sábado, outubro 23, 2004
ATENÇÃO ATENÇÃO...
Depois de uma semana sem conectar, o que exigiu um grande esforço de minha parte, estou de volta. Ao menos, agora me parece que o computer tá joinha... Então, daremos continuidade aos filmes do festival... Antes atrasada que nunca!!
FESTIVAL NERD DE CINEMA DO RIO, cap.II - só sci-fi
O Dia em que a Terra Parou, de Robert Wise.
("Se não sabe brincar, não brinca!" ou "Chamando a Terra pro ovo!!")
Wise é uma lenda de Hollywood. Foi o editor de "Cidadão Kane", dirigiu ao menos um clássico dos musicais ("A Noviça Rebelde"), bem como um dos filmes mais malhados da História ("A Ira de Khan", aquele filme da Jornada nas Estrelas que não tenho certeza do nome agora).
Sabia que este se tratava de um clássico, mas realmente não sabia o que podia esperar, visto a, hum, versatilidade do diretor. Já tinha tentado ver este filme, mas eu era bem pequena na época e era em mais uma madrugada insone, em que acabei dormindo e não vi o final. Mas tudo bem, não me lembrava de nada mesmo.
Logo na abertura, caio de amores pela música. Adivinhe de quem? Bernard Herrmann. Dramática, pesada, theremins e o escambau. Filme sci-fi em p&b, ora! YeaH!
Eis a história: certo dia, uma nave alienígena resolve pousar na Terra, logo em Washington DC. Pessoas ficam curiosas, pessoas especulam que podem ser os comunas (ah, os anos 50!), pessoas se preocupam. De dentro da nave, sai um humanóide que fala inglês (mas ele teve que aprender a língua, ao menos), que diz vir em paz. Claro que ninguém acredita nele e o atacam. Para defendê-lo,entra em cena Gort, um dos robôs mais famosos do cinema, que transforma qualquer arma terráquea em manteiga (sentido figurado, claro). Pessoas ficam com medo. O humanóide, Klaatu, vai parar num hospital, só que acaba fugindo, pois precisa levar a sua mensagem aos governantes do planeta o mais rápido possível. Para isso, conta com poucos terráqueos que acabam o ajudando - uma mulher, seu filho e um cientista. Depois de reviravoltas, Klaatu consegue voltar à sua nave e consegue transmitir sua importante mensagem. Não digo qual é a mensagem para não estragar a suspresa, mas chegou a surpreender a cínica aqui. Muito bacana!
Detalhe que o ator que interpreta Klaatu, Michael Reenie, certa vez foi convidado para participar de dois episódios de Perdidos no Espaço!! Sempre achei que ele tinha uma face meio "out of this world", anyway... hehehe.
Perdidos no Espaço - o Piloto e o Episódio Inédito, de Tony Leader e Irwin Allen.
("Eu também gosto do Dr. Smith, mas o Major West é tão bonitinho...")
Meus 16 anos podem ser resumidíssimos no seguinte: matar aula, beber, namorar e ver "Perdidos no Espaço". Estes quatro elementos estavam sempre no topo de minha lista de prioridades, muitas vezes interligados. Tipo, eu saía para beber com meu namorado; ou matava aula de manhã porque não conseguia acordar - pois ia dormir às 6 da matina para ver a série carro-chefe de Irwin Allen.
Exageros e brincadeiras à parte, foi uma satisfação poder ver o piloto da série num telão de cinema, com a boa e velha dublagem original. Comecei a ver a série pelo aspecto trash, e acabei virando fã da família de intrépidos exploradores espaciais. Não sei se acontece com os fãs mais velhos, os que assistiram a série na época em que foi feita e tal, mas fiquei emocionada em ouvir mais uma vez, como se fosse a primeira: "A Cinevideo apresenta a extraordinária produção da 20th Century Fox, Perdidos no Espaço!".E olha que nem faz tanto tempo assim, a época em que acordava de madrugada (ou na reprise, às 6 da manhã) para gravar todos os episódios da série, mas como traz lembranças de volta...
O piloto da série, para quem não sabe, mostra a partida da Família Robinson rumo à Alfa Centauro, de forma a iniciar a primeira colônia de humanos fora da Terra. Só que aparece (e todos no cinema batem palmas porque ele merece) Zachary Smith para sabotar a nave - e a nave acaba partindo com ele dentro, e a diferença de peso faz a nave sair da rota original.
