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terça-feira, março 13, 2007

CLINT EASTWOOD:

Resumirei aqui beeeem resumidinho: em 1994, o Blur mudou a minha vida (caso alguém aqui ainda não saiba). Tive bandas favoritas antes e depois, mas a verdade é que o que veio antes mais parecia estar me preparando para eles; e o que veio depois foi influência direta ou indireta dos mesmos.

Não sou do tipo de fã boboca-nostálgica e sei dar valor aos últimos trabalhos da banda. Ao mesmo tempo em que, apesar de tudo, mantenho um senso crítico razoável (hoje em dia acho "Bank Holiday" uma das músicas mais desnecessárias do mundo, e sempre achei "Tender" um pé no saco, p.e.) .

Então, levando isso em consideração, meus caros 17 leitores, teço aqui agora meus comentários acerca do CD da nova banda envolvendo Damon Albarn, vocalista-pianista (?) do Blur. A palavra "envolvendo" é pertinente. Já tive muitas broncas com Albarn, na maioria das vezes se achando "o dono da banda". Mas parece que neste caso, a coisa não é bem assim - parece que o peso da idade fez Damon ter mais... hum, humildade. Vide o próprio Gorillaz, que não ficou famoso pela fama do Blur, sejamos honestos. Ou seja, chamar o The Good, The Bad and The Queen de "nova banda de Damon Albarn com coadjuantes de luxo" é pura implicância. E, caso alguém não saiba, os outros integrantes são Simon Tong (The Verve, na guitarra), Paul Simonon (The Clash, no baixo) e Tony Oladipo Allen (Fela Kuti, na bateria).

O CD foi esperado pelos fãs do blur com expectativa - e medo. O primeiro single, "Herculean", já dava pistas do que estava por vir: uma mistura de Gorillaz com Blur fase Think Tank. É bela e climática, feita para desagradar as crianças fãs do próprio Gorillaz e os fãs old school do Blur, que certamente pensam: "Mas o Damon não desiste desse som?!?!?!?!" Mas, nada mais natural. Todo mundo sabe que o roquenrou do Blur se foi com Graham Coxon e não tem data de retorno, verdade seja dita.

O resto do álbum segue o mesmo esquema de Herculean, com bons momentos, e outros que não são ótimos, mas que também não ofendem o ouvinte. Dá pra notar influências de Beach Boys, Simon & Garfunkel, a world music de que Damon tanto gosta... e até bizarrices como The Residents (se levar em conta que Damon se inspirava em bandas como Can e Captain Beefhart para os últimos discos do Blur, não é de se espantar). Mas, no fim, é um álbum calmo e sem maiores pretensões.

Quem espera um disco para mudar o mundo, ou então um pastiche de britpop, ficará desapontado. Mas, pode ser uma aventura interessante para quem estiver disposto.

Não mencionei o nome de nenhuma aqui pq estou ouvindo o CD direto no discman, ou seja, não sei o nome de nenhuma... :)

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