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sexta-feira, novembro 28, 2003

DEBASER VIDEO MACUMBA
(agora com a foto e tudo...)

Música do Dia: Debaser, Pixies. Óbvio.

Quem conhece a banda americana Pixies (será que tem alguém que não a conhece?), deve saber a história sobre a música "Debaser", do álbum Doolittle. Para quem não sabe, é sobre um filme que, pelo jeito, deve ter impressionado Black Francis, líder da banda.
O filme chama-se "Un Chien Andalou" (cuja tradução, confesso, fiquei com preguiça em pegar), de 1929!! Dirigido por Luis Buñel e Salvador Dalí criado para ser tipo um manifesto surrealista na forma de um filme cujo conteúdo são todo e qualquer tipo de imagens bizarras. Ou seja, a meu ver, uma espécie de avô do "Video Macumba" (o famoso video do nosso querido Mike Patton, do Mr. Bungle/Faith No More). Porém, acredito, com menos conteúdo sexual que a...hum, extravagância de Patton.
Mas disso eu já sabia, em teoria. E, mesmo conhecendo a letra de "Debaser" de cor e salteado, achava que era apenas uma... hum, extravagância de Francis em relação ao filme. Pois outro dia descobri que não...



"got me a movie/ I want you to know/ SLICING UP EYEBALLS/ I want you to know..."
EIS A "MOCINHA DO FILME" PRESTES A TER SEU GLOBO OCULAR DILACERADO POR UMA GILETE!!! AAAAAAAAAAAAAHHHHHHH!!!!

Pois é. O site
RetroCrush fez uma lista muito bacana das 100 cenas de filmes mais sinistras de todos os tempos. E esta tá lá, num honorário número 6.
Mas tem muitas outras cenas de filmes bacaníssimos. Tem a psicodélica galinha degolada no inocente (?) "A Fantástica Fábrica de Chocolate"; o terrível pesadelo de ressaca de "Dumbo"; vááárias imagens do MARAVILHOSO "O Iluminado" (filmado totalmente no Hotel Quitandinha, disso todos sabem); além do estupro ecológico de "Evil Dead" (yeah!); muito filme de terror do Dario Argento; imagens subliminares de "O Exorcista" (essa é de assustar mesmo, mais do que o filme inteiro) e de, claro, "Psicose" (uma montagem do velho Hitch espertíssima). A maravilhosa cena da cabeça explodindo de "Scanners" (no site com direito a gif animado e tudo!), os braços compriiiiidos de Freddy Krueger (nossa, eu ODIAVA esta cena, mesmo achando-a meio patética), além de outros clássicos: Poltergeist, Lobisomem Americano em Londres, a Volta dos Mortos Vivos, o Massacre da Serra Elétrica, a Morte Pede Carona...
Para estragar a suspresa, já vou entregando que a cena número 1 é a lendária cena do chuveiro de "Psicose". Mas isso já era de se prever...

Enfim, vale muito dar uma olhada, para saber umas curiosidades sobre os filmes em questão, e se assustar um pouquinho, como nos tempos de criança.
Ah, no site tem mais fotos de "Un Chien Andalou", mas não tive coragem de ver ainda, não. Quem sabe durante o dia, com pessoas em casa... ;oP


domingo, novembro 23, 2003

MOMENTO "LEMBRANÇAS (D)E FÃ-NIQUITOS"

Convém fazer uma rápida nota aqui sobre uma data histórica em minha vida: há exatos 4 anos, ou seja, em 23 de Novembro de 1999, uma terça-feira, Patroa-eu e Patrão Lê estávamos no então METROPOLITAN (que hj é o Claro, argh, Hall) vendo o show de quem-de quem-de quem?... BLUR!!! Vendo, Ouvindo, Fotografando, Gravando (ops...) o Blur ao vivo e a cores... será que terei tamanho prazer novamente?... :oP

Bem, esta semana estou "fechada para balanço" aqui no blog devido às provas finais. Boa semana para todos e até as férias!!!!

MÚSICA DO DIA: "1992", do Blur, claro, do CD "13". Mas o CD é todo bom. Então, pode emendar em "Caramel", "TrailerPark", "Coffee & TV", "Trimm Trabb" e por aí vai...



