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sábado, dezembro 18, 2004

Os melhores do mundo


sim, tive que aturar dois McLanches Feliz, mas ao menos tenho o meu casal Incrível! :o))

Quando somos crianças é que temos aquelas idéias de, quando estamos vendo um filme de que gostamos muito, não queremos que ele nunca termine. É também quando vemos e revemos e re-revemos o mesmo filme com a mesma empolgação da primeira vez, se não numa empolgação crescente, mesmo sabendo de cor o que está para acontecer.
Quando assisti, há quase 10 anos (!!!) atrás, Toy Story no cinema, me esquecia de que estava vendo apenas um desenho animado - eu, mesmo sendo uma cínica adolescente, só me lembrava de que se tratava de animação quando uma "pessoa" surgia em cena. Naquela época, a Pixar admita que ainda não conseguia criar humanos tão perfeitos como gostariam, e tinham dificuldades especialmente com cabelos e pêlos (tanto que o cãozinho só dá as caras mesmo em "Toy Story 2", de 1999, aprimorando para o peludo Sulley de "Monstros S.A."). E, apesar das limitações, em 1995, me parecia que o quarto de Andy tinha microcâmeras escondidas prontas para pegar o arsenal de brinquedos no flagra, tão logo seu dono se afastava do recinto, de verdade.

E desde então sou fã da Pixar.

Então surge Os Incríveis. Tudo bem, sou suspeitíssima a falar, sou uma nerd que adora super-heróis, e ama a Pixar - e esse filme une o "agradável ao agradável".
Mas mesmo assim, já adianto aqui que é um dos filmes do ano (a retrospectiva toda eu faço mais tarde), e um dos melhores da Pixar até hoje pra mim. Tipo, tá colado com os dois "Toy Story", que são meus favoritíssimos, e tá quase chegando ao ultimate top, sacou? É coisa séria!! :oP

Agora, justificando o porquê de tudo isso. Tecnologicamente falando, eles estão cada vez melhores, claro. Se nos outros filmes as limitações eram disfarçadas por serem histórias passadas em lugares mais fantasiosos, vemos que eles estão se saindo muito bem ao retratar algo mais "realista" as well - apesar dos humanos serem estilizados (ou seja, nada como Final Fantasy, lógico, não é a intenção deles), os movimentos e feições estão quase perfeitas; e os cenários estão perfeitos de fato, aquilo tudo só pode ter sido filmado!! Hehehe, eles me enganaram mais uma vez!! :oP
Os detalhes, os cabelos, texturas de roupas, movimento da água, é tudo tão real, impressionante! E a história, bacaníssima. Como já disseram, misto de Watchmen com Quarteto Fantástico e James Bond, hehehe... Da história eu não falo, porque não sou estraga-prazeres. Escrito e dirigido por Brad Bird (que era diretor e consultor executivo dos Simpsons), é ágil nas piadas e também na ação, e tem até uma dosesinha de violência inesperada para os padrões Disney (tanto que não foi censura livre lá fora): como heróis que têm um final terrível devido a uma parte especial de suas vestimentas (o que é uma grande piada para nós nerds que também somos fãs desta parte do traje de herói em particular), pessoas (muitas) morrem de formas sofríveis, todo mundo apanha pra dedéu e por aí vai.

Destaco os ataques de brucutu do Sr. Incrível em relação aos automóveis; os vilões atrás do menino Flecha floresta adentro (essa é de deixar arrepiado, uma sequência espetacular); Mulher-Elástica presa em várias portas ao mesmo tempo e dando conta do recado; ah, e qualquer cena em que apareça Edna Mode, a "estilista" inspirada em Edith Head - a nanica é tudo!
Outro personagem que merece menção é o ultracool (perdoe o trocadilho) Gelado, que tinha que ser cool, uma vez que é dublado por nada menos que Samuel L. Jackson. E, se Os Incríveis passou pelo teste do cinema lotado de pessoas que não parecem fãs de gibis e tais, certamente ele não é só mais um filme de nerd. É acessível a nerds, blockbusters, crianças e adultos.

Hoje em dia, velha e desconfiada, confesso que tenho dificuldade em encontrar aqueles tais filmes que eu não queria que nunca acabassem. E o supracitado é um destes raros espécimes. É um filme. E que dá vontade de não parar de ver. Depois deles, quem precisa de filme do Quarteto Fantástico? ;o)




terça-feira, dezembro 14, 2004

Isto é Incrível!!!

