o que aparecia pela frente - se bem que ainda mantinha a preferência
pelas "novels" aos formatinhos...
Ainda assim não era o bastante. Chegou a TV por satélite aqui em casa, e então fui apresentada ao mais pop herói "solo" criado por Stan Lee: era o desenho d'O Homem-Aranha que passava na Fox (nem tinha "Fox Kids" ainda). Me apaixonei de vez. Ele não tinha a seriedade dos alunos de Xavier - as famosas piadinhas que fazia enquanto detonava os inimigos me pegou, ao mesmo tempo em que tinha toda a pinta de 'loser'. E pra terminar, convenhamos, ele até que era bem gatinho para um desenho animado. E gatinho-nerd! :oP
Meu irmão, que já estava atrás de tudo quanto era lançamento Marvel, acabou comprando vários títulos do Aranha pelas histórias que se entrelaçavam e tal, e continuei lendo tudo. O apogeu dessa época se deu quando vários grupinhos de leitores da cidade acabaram transformando-se num grande e único grupo. Isso eu tinha 16 anos e tinha (e adorava) o apelido de Mary Jane Watson - principalmente porque MJ é uma ruiva bonitona, e a única coisa que eu tinha em comum com ela era o cabelo vermelho... :oP - apesar de ao mesmo tempo namorar um certo vigilante de Gothan City... Me dei bem, né? :o))
Então, fui uma fã "retardatária", que não pegou a "fase clássica": peguei o Venon, o Carnificina, os games... mas nem por isso gosto menos do Peter ou mereço menos respeito! :oP Assim, vamos aos filmes.
Vi o primeiro filme do Aranha umas 7 vezes - e devo ver mais ainda, já que só agora comprei o DVD do filme, versão tripla, claro. Não por ele ser uma obra-prima cinematográfica ou coisa do gênero - ele é infantil até, o Duende Verde que mais parece vilão dos Power Rangers que o diga - mas é honesto, bem feito, e passa o tempo que é uma beleza (tanto que a maioria de vezes que o vi foi enquanto zapeava e não tinha nada melhor na TV). Enfim, ele é bem no clima heartwarming: é agradável,
descompromissado, mas feito do fundo do coração por pessoas que gostam de gibi - mesmo que por trás do filme tenha uma campanha de marketing absurda feita pra acabar com a mesada das criancinhas... e o salário de alguns adultos.
E finalmente sai o segundo da série. E, sim, ele é muito bom. Melhor que o primeiro, sem dúvida! Como sempre, não gosto de contar detalhes do filme aqui, então vou me conter.
Mas, se no primeiro era necessário apresentar personagens e fazer as cerimônias de praxe, aqui há mais liberdade, muito mais humor - mas não "patetices"; efeitos especiais cada vez melhores, que vemos que estão lá, mas não chegam a poluir a vista (como por exemplo, hum, em "Matrix Reloaded"); um vilão/perturbado/corrompido bacana (destaque para a franjinha desordenada que Doc Ock adota quando fica malvadão, no lugar daquele cabelo cuia horrível do gibi); e um Peter Parker que continua com cara de pastel mas nem por isso deixa de ser charmoso - feito sobre medida para a MJ de Kirsten Dunst, que também tem cara de pastel e que mesmo assim é linda!
Como se não bastasse, tem algumas cenas já memoráveis (para mim, claro), especialmente a da sala de cirurgia, em que Sam Raimi faz clara ref(v)erência aos seus Evil Dead numa seqüência de dar vontade de chorar - quando o barulho da serra elétrica corta o silêncio, então... nem falo mais nada! E, se a cena dá saudades do velho Ash, eis que ele aparece numa pontinha (assim como foi no primeiro filme), aqui como de fato o único homem que surge no caminho de Peter e que o impede de fazer algo. Tem ainda a participação de Hal Sparks (o Michael Novotny, ironicamente um fã de gibis, em "Queer as Folk") na engraçadinha cena do elevador; Tia May numa cena de ação que eu bati palmas no cinema; e J.K. Simmons, cada vez melhor como J. Jonah Jameson. Ah, e nerd que é nerd tem que encontrar o Stan Lee no filme, não pode deixar passar... :oP
O final me deixou meio clima-de-filme-do-Batman (por motivos que não vou revelar, hehehe), mas ao ver de novo nem esquentei mais a cabeça com isso. O filme é bom, engraçado, tristinho - por enquanto, só perde em "barra-pesadice" para "X-Men 2", mas ainda estou pensando a respeito -, feito com emoção. Será que nesse eu bato o recorde de vezes assistidas?...
E que venha o terceiro!! ;o)
ou "Pobre Pedro Prado!"
Esse pessoal do cinema grigo é fogo na roupa. Depois que o título de "X-Men 2" foi reduzido para "X2", imaginei que ninguém mais conseguiria repetir a façanha, quiçá reduzir ainda mais o título de um filme! Até que eu vi o teaser de "Homem-Aranha 2", onde apenas aparecia o número "2", com umas teias de aranha no fundo. Era só isso, e já dizia tudo. Eles não perdem tempo mesmo!! :oP
Antes de eu dizer qualquer coisa, e uma vez que isto aqui trata-se de um blog (ou seja, seria para falar sobre euzinha aqui antes de mais nada), tenho que situar os leitores para que saibam qual é a desse post aqui.