Até me lembrei de uma hipótese louca que criei: que a mamãe Maureen Robinson teria servido de base para a aparência da mãe cartoon de Dexter e Dee Dee. As acho muito parecidas, sério. Quer coisa mais nerd que isso? :oP
Quando achei que passariam o segundo episódio, acabaram passando o que seria o piloto, mas nem chegou a ser exibido na TV. Neste, não existia o Dr. Smith e nem o Robô, a nave acaba quebrando sozinha e eles caem num planeta deserto que, para surpresa geral, tinha oxigênio respirável (hehehe)!
Realmente, sem Smith a série perde muito de seu charme e fica mais séria também, um "drama familiar de aventura", se isso é possível. Mas, como estou revendo a primeira temporada em DVD, percebi que quase todas as cenas deste episódio inédito foram reaproveitadas em outros (no quarto e quinto episódios, se não me engano), ou seja, ainda conseguiram transformar trechos de um episódio em, no mínimo, dois episódios inteiros. Irwin Allen podia ser qualquer coisa, mas não era burro.
E ainda relembrei do meu herói favorito na série: o Major Don West! Tudo bem que Will Robinson era ruivo, bonitinho, e com cara de traquinas, mas ele nunca foi o meu favorito. E o Dr. Smith é O Dr. Smith, então não conta. Mas adorava o Don, que era meio barraqueiro (as brigas dele com Smith eram sensacionais), mas era cheio de galanteios também. Enfim, um bom rapaz. Tanto que batizei meu primeiro contrabaixo com o seu nome. Mas aí veio o segundo e não resisti - ele tinha que se chamar Smith. Mas isso é uma outra história que fica pra outro dia.
Ah, pra finalizar: adivinha qual era o tema de abertura do episódio inédito? O tema de O Dia em que a Terra Parou,de Bernard Herrmann, que fez o tema original da série de John Williams parecer fichinha. O cara me perseguiu nesse festival! E por isso o próximo post vai pra ele. Vou tentar ao menos, vamos ver...
Depois de uma semana sem conectar, o que exigiu um grande esforço de minha parte, estou de volta. Ao menos, agora me parece que o computer tá joinha... Então, daremos continuidade aos filmes do festival... Antes atrasada que nunca!!
FESTIVAL NERD DE CINEMA DO RIO, cap.II - só sci-fi
O Dia em que a Terra Parou, de Robert Wise.
("Se não sabe brincar, não brinca!" ou "Chamando a Terra pro ovo!!")
Wise é uma lenda de Hollywood. Foi o editor de "Cidadão Kane", dirigiu ao menos um clássico dos musicais ("A Noviça Rebelde"), bem como um dos filmes mais malhados da História ("A Ira de Khan", aquele filme da Jornada nas Estrelas que não tenho certeza do nome agora).
Sabia que este se tratava de um clássico, mas realmente não sabia o que podia esperar, visto a, hum, versatilidade do diretor. Já tinha tentado ver este filme, mas eu era bem pequena na época e era em mais uma madrugada insone, em que acabei dormindo e não vi o final. Mas tudo bem, não me lembrava de nada mesmo.
Logo na abertura, caio de amores pela música. Adivinhe de quem? Bernard Herrmann. Dramática, pesada, theremins e o escambau. Filme sci-fi em p&b, ora! YeaH!
Eis a história: certo dia, uma nave alienígena resolve pousar na Terra, logo em Washington DC. Pessoas ficam curiosas, pessoas especulam que podem ser os comunas (ah, os anos 50!), pessoas se preocupam. De dentro da nave, sai um humanóide que fala inglês (mas ele teve que aprender a língua, ao menos), que diz vir em paz. Claro que ninguém acredita nele e o atacam. Para defendê-lo,entra em cena Gort, um dos robôs mais famosos do cinema, que transforma qualquer arma terráquea em manteiga (sentido figurado, claro). Pessoas ficam com medo. O humanóide, Klaatu, vai parar num hospital, só que acaba fugindo, pois precisa levar a sua mensagem aos governantes do planeta o mais rápido possível. Para isso, conta com poucos terráqueos que acabam o ajudando - uma mulher, seu filho e um cientista. Depois de reviravoltas, Klaatu consegue voltar à sua nave e consegue transmitir sua importante mensagem. Não digo qual é a mensagem para não estragar a suspresa, mas chegou a surpreender a cínica aqui. Muito bacana!