Ao som de "Love and Destroy" e "All for you, Sophia", do... Franz Ferdinand!!! hehe



Meus queridinhos do Franz Ferdinand regravaram "This Fire", uma de minhas favoritas da banda. E não é que "This Fffire" conseguiu ficar tão boa (ouso até dizer que ficou melhor) quanto a original???
Onde esses meninos vão parar??? Não é à toa que é a minha banda do ano... mas isso fica pro post de melhores do ano, hehehe :o))

Milagre dos Milagres mesmo foi conseguir arranjar um presente bacana pro meu irmãozinho neste Natal. Comprei o DVD duplo "Monty Python e o Sentido da Vida". Só que fiquei com tanta vontade de vê-lo (o DVD), que acabei entregando quase um mês antes da chegada do Papai Noel. Claro que o irmão tb parece ter gostado...
Viu como sou uma boa irmãzinha?!?!?!

P.S. pequenininho: Tudo bem que estou numa fase mais Terry Jones, mas como não encontrei nenhuma foto dele vestido de mulher para colocar aqui (meu gosto pelo Terry vestido de mulher tb é outra história tá?? hehehe), então vai uma foto do John Cleese mesmo - até mesmo pq John fazendo careta é sempre engraçado...

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Socorro, estou no Escuro!!!



Na madruga de domingo para segunda, aproximadamente às 2:30, no meio de uma chuva de fazer totó beber água em pé, algum indivíduo sem nada melhor para fazer resolveu roubar fios condutores de luz de minha rua.

Claro, que tinha que ser fios de luz da casa desta que aqui escreve.

Ou seja, ficamos (apenas nós daqui de casa e mais uma vizinha, o resto da rua continuou no bem-bom) sem energia elétrica durante 37 horas, porque, apesar das milhões de ligações feitas para a companhia de energia, pelo jeito ninguém acreditava que nós conseguíamos ver claramente que faltavam dois fios no poste de nossa casa, que estavam "um pouquinho" cotós.

Conselho de quem passou pelo perrengue: não acredite nesses episódios de sitcom em que a queda da luz causa revolta que logo se transforma numa bela reunião familiar, onde começam a pensar em como a tecnologia afasta os seres humanos. Blaaaahhh!!

Nada disso. Depois de 37 horas sem luz, o conteúdo da geladeira foi pro brejo, a bomba d'água não funcionava (então você tem que economizar água também), você se irritou tudo o que tinha para irritar, anotou centenas de números de protocolos de que nada adiantam, e você começa a reconhecer a verdade: estão fazendo você de palhaço. E isso não é nada bom.


É quando a reunião familiar cai: aqui começamos a demonstrar o que temos de pior: ódio, raiva, vontade de matar todos os atendentes e funcionários em geral da companhia elétrica, juntamente com seus familiares. Mesmo sabendo que isso não trará a luz de volta.

E quando ela volta, é uma maravilha. Viva a tecnologia!! Que bom voltar a ver Smallville, ouvir CDs, enfim, ver o que estamos fazendo, sem sombras ou velas.

Mas ainda desejo profundamente que o engraçadinho que roubou nossos fios morra eletrocutado numa próxima vez e queime no fogo do inferno. Melhor: leve um choque, caia da escada, tenha uma convulsão, se quebre todo, não seja ajudado por ninguém (pq ele é MUITO mau), só volte a andar quando os ossos quebrados se calcificarem, e aí ele acabará se calcificando todo torto. E sobreviva a tudo isso por um bom tempo!! :o))

Depois dessa, torça por mim porque amanhã entregarei meu primeiro conto escrito (porque imaginado eu tenho um monte, hehe) como trabalho de final de período. Boa sorte para mim!!



quinta-feira, novembro 18, 2004

LAST POST:



Em virtude de falta de tempo, preguiça, blogueio criativo e outras coisas, declaro que este pobre blog sofrerá um recesso, de não-sei-quanto-tempo.
Quem sabe volto para escrever sobre "Sky Captain" ainda esta semana, logo que vir o filme (que espero com entusiasmo, tomara que seja bom!!).
Mas isso, só o tempo dirá... HAHAHA (gostou de minha risada maléfica???).

A quem interessar possa, estou no orkut (qdo não trava), no email e no MSN (é só ver o endereço em "contate a patroa")...

Até a próxima!!


sábado, novembro 13, 2004

MUNDO ESTRANHO...

Com Arafat morrendo, Castro caindo e Bush reeleito, tenho até medo do que seja a próxima "surpresa" de fim-de-ano (sim, pra mim o ano já acabou!)...

Ao menos o SBesTeira voltou a passar Chaves!! Só assim pra tudo ficar mais alegre!!! hehehe...