O BLUR, MELHOR BANDA DO MUNDO - AO MENOS AQUI DESTE BLOG - HÁ 4 ANOS ATRÁS, ANTES DE DAMON FICAR CARECA E DO GRAHAM (que aqui está sem seus incríveis óculos nerd) SAIR DA BANDA... snif, snif... :oP


domingo, novembro 16, 2003

Esse é em homenagem ao Mano, que queria saber que fim tivemos no festival...

O MEGA-POST SOBRE O TIM FESTIVAL

Depois de gastar R$70.00 em ingressos para o Tim Festival, eu iria nem que fosse de cadeira de rodas. Mas o "poder da muleta" foi o bastante para furar filas, entrar por grades não permitidas a outras pessoas, arranjar lugar pra sentar com maior facilidade, e ainda contar com a gentileza dos seguranças, que faziam cara feia quando um engraçadinho tentava chegar perto da gente e ficar na nossa frente na hora dos shows, e deixavam a gente se encostar na grade de segurança (a de onde ficava o pessoal da equalização de som). Não ousamos chegar à grade frente ao palco desta vez por motivos óbvios.
Como os petropolitanos são uma praga que assola o universo (hehehe), claro que encontramos amigos ainda do lado de fora do MAM: Little Pink, Mano, Arlei. Também encontramos já dentro do MAM as figuríssimas Mônica, Camila, Igorilhos, Luísa e Leo Moura,
cada um em um show (ou intervalo) diferentes. Além de, claro, PipipiMan, o Guerreiro da Noite, que ficou conosco entre uma cerveja e outra. Mas vamos aos shows:

DIA 31/10 - TIM STAGE

Quando fomos comprar ingressos, ficamos na dúvida entre este dia e o dia da Beth Gibbons (seu show tinha sido na noite anterior, no mesmo palco, com a k.d.lang). No final, me arrependi um pouquinho de não ter ido ver a k.d.lang, o que mostra que não ando morrendo de amores pela ex(?)-vocalista do Portishead.
Como começou pontualmente e estávamos certos de que isto não aconteceria, acabamos perdendo os shows do Whilrwind Heat e do Fellini. Segundo o caríssimo Mano, não perdemos nada.

SUPER FURRY ANIMALS
Mesmo desconhecendo a obra do grupo galês, algo me dizia que não poderíamos perder este show. A fanatice do Pato Fu pela banda sempre me deixou curiosa, também. Mas que grupo bom!! Que show legal!! Nos jornais diziam que eles tentavam ser "diplomáticos"
para agradar o público, eu não tive esta impressão. Não conversaram com o público tanto quanto se imaginou e nem fizeram tantas gracinhas a ponto de serem chatos. O vocalista cantando com um capacete gigante do Power Ragers foi engraçadíssimo, assim como
eles aparecendo vestidos de Capitão Caverna com o costume do clip de "Golden Retriever", e com a Copa do Mundo nas mãos.
Mas o que mais me encantou foi como eles conseguem passear por tantos estilos e se sair tão bem: eletrônico, pop, rock, até uma mistura louca de Barry White com vocais de vocoder à la Daft Punk. Perfeito. Um dos melhores shows da noite.

THE RAPTURE
Banda que nunca tinha ouvido falar. Chamá-los de "electroclash" não é o certo, na minha opinião. "Disco-Punk", vá lá. Ou melhor, "Disco Clash", porque os vocalistas pareciam imitar os vocais do Clash o tempo todo, mas foi muito interessante. As músicas tinham sempre algo de inusitado, um andamento estranho, ou um sax onde não deveria, sei lá, o que era legal. Enfim, algumas músicas eram MUITO boas, principalmente quando entrava a eletrônica ou a disco com maior destaque que o rock. Mas tinham umas que eram meio bobas.
E ainda terminaram tocando "Rock and Roll, part 2" do Gary Glitter. Bom show.

THE WHITE STRIPES
Não sei quem foi que disse, mas concordo que o que tinha tudo pra ser o show que ia levar o Tim Stage abaixo, foi um pouco desapontador. Na verdade, como disse antes, queria ver mesmo era o SFA, o White Stripes foi um extra. Estaria mentindo se não dissesse que é assustador ver como Jack e Meg conseguem fazer tanto barulho com guitarra e bateria apenas (mais a guitarra absurda que a bateria, cuja maior graça é ser tosca, sem demonstrar maiores técnicas) ainda mais ao vivo. Achei interessante terem 2 microfones no palco para Jack, um em direção à platéia e outro em direção à Meg, o que resultava em
trocas românticas de olhares que eram engraçadas, especialmente quando se lembra que a grande polêmica do grupo é se eles são irmãos ou casados. Desta vez, se apresentaram como irmãos aos brasileiros. Bom show.