Até os 13, 14 anos de idade, gibi para mim era Mauricio de Souza e as graphic novels e Moebius do meu pai que lia escondida. E na TV, heróis eram os Superamigos, Clark Kent e o Adam West - DC, no geral. Foi quando, então, a Marvel chegou à TV aberta com o desenho que formou toda uma nova geração de fãs: o toon dos X-Men. Eu e meu saudoso irmão viramos fãs, e ele não hesitou em revirar tudo quanto era sebo da cidade e do estado e em busca de todos os gibis mutantes que tinham sido publicados até então. Eu, claro, fui na rebarba e lia tudo o que aparecia pela frente - se bem que ainda mantinha a preferência
pelas "novels" aos formatinhos...
Ainda assim não era o bastante. Chegou a TV por satélite aqui em casa, e então fui apresentada ao mais pop herói "solo" criado por Stan Lee: era o desenho d'O Homem-Aranha que passava na Fox (nem tinha "Fox Kids" ainda). Me apaixonei de vez. Ele não tinha a seriedade dos alunos de Xavier - as famosas piadinhas que fazia enquanto detonava os inimigos me pegou, ao mesmo tempo em que tinha toda a pinta de 'loser'. E pra terminar, convenhamos, ele até que era bem gatinho para um desenho animado. E gatinho-nerd! :oP
Meu irmão, que já estava atrás de tudo quanto era lançamento Marvel, acabou comprando vários títulos do Aranha pelas histórias que se entrelaçavam e tal, e continuei lendo tudo. O apogeu dessa época se deu quando vários grupinhos de leitores da cidade acabaram transformando-se num grande e único grupo. Isso eu tinha 16 anos e tinha (e adorava) o apelido de Mary Jane Watson - principalmente porque MJ é uma ruiva bonitona, e a única coisa que eu tinha em comum com ela era o cabelo vermelho... :oP - apesar de ao mesmo tempo namorar um certo vigilante de Gothan City... Me dei bem, né? :o))
Então, fui uma fã "retardatária", que não pegou a "fase clássica": peguei o Venon, o Carnificina, os games... mas nem por isso gosto menos do Peter ou mereço menos respeito! :oP Assim, vamos aos filmes.
Vi o primeiro filme do Aranha umas 7 vezes - e devo ver mais ainda, já que só agora comprei o DVD do filme, versão tripla, claro. Não por ele ser uma obra-prima cinematográfica ou coisa do gênero - ele é infantil até, o Duende Verde que mais parece vilão dos Power Rangers que o diga - mas é honesto, bem feito, e passa o tempo que é uma beleza (tanto que a maioria de vezes que o vi foi enquanto zapeava e não tinha nada melhor na TV). Enfim, ele é bem no clima heartwarming: é agradável,
descompromissado, mas feito do fundo do coração por pessoas que gostam de gibi - mesmo que por trás do filme tenha uma campanha de marketing absurda feita pra acabar com a mesada das criancinhas... e o salário de alguns adultos.
E finalmente sai o segundo da série. E, sim, ele é muito bom. Melhor que o primeiro, sem dúvida! Como sempre, não gosto de contar detalhes do filme aqui, então vou me conter.
Mas, se no primeiro era necessário apresentar personagens e fazer as cerimônias de praxe, aqui há mais liberdade, muito mais humor - mas não "patetices"; efeitos especiais cada vez melhores, que vemos que estão lá, mas não chegam a poluir a vista (como por exemplo, hum, em "Matrix Reloaded"); um vilão/perturbado/corrompido bacana (destaque para a franjinha desordenada que Doc Ock adota quando fica malvadão, no lugar daquele cabelo cuia horrível do gibi); e um Peter Parker que continua com cara de pastel mas nem por isso deixa de ser charmoso - feito sobre medida para a MJ de Kirsten Dunst, que também tem cara de pastel e que mesmo assim é linda!
Como se não bastasse, tem algumas cenas já memoráveis (para mim, claro), especialmente a da sala de cirurgia, em que Sam Raimi faz clara ref(v)erência aos seus Evil Dead numa seqüência de dar vontade de chorar - quando o barulho da serra elétrica corta o silêncio, então... nem falo mais nada! E, se a cena dá saudades do velho Ash, eis que ele aparece numa pontinha (assim como foi no primeiro filme), aqui como de fato o único homem que surge no caminho de Peter e que o impede de fazer algo. Tem ainda a participação de Hal Sparks (o Michael Novotny, ironicamente um fã de gibis, em "Queer as Folk") na engraçadinha cena do elevador; Tia May numa cena de ação que eu bati palmas no cinema; e J.K. Simmons, cada vez melhor como J. Jonah Jameson. Ah, e nerd que é nerd tem que encontrar o Stan Lee no filme, não pode deixar passar... :oP
O final me deixou meio clima-de-filme-do-Batman (por motivos que não vou revelar, hehehe), mas ao ver de novo nem esquentei mais a cabeça com isso. O filme é bom, engraçado, tristinho - por enquanto, só perde em "barra-pesadice" para "X-Men 2", mas ainda estou pensando a respeito -, feito com emoção. Será que nesse eu bato o recorde de vezes assistidas?...
E que venha o terceiro!! ;o)