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quarta-feira, outubro 06, 2004

"To be or not to be... a nerd!"

Tudo bem que eu achava o William Shatner um ruivo jeitosinho, na clássica série "Jornada nas Estrelas" - fora que aqueles uniformes da tripulação da Enterprise eram supercool. E muita gente já sabe que um de meus primeiros sex-symbols, isso quando eu tinha uns 4 anos de idade, era o Luke Skywalker, quando sua saga ainda atendia pelo nome de "Guerra nas Estrelas" - e quando eu ainda preferia os loiros... ;o)

Também sempre fui uma defensora ferrenha da nerdice, mas sempre me achava caindo em contradição, pois não era uma fã inveterada de nenhuma destas séries, consideradas por mim até então como os pilares essenciais para ser um nerd: "para sê-lo, tens que gostar de Ficção Científica, isto é, gostar de Star Wars e Star Trek".

Não consigo me lembrar exatamente o que possa ter me dado o 'click' definitivo para me interessar pelo gênero. Arrisco dizer que tenha sido o filme "Brazil", de Terry Gilliam, que vi pela primeira vez em 1992, numa madrugada insone assistindo a Rede Bobo. Foi um impacto para mim, aquele futuro indeterminado de governo opressor, vivido por um cara (que sem querer vira um "terrorista" da noite para o dia e não conto mais nada para não estragar) que preferia viver em devaneios, tamanha a sua frustração com aquele mundo... Mesmo que eu não soubesse EXATAMENTE o que tudo aquilo queria dizer na época, aquilo me dizia muita coisa. Me apaixonei pelo filme, que ficou martelando em minha cabeça por um longo tempo.

Tenho em minha cabeça um projeto da minha "biblioteca pessoal dos sonhos". Faço listas dos livros que quero, vou comprando-os pouco a pouco, peço de presente, fuço sebos etc. Não se admirem de achar que muitos clássicos estão de fora, porque estou longe de querer uma biblioteca "normal". Mas, se alguém olhar a minha lista no momento, só vai encontrar ficção científica: "Neuromancer", do Gibson; "Fahrenheit 451", do Bradbury; e "Laranja Mecânica", do Burguess - fora a coleção do Douglas Adams, que está saindo aos poucos, e já estou em dia com os lançados.

Quer dizer, não troco o meu "O Retrato de Dorian Gray" e meus puídos livros do Machadão por nada, mas, assim como com os "livros de detetive", eu sinto imenso carinho pelas histórias sci-fi. Ainda que prefira as histórias que envolvem futuros temerosos/sinistros/opressores às batalhas interplanetárias, confesso que senti um certo alívio quando concluí que sim, eu era uma fã do gênero - "eu era uma nerd, enfim!". Não gostava de "Perdidos no Espaço" e "Os Jetsons" só por causa das bacanas roupas retrô... :o))

Então, teve o Festival de Cinema do Rio. Adivinhe que filmes eu quis ver? Só sci-fi, e, na maioria, filmes antigos. Uni o útil ao agradável. Claro que me interessei por outros filmes, mas alimento a esperança de que se eles são realmente bons, cedo ou tarde acabarei me deparando com eles em DVD, VHS ou em algum dos milhares de canais por satélite. Mas, os clássicos, não poderia deixar de ver. Até acabei abdicando de um dos filmes, por falta de tempo para descer a serra, mas já descobri que ele tem em DVD - então, só vou dizer o nome do filme e comentar aqui depois de vê-lo...

Ah, e para não me chamarem de nerd total, fui ver um filme da mostra gay - e foi um bem legal.


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