Saímos logo que o bis acabou, porque queríamos saber a quantas andava o Tim Lab, onde veríamos o outro grande show da noite.
No Lab, o Tira Poeira já tinha tocado e Henry Butler subiria no palco em alguns minutos. Pegamos nossa pulserinha logo e saímos pra recarregar com cachorro-quente e cerveja. Ficamos de papo sentados numa cadeirinha que o moço muito bonzinho da van do cachorro nos ofereceu antes mesmo de consumirmos algo. Acabou que o descanso tava tão bom que quando chegamos ao Lab o show de Butler já tinha acabado. Chegou a hora do melhor.

TIM LAB
GOTAN PROJECT
Ainda antes do show, com lotação esgotada, eu e o Patrão já cogitávamos que eles seriam o "Orishas" ou o "Manu Chao" da vez. Do tipo "exóticos que agradam", e que acabam se tornando a banda favorita da semana de muita gente, de gente alternativa à donas de casa. No Lab naquela hora tinha todo o tipo de gente mesmo.
O Gotan é classudo (chega a me lembrar o bom Thievery Corporation em termos de "classe"). E não é por ser uma banda de "Homens de Terno", nem porque são franceses, ou porque tocam Tango. Eles têm o "algo mais", e parece que todo mundo no Lab percebeu isto, tanto que foi o show mais animado e o mais ovacionado que vimos naquela noite.
Foi incrível também porque não foram DJs-e-samplers, como eu imaginava que fosse. Era uma banda! Tinham os DJs (dois), mas também uma vocalista (que, ooohhh, dispensa comentários), piano, violino (fiquei fã do cara, ele era tão emocionado tocando!), e mais dois instrumentos próprios de Tango que não faço a mínima de como se chamam. Um parecia um violão e o outro um acordeom, mas tenho quase certeza de que não o são.
Começaram o show com uma cortina na frente dos integrantes, onde eram projetadas imagens antigas variadas, no ritmo da música. Ficavam apenas as silhuetas dos integrantes aparecendo na cortina vez ou outra, algo meio "Chicago". Muito legal. Depois de algumas músicas a cortina cai revelando o grupo. Que continuou, com "hits" (?) maravilhosos "Triptico", "Santa Maria" - que já tocou em episódio de "Queer as Folk" e propaganda da UPS), e até com músicas inéditas. Acho que nem o próprio Gotan imaginava
que iria agradar tanto, o espanto era visível. Agradeciam muitas vezes, ficavam sem-graça com os aplausos, foram simpáticos. Saíram, foram aplaudidos, voltaram para o bis, foram aplaudidos mais ainda, voltaram de novo. Poderiam ter voltado mais, pelo
jeito satisfeito que o povo saiu do Lab. E olha que estávamos encarando shows desde as 7 da noite...
O melhor show do Tim, junto com o SFA.


DIA 1/11 - AFTER HOURS

Na verdade, quando eu, o Patrão e o PipipiMan chegamos ao MAM, já era mais de meia-noite, então já era dia 2/11.
Ainda no dia 1°, eu e o Patrão começamos a beber cerveja antes do almoço. E, após encontrar com o Pipipi, o nível alcoólico definitivamente não diminuiu. Mas também não ficamos nem um pouco alterados, e olha que uma bêbada com muleta é propensa a
quedas. Mas não fiquei nem mesmo zonza, após cervejas, caipirinhas e kapetas (que nós provamos pela primeira vez, cortesia do Pipipi). O que prova que, ao menos uma vez ao ano, o deus da bebedeira nos protege de vergonhas e afins em eventos onde estes não podem acontecer de maneira alguma. Imagine, eu cair de bêbada e perder o Marlboro?? De jeito nenhum!!! Mas não ia deixar de beber, as well.