Foto "sutilmente" malocada de http://www.chespiritoweb.cjb.net/

E hoje ainda passou o episódio dos Churros da Dona Florinda! "Churros, churros...quem vai querer??"...


terça-feira, novembro 09, 2004

Ao som de: "Take Five", Dave Brubeck Quartet...

O POSTER MAIS BONITO QUE VEJO HÁ TEMPOS!



E olha que o filme só sai em Julho de 2005 (isso é o que o próprio poster está dizendo...).

Enfim, Gene Wilder que me perdoe... sei que você é o Willy Wonka titular!
Mas é Johnny Depp... com o Tim Burton...

Ai, gamei!!
Plis, me perdoe.... :oP



terça-feira, novembro 02, 2004

"QUI QUI QUI..."
(ou "Mais um post atrasadíssimo, mas quem se importa?")



"O FILHO QUE ERA A MÃE": Na versão em DVD de Psicose, de Hitchcock, temos a opção de ver a antológica cena do chuveiro sem música alguma, que era o que o diretor inglês tinha em mente a priori - segundo diz a lenda. Porém, seu compositor favorito, incumbido de musicar o filme, insistiu e conseguiu convencê-lo de que uma das cenas mais amedrontadoras do Cinema merecia trilha. Nem preciso dizer que, se Hitch tivesse recusado, teria abortado um dos temas mais conhecidos e reproduzidos de todos os tempos. E, apesar de muita gente dizer que mesmo sem os estridentes violinos a cena continua arrasadora, em minha humilde opinião acho que não tem o mesmo impacto. Não tem "aquele" grito de socorro que te deixa desconfortável e invulnerável por não poder fazer nada para impedir a pobre (?) Marion Crane de encontrar seu fatídico destino.

Meus 7 leitores já devem saber que gosto muito de música e de filmes. Porém, talvez por não ter o melhor dos gostos ou não ter vergonha na cara mesmo, tenho pouquíssimos CDs de trilhas sonoras em minha coleção. E, em sua maioria, são "soundtracks", e não "music scores" - ou seja, de trilhas incidentais, sou mesmo uma negação. Na verdade, ao mesmo tempo em que PRECISO que minha vida tenha trilha sonora - tanto que é raro eu sair por aí sem discman - acho que a maioria de trilhas incidentais não funcionam sem o filme. Elas existem com destinatário certo, nem adianta tentar mudar isso.

O compositor Bernard Herrmann me é um velho conhecido. Foi para Hollywood para fazer a trilha para "Cidadão Kane", de Orson Welles, e desde então é considerado por um dos maiores do Cinema, se não o maior. Fez trilhas para filmes e seriados; suspenses, dramas, romances e sci-fis.Sua música, apesar de versátil, tem suas particularidades: são densas, "encorpadas", dramáticas - e não melodramáticas. Como se fosse o avô do lendário produtor Phil Spector, este, "pai da wall of sound", a impressão que tenho dos temas de Herrmann é que há várias orquestras tocando ao mesmo tempo, algumas até tocando a mesma melodia, enquanto outras tocam qualquer outra coisa. Mesmo assim, o resultado não é nada de caótico, e sim cinematográfico. No final, tudo faz sentido.
Seus temas talvez não sejam tão facilmente reconhecíveis como os de John Williams com anos de serviços prestados a Spielberg e ao cinema pop (Star Wars, Indy Jones, Superman, E.T.);nem mesmo aos temas não tão grandiosos, mas mais populares ainda que são os temas de Henry Mancini que sempre colaborou com o diretor Blake Edwards e fez algumas das canções que fazem parte do inconsciente coletivo (Pantera Cor-de-Rosa, Um Tiro no Escuro, Peter Gunn, Charada - este, um de meus favoritos, do filme de Stanley Donen).

Mas não se pode deixar de admirar seu trabalho, especialmente nos filmes de Alfred Hitchcock. Para mim, apesar da cena do chuveiro, a música que realmente me dá arrepios é a música de abertura de "Psicose" ("Prelude", como consta na trilha, bem como no soulseek), onde som e imagem casam de forma incrível, os grafismos são incríveis; além de outras belezas como o tema de abertura de "Um Corpo que Cai" (que é um de meus filmes favoritos, então nem vale falar aqui, só adianto que é a abertura feita com régua mágica mais maravilhosa de todos os tempos :o) ). De trilhas de Hitch poderia ficar falando aqui até amanhã, então...