Detalhe que o ator que interpreta Klaatu, Michael Reenie, certa vez foi convidado para participar de dois episódios de Perdidos no Espaço!! Sempre achei que ele tinha uma face meio "out of this world", anyway... hehehe.
Perdidos no Espaço - o Piloto e o Episódio Inédito, de Tony Leader e Irwin Allen.
("Eu também gosto do Dr. Smith, mas o Major West é tão bonitinho...")
Meus 16 anos podem ser resumidíssimos no seguinte: matar aula, beber, namorar e ver "Perdidos no Espaço". Estes quatro elementos estavam sempre no topo de minha lista de prioridades, muitas vezes interligados. Tipo, eu saía para beber com meu namorado; ou matava aula de manhã porque não conseguia acordar - pois ia dormir às 6 da matina para ver a série carro-chefe de Irwin Allen.
Exageros e brincadeiras à parte, foi uma satisfação poder ver o piloto da série num telão de cinema, com a boa e velha dublagem original. Comecei a ver a série pelo aspecto trash, e acabei virando fã da família de intrépidos exploradores espaciais. Não sei se acontece com os fãs mais velhos, os que assistiram a série na época em que foi feita e tal, mas fiquei emocionada em ouvir mais uma vez, como se fosse a primeira: "A Cinevideo apresenta a extraordinária produção da 20th Century Fox, Perdidos no Espaço!".E olha que nem faz tanto tempo assim, a época em que acordava de madrugada (ou na reprise, às 6 da manhã) para gravar todos os episódios da série, mas como traz lembranças de volta...
O piloto da série, para quem não sabe, mostra a partida da Família Robinson rumo à Alfa Centauro, de forma a iniciar a primeira colônia de humanos fora da Terra. Só que aparece (e todos no cinema batem palmas porque ele merece) Zachary Smith para sabotar a nave - e a nave acaba partindo com ele dentro, e a diferença de peso faz a nave sair da rota original.
Até me lembrei de uma hipótese louca que criei: que a mamãe Maureen Robinson teria servido de base para a aparência da mãe cartoon de Dexter e Dee Dee. As acho muito parecidas, sério. Quer coisa mais nerd que isso? :oP
Quando achei que passariam o segundo episódio, acabaram passando o que seria o piloto, mas nem chegou a ser exibido na TV. Neste, não existia o Dr. Smith e nem o Robô, a nave acaba quebrando sozinha e eles caem num planeta deserto que, para surpresa geral, tinha oxigênio respirável (hehehe)!
Realmente, sem Smith a série perde muito de seu charme e fica mais séria também, um "drama familiar de aventura", se isso é possível. Mas, como estou revendo a primeira temporada em DVD, percebi que quase todas as cenas deste episódio inédito foram reaproveitadas em outros (no quarto e quinto episódios, se não me engano), ou seja, ainda conseguiram transformar trechos de um episódio em, no mínimo, dois episódios inteiros. Irwin Allen podia ser qualquer coisa, mas não era burro.
E ainda relembrei do meu herói favorito na série: o Major Don West! Tudo bem que Will Robinson era ruivo, bonitinho, e com cara de traquinas, mas ele nunca foi o meu favorito. E o Dr. Smith é O Dr. Smith, então não conta. Mas adorava o Don, que era meio barraqueiro (as brigas dele com Smith eram sensacionais), mas era cheio de galanteios também. Enfim, um bom rapaz. Tanto que batizei meu primeiro contrabaixo com o seu nome. Mas aí veio o segundo e não resisti - ele tinha que se chamar Smith. Mas isso é uma outra história que fica pra outro dia.
Ah, pra finalizar: adivinha qual era o tema de abertura do episódio inédito? O tema de O Dia em que a Terra Parou,de Bernard Herrmann, que fez o tema original da série de John Williams parecer fichinha. O cara me perseguiu nesse festival! E por isso o próximo post vai pra ele. Vou tentar ao menos, vamos ver...