DJ´s EDINHO, ZÉ & GORDINHO
Apareceram atrasados, creio que devido ao show épico do Public Enemy. O som deles embalou nossas cervejas, e meu merecido descanso perto da escada de entrada. E o poder da muleta não deixou que os seguranças nos tirassem de lá, nem mesmo quando técnicos
chegaram para mexer nuns fios que passavam por onde estávamos. Do que gosto e conheço, sei que tocaram Clinic, Elefant (tocou lá ou foi no apt. do Pipipi? Nem sei), Interpol e Blur, o que achei engraçado, pois enquanto milhares de bandas "desconhecidas" eram cantaroladas por menininhas, parecia que ninguém reconhecia o bom e velho Blur ("Advert", do 2°CD). Adoro essa sensação tola, de ser "dona" de uma banda, de achar que tocaram aquela música para mim, pois só eu a conhecia... :oP
ah, esquece.

PEACHES
"Agora começa a baixaria", pensamos, ao vermos que a loira que tinha subido ao palco de óculos escuros e vestido curto tocando guitarra era a morena canadense "Pêssegos". Logo tirou a peruca, revelando um mullet de deixar muito cantor sertanejo com inveja.
Também conhecia pouco dela, mas o show foi divertidíssimo, ela é uma "puladora" de primeira. Mistura de Mick Jagger com Madonna, corria, trocava de roupa no palco entre um fôlego e outro pra cantar. Rebolava, e corria mais. Sozinha, ocupava o palco inteiro. Morríamos de rir com algumas tiradas, como mulheres de barba e calcinhas com próteses (tá bom, pênis de plástico!) rebolando no telão ao som de "Shake your Dicks". Chamou fãs
para cantar no palco com ela, e se esfregou com as popozudas do grupo "As Danadas" (?!?!). Terminou o show também tocando "Rock and Roll" do Gary Glitter
(vemos um padrão aqui? Há um revival do Gary Glitter lá fora?). Considerando que o Daft Punk tb fez sampler desta música (para a música...hum..."Rock and Roll", do Homework), podemos dizer que o próprio Daft Punk, assim como o Gary Glitter (por onde anda?) tiveram grande participação no TIM, sendo lembrados por várias atrações do festival. Ótimo show.

DJ MARLBORO
Desde meus 4 anos de idade, quando descobri que era vizinha do lendário clube Mackenzie, que gostaria de saber como era um baile funk. Mais pela bagunça do que pelo som, claro. Via de manhã o pessoal arrumando o som e testando as luzes para a noite e achava o máximo.
Não ligo pra funk, sei que tem uns geniais, e outros horríveis, como em qualquer tipo de música. Gosto menos ainda das "modas", como fizeram com o funk, com o axé, com o sertanejo. Se um dia tiver a moda da música clássica, pode ter certeza que me irritará tanto como estas. Então é essa a relação que tenho com o funk: até hoje nunca comprei um CD (e acho que não comprarei), mas às vezes ouço no radio o "Big Mix" por ser divertido e melhor do que ouvir as coisas de sempre das outras rádios.
Ou seja, ver o Marlboro, uma lenda viva nacional, não foi esforço nenhum, e fechou uma noite ímpar com chave de ouro. Ele subiu no palco com seus brindes, jogou CDs, chaveiros e camisetas (como eu queria uma camisa do Big Mix!!!) pra galera como, imagino, faz em qualquer um de seus bailes. Ainda bem, não teria porque mudar sua routine só porque é o Tim. Ou seja, pontos positivos pra ele no meu conceito. Com ele, ainda vieram outros astros do funk, mas só lembro de nome dos já batidos. Teve o bonde das Danadas, que voltaram pra mais uma depois de dançar com a Peaches, assim como Serginho e a Inacreditável Lacraia, e Tati Quebra-Barraco com o seu bordão "Jeesuis!", dentre algumas outras frases de impacto não tão sutis.
Serginho por si só nem tanto, mas quando Lacraia subiu ao palco, fiquei impressionada. Nunca o/a tinha visto dançando, e a impressão que tinha é que ele/a partiria ao meio a qualquer momento. Ele (ela?) requebra muito, e requebra tudo! Também teve Preta Gil (lembremos que trata-se da filha do Ministro) subindo no palco pra cantar junto. Bizarro. E ainda teve a famosa gingana de ganhar R$50.00 quem beijasse o/a Lacraia , onde teve um guerreiro que beijou com língua e tudo. Apavorante. A Grande Tati foi também outro grande momento. Entre um palavrão e outro, com seu vestido vermelho de gala, dava o seu recado.
O DJ, tentando dar uma geral na história do funk no Brasil colocou uns clássicos, como o funk-punk "Eu só quero é ser feliz/andar tranquilamente na favela onde eu nasci...". Mas faltou muita coisa ainda, inclusive músicas mais conhecidas que as que os convidados cantaram.
No quesito esquesitice, não barrou o lendário show do Wando na Casa de Portugal porque este se tratou de um show onde os estranhos no ninho éramos nós mesmos, ele e o seu público estavam no lugar certo. No Tim, o Marlboro é que era o convidado, e ainda assim colocou o povo no bolso, tanto que a maioria ficou até o final, às 8 da matina. Inclusive nós, de muleta e tudo.
Enfim, "é um comunicador das massas..." :oP

Pois é, mais um festival inesquecível...




terça-feira, novembro 11, 2003

O post sobre o Tim Festival já está pronto, mas este TEM que ser publicado antes:


F.F.S.:
FILME FOFO DA SEMANA (passada, mas blz)

Trata-se de "Embriagado de Amor", ou Punch-Drunk Love, do queridinho daqui daqui do blog Paul Thomas Anderson.Faço questão de colocar o nome original aqui pq é um nome muito bacana para um filme, além de ser um banho de água fria para aqueles, que como eu, acham que álcool é essencial à vida. Brincadeirinha...

Assim como quando falei do "Extermínio" de Danny Boyle, devo dizer que sou fã dos outros filmes que vi dirigidos por Anderson ("Boogie Nights", maravilhoso; e "Magnólia", lindo), então posso não estar sendo tão imparcial como deveria. Mas o blog é meu e pronto!...



O CARTAZ DE FILME MAIS LINDO QUE VEJO HÁ MUITO TEMPO. Acho que estou ficando uma velha sentimentalóide, hehehe...

Antes de mais nada, P.T. Anderson é um ótimo diretor, sem malabarismos de câmera e maiores firulas, e que faz até um filme de enredo insólito... hum, "descer redondim".
Aliás, o filme é todo incomum desde a escolha do "par romântico": NUNCA na minha vida
imaginaria Emily Watson (a mocinha cega de "Dragão Vermelho", atriz considerada "séria") com Adam Sandler (que nunca me agradou em nada, exceto como Operaman do Saturday Night Live - sim, sou uma singela fã do Operaman!!), num filme do diretor de
Magnólia. Mas, se Anderson conseguiu dar um sentido à existência da carreira de Tom Cruise, pq não na de Sandler? Agora, inclusive, começo a pensar que o último talvez seja mais talentoso que o primeiro... :oP
Então, vamos lá tentar explicar tamanho rolo: Barry (Adam Sandler), pra resumir, é um tremendo de um azarado. Tem 7 irmãs que lhe enchem o saco o tempo todo, desde sempre. Sabe daquelas que reclamam que o irmão não arranja namorada, mas que caso arranjasse,
certamente ficariam zoando com ele, do tipo "ué, mas você não era gay?" ou mesmo "tá namorando, tá namorando...". De preferência, na frente da namorada, para deixá-lo mais irritado ainda. Só que ele nunca reage, e tenta se controlar tanto que claro que quando resolve estourar, chuta o pau da barraca de vez, em irrefreáveis manifestações de violência. E sua família, que "não entende" o porquê disto, limita-se a achar que ele é "estranho", e digno de mais críticas.
Porém, desde o início do filme vemos que ele deseja mudar: pede auxílio profissional a um cunhado (num diálogo curto e agridoce), além de aparecer subitamente no trabalho usando terno, coisa que sabemos depois (por suas irmãs, claro) que ele nunca tinha usado antes na vida. Claro que o terno azul vira seu uniforme desde então. O público não o vê com outra roupa durante todo o filme. Ele quer mudar, mas não sabe exatamente como, e isso fica bem ilustrado qdo ele comenta com seus botões "O que estou procurando?" no supermercado, pouco antes de encontrar as embalagens de pudim (o que nos levou a fazer piadas sobre o filme se chamar "Embriagado de Pudim") que mudariam a sua vida. Mas antes, para piorar sua situação, ele se envolve com uma atendente de tele-sexo (por telefone, claro, não ao vivo) que começa a chantageá-lo, e coloca 4 caras em sua cola
para descolar dinheiro. Revoltado por estar sendo extorquido (e apanhando de montão), tenta resolver a situação na paz, mas não consegue. E fica cada vez mais nervoso.
E entra Lena (Emily Watson - que o Patrão associou bem ao dizer que ela se parece com a Felícia do Tiny Toon), amiga de uma das irmãs malas, que se apaixona por ele e faz de tudo para ser apresentada a ele. E ele acaba se apaixonando
por ela afinal, e faz umas loucurinhas para ficar com ela, de preferência sem as irmãs saberem, dentre outros acontecimentos.
Num último ataque da "quadrilha do tele-sexo", machucan Lena, e Barry não gosta nem um pouco disso. E reveda numa cena que faria Alex de Large (de Laranja Mecânica) sorrir com o cantinho da boca, com socos e pés-de-cabra quebrando tudo. Ótima.
Quer coisa mais fofa que defender a amada?? :oP
Depois dessa, ele meio que descobre o que estava procurando, assim como consegue encontrá-lo, finalmente.


P.T. ANDERSON (que é a cara do Damon do Blur!!) e... FELÍCIA DUFF!!

ABAIXO, TEMOS EMILY WATSON: "Vou te abraçar, e te agarrar, e levar para casa..."



Mas não é só isso. Bem, sei que entreguei algumas partes do filme e tal, mas vale uma olhada porque fiz questão de deixar muita coisa de fora (inclusive um "piano" - na verdade um "harmonium" - que surge do nada e tem papel fundamental no filme também, hehehe) pra não estragar totalmente o filme, nem o seu final.
Mas só a foto do poster já é linda demais, e os cortes do filme (as transições, creio?) são feitos pelo mesmo cara que fez a igualmente fofa capa do CD "Sea Change", do Beck, e seu nome é Jeremy Blake.
Falando em música, a trilha também é muito boa, tem Nina Simone e um tema que é parecedíssimo com o de "Amarcord", de Nino Rota, para o filme do Fellini.

Ontem, na aula de Psicopatologia na Cinematografia, quase que recomendei-o pra próxima aula, mas fiquei com vergonha, hehehe.
Aqui, a Patroa recomenda. Sem vergonha alguma!!



quinta-feira, novembro 06, 2003

Momento Frases

Enquanto estou bolando um mega-post sobre o TIM Festival, vai isso aqui mesmo:

"É a culpa, e não a Fé, que move montanhas."

Noooossa, sabe que cada vez mais acredito que isso é verdade??
Só não digo o autor pq não posso provar que tenha sido ele mesmo quem disse, sabe?

Filminhos:

* O amor custa caro: Ver George Clooney fazendo caretas canastronas e Zeta Jones bonitona numa comédia dos Cohen só pode ser, no mínimo, divertidíssimo.

* Matrix Revolutions: pra ser rápida-e-rasteira, ele só veio para comprovar o que desde o primeiro filme era óbvio - que Hugo Weaving, o Agente Smith, é o personagem mais carismático da trilogia, e vc fica com saudades dele qdo está ausente. O que é praticamente o filme inteiro.
Mas a luta-dele-com-Neo-embaixo-da-chuva-com-seus-clones-de-platéia é muito boa, um exagero só. Porém, ainda mais convincente do que a luta de Neo vs. os milhões de Agentes do Reloaded, que dava pra ver sem esforços que era computação gráfica pura. Muito feio!

Aliás, só de ouvir Smith chamando com aquela sua voz de deboche "Mr. Anderson..." já vale mais do que todas aquelas lutas do povo usando robôs tirados do "Laboratório de Dexter" pra combater os sentinelas.



MOMENTO CORRIDINHA: Nada detém a fúria do Agente Smith. E ele usa sapatos de bico quadrado que são o máximo!



MAIS BRIGA: O mais legal da série é o figurino! Até debaixo do toró as roupas são perfeitas!!

Mas o primeiro filme é genial, ao menos. E Revolutions é melhorzinho que Reloaded...

Ai, ao menos uma trilogia chegou ao fim!! Agora, só falta LOTR, Star Wars, Indiana Jones, Harry Potter, Homem-Aranha... e o principal (para mim), Kill Bill!!!
Tarantino, Tarantino... que saudades de vc!

segunda-feira, novembro 03, 2003

SUNSHINE SUPERMAN
(aliás, nome de uma música muito boa...)
ou "O Longo e emocionado post sobre (ai, ai) Superman"

Existem certos filmes que nos cativam e não sabemos exatamente o porquê. Quer dizer, o filme é tão bom independente do roteiro, efeitos ou elenco serem bons ou ruins, e gostamos deles exatamente por isso, porque o conjunto funciona que é uma beleza. São filmes com vida mesmo após o fim de sua exibição, que nos deixam de certa forma alterados para sempre (ou ao menos por um bom tempo) . Filmes que podem mudar nossas vidas, mas sem necessariamente ser um filme de alto teor filosófico; são os que trazem consigo o real motivo do cinema, mas não são pretensiosos de jogar isso na cara. São filmes que não nos
tratam como trouxa e mesmo assim mostram que podemos fantasiar como uma criança; ou que te dão uma bofetada para acordar para a vida, mas sem usar de polêmicas gratuitas. Trainspotting. Amélie Poulain. Ed Wood. Magnólia. Os Excêntricos Tenenbaums. Hitchcock. Frank Capra. Baz Lurhmann. Terror trash fora do cinema-corporação. Indiana Jones. Almodóvar. Cidadão Kane. Definitivamente, grandes ou pequenos, mas filmes de muita personalidade. Filmes com um quê a mais. Gosto de dizer que são filmes feitos com amor.

Superman, o Filme também está na lista, e a edição em DVD deixa isso bem claro. Quem não liga pra gibi provavelmente ficaria impressionado com tamanha dedicação, mas vemos que ela não foi em vão - tanto que a maior preocupação de qualquer filme inspirado num personagem de quadrinhos desde então é ser tão bom e fiel como ele.

Aqui em casa é famosa a história de quando meu pai e meu irmão foram ao cinema ver "Superman". Na primeira vez em que Clark Kent usa sua cueca vermelha por cima do legging azul e voa, o cinema simplesmente veio abaixo, inclusive meu pai, enquanto meu irmão permanecia estático, horrorizado com aquele micão coletivo. Eu, que nem era nascida na época, hoje em dia confesso que fico com invejinha... se fosse eu no cinema, teria me divertido à balde. Será?

Contrariando todas as leis do universo dos blockbusters, o filme demora quase uma hora para ter um grande momento de ação, onde o herói faz sua primeira supracitada aparição. Até ali, o filme conta sua origem, sua criação em Smallville, sua entrada para o staff do Planeta Diário, seu relacionamento com os novos colegas de trabalho Lois Lane e Jimmy Olsen... Hoje em dia, que público ficaria no cinema vendo um filme considerado de ação e aventura sem vê-las até a metade da projeção?? Realmente, os tempos são outros.

Mas como disse antes, é um filme feito com amor, e é isso que nos envolve. Os documentários da caixa de DVD são de deixar qualquer um sensibilizado, porque a impressão que temos é que TODOS os envolvidos estavam simplesmente apaixonados pelo projeto, independente das dificuldades, da pressão dos produtores, dos prazos e gastos extrapolados. As declarações do diretor Richard Donner e do consultor criativo Tom Mankiewicz são de deixar a gente apaixonada por ambos, tamanho o respeito e cuidado eles têm pelo personagem, e como conseguiram transpassá-los para o filme.

Resultado : tudo nele é perfeito, e incrivelmente atemporal - dou maior destaque ao figurino, que eu amo, com um pé nos anos 50 e na caracterização cartunística, mas que não fica caricata!! Como é que pode?! E ainda temos os excelentes efeitos especiais
pré-era computadorizada. No documentário também tem uma rápida aula sobre os efeitos usados no filme, apresentados por um cara que é simpaticíssimo cujo nome não lembro agora (seria o diretor de fotografia?), e que é muito interessante. E a música epopéica de John Williams, um ícone pop por si só, tão apropriada ao filme que no DVD tem a opção de ver o filme apenas com a trilha sonora tocando, além da própria opção de trilha sonora, em que se tem o track list e é só escolher a música que quer ouvir.

Ah, e o elenco... com exceção de um mal-encarado Marlon Brando como papai Jor-El, é todo maravilhoso. Até Gene Hackman(de quem virei fã por causa desse filme, claro), conhecido por ser um ator difícil, ao menos passa a impressão de que está se divertindo como Lex Luthor e suas ótimas tiradas. Aliás, voltando ao figurino, me apaixonei por Hackman quando era pequena ao conhecer um vilão tão estiloso em suas maldades como em suas roupas extravagantes porém irresistíveis - tirando a imagem de um Lex feiosão como o do gibi - atualmente vemos isso no Michael Rosenbaum de Smallville, cheio de classe também. E Lex usando lencinho no pescoço com roupa de presidiário em Superman II é o máximo...

E Chris Reeve. Se hoje sou internacionalmente conhecida por achar o conjunto homem-de-terno-e-óculos muito fofo, podem culpá-lo (dividam a culpa com o Indiana Jones, que quando não estava de jaqueta de couro e chicote, ostentava um terno marrom com gravata borboleta que era tudibom). E as suas covinhas quando sorri... Mais interessante ainda é que no documentário, Reeve conta que para fazer o seu Clark com jeito goofy (mas não muito) ele se inspirou em... quem quem quem?... Cary Grant. Grande escolha, Superman!!
Para fechar, Margot Kidder é perfeita como Lois Lane. Como toda "mulher moderna", com voz ativa até demais (chega a ser insolente, propositalmente, claro), mas que ainda se derrete toda pelo herói de Krypton. Momento mágico no filme, claro, é quando Kal-El move mundos-e-fundos (literalmente) para salvar sua amada da morte certa. Não é à toa que até Matrix faz referência a ele no Reloaded. É o amor... :O)

Infelizmente, as duas sequências não são tão bem sucedidas como a "matriz". Dirigidas por Richard Lester (que criou o videoclip com "A Hard Day's Night", dos Beatles, e os dirigiu também em "Help!") são mais embasadas na comédia (principalmente Superman III, que tem uma abertura insana tipo Os Três Patetas, ou mesmo Chaves!). Mas, antes que você se pergunte onde o inventor da estética MTV tava com a cabeça, esclarecemos que fatores externos interviram. Os produtores despediram Richard Donner aparentemente sem quê nem porquê e colocaram Lester (que era assistente do diretor) em seu lugar. Claro que todos, inclusive atores, boicotaram Lester a ponto de nem aparecerem no estúdio para filmar. Superman II, que fora filmado juntamente com o primeiro, é mais uma colagem feita por Lester das partes que já tinham sido filmadas por Donner. E Superman III é estraaaanho, um exemplo de como produtores podem bichar um filme e iniciar a queda do que poderia ser uma série genial em todos os episódios.

Mas as sequências também têm seus méritos. Os vilões kryptonianos-com-botas-do-Kiss do segundo filme são muito legais, adoro quando eles chegam à Terra tocando o terror. E tem o Super abdicando seu poder e levando sopapos numa típica briga de bar. Coitadinho...
No terceiro filme tem umas piadinhas engraçadinhas relacionadas ao "Evil Clark" (quando é afetado por uma kryptonita gaiata), como apagar a Tocha Olímpica com o super sopro ou "desentortar" a Torre de Pisa. Mas ainda é um filme estranho, muito estranho.

Ainda assim, é o de menos. Como disse antes, só o primeiro filme e os documentários já valem a caixa inteira. E o segundo filme também é um clássico da sessão da tarde. O que importa é que conseguimos acreditar que o homem pode voar.
É o amor... :o)

Então, concluimos:
- Superman, o Filme: nota 9.5 (sendo imparcial, mas sendo parcialíssima eu dou 10, nota 10!)
- Superman II - A Aventura Continua: nota 8.5 (até pensei em dar menos porque tem umas gaiatices...)
- Superman III, o filme estranho: nota 6.5 (com boa vontade, mas com MUITA boa vontade mesmo!)
- Superman IV: não faz parte da caixa nacional, mas lembro que quando vi (tinha uns 6, 7 anos) eu dormi no meio do filme. E as partes que vi achei horríveis. Só pra constar, chuto uma nota 4.0. Com boa vontade...






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