Vale lembrar porque resolvi escrever um post sobre Bernard Herrmann: tudo começou no festival do Rio,com o já comentado aqui "Fahrenheit 451". Há muito tempo não tinha uma experiência como aquela no cinema, de som e imagem combinarem tão bem que fiquei arrepiada. E, nos outros filmes que vi, o arrepio permaneceu - e, coincidentalmente, todos eram "musicados" por ele. Enfim, foi quando realmente notei que, apesar de Herrmann sempre ter sido um velho conhecido meu, nunca tinha recebido merecida atenção. Tento aqui lhe dar o merecidíssimo mérito, e esperar que o velho Bernard me perdoe por não ter feito isso antes... :oP

Eu queria ver o Brian Wilson...

Em virtude do show do grande Brian Wilson que eu não pude ir, comunico que hoje de manhã, logo ao acordar, ouvi 4 vezes "Good Vibrations" e mais 4 vezes "God Only Knows" antes de ir para o estágio. Isso foi porque ontem, o Patrão e o Mano me lembraram de tal evento, e foi quando realmente me dei conta de que não seríamos "salvos pelo gongo" com um show dele aqui no Rio, quem sabe, e então fiquei meio tristinha por isso. Nem sempre temos e fazemos tudo o que queremos...

Tenho umas histórias curiosas com essas duas músicas dos Beach Boys. "Good Vibrations", para mim, é a Música *Mágica*, enquanto "God Only Knows" é apenas a Música Mais Bonita do Mundo, como discutimos ontem eu e Mano. Porque uma é mágica, e a outra é a mais bonita eu não sei exatamante como explicar aqui, mas envolve devaneios curiosos desta pessoa que aqui escreve.
Um dia, quem sabe, eu conto.

Por enquanto, vou ouvindo as músicas várias vezes no repeat até alguém reclamar (outra de que gosto muito é "Woudn't it be Nice", mas essa não tem devaneios não), e até peguei de novo o filme "Simplesmente Amor", só para ouvir mais uma vez aquele belo final...
*enquanto isso, as lágrimas correm: snif, snif...* :o)




quarta-feira, outubro 27, 2004

Vem post novo por aí, mas enquanto isso...

TESTE.TESTE.TESTE.TESTE....


Which Trainspotting Character Are You?


sábado, outubro 23, 2004

ATENÇÃO ATENÇÃO...

Depois de uma semana sem conectar, o que exigiu um grande esforço de minha parte, estou de volta. Ao menos, agora me parece que o computer tá joinha... Então, daremos continuidade aos filmes do festival... Antes atrasada que nunca!!

FESTIVAL NERD DE CINEMA DO RIO, cap.II - só sci-fi

O Dia em que a Terra Parou, de Robert Wise.
("Se não sabe brincar, não brinca!" ou "Chamando a Terra pro ovo!!")

Wise é uma lenda de Hollywood. Foi o editor de "Cidadão Kane", dirigiu ao menos um clássico dos musicais ("A Noviça Rebelde"), bem como um dos filmes mais malhados da História ("A Ira de Khan", aquele filme da Jornada nas Estrelas que não tenho certeza do nome agora).

Sabia que este se tratava de um clássico, mas realmente não sabia o que podia esperar, visto a, hum, versatilidade do diretor. Já tinha tentado ver este filme, mas eu era bem pequena na época e era em mais uma madrugada insone, em que acabei dormindo e não vi o final. Mas tudo bem, não me lembrava de nada mesmo.

Logo na abertura, caio de amores pela música. Adivinhe de quem? Bernard Herrmann. Dramática, pesada, theremins e o escambau. Filme sci-fi em p&b, ora! YeaH!

Eis a história: certo dia, uma nave alienígena resolve pousar na Terra, logo em Washington DC. Pessoas ficam curiosas, pessoas especulam que podem ser os comunas (ah, os anos 50!), pessoas se preocupam. De dentro da nave, sai um humanóide que fala inglês (mas ele teve que aprender a língua, ao menos), que diz vir em paz. Claro que ninguém acredita nele e o atacam. Para defendê-lo,entra em cena Gort, um dos robôs mais famosos do cinema, que transforma qualquer arma terráquea em manteiga (sentido figurado, claro). Pessoas ficam com medo. O humanóide, Klaatu, vai parar num hospital, só que acaba fugindo, pois precisa levar a sua mensagem aos governantes do planeta o mais rápido possível. Para isso, conta com poucos terráqueos que acabam o ajudando - uma mulher, seu filho e um cientista. Depois de reviravoltas, Klaatu consegue voltar à sua nave e consegue transmitir sua importante mensagem. Não digo qual é a mensagem para não estragar a suspresa, mas chegou a surpreender a cínica aqui. Muito bacana!
Detalhe que o ator que interpreta Klaatu, Michael Reenie, certa vez foi convidado para participar de dois episódios de Perdidos no Espaço!! Sempre achei que ele tinha uma face meio "out of this world", anyway... hehehe.

Perdidos no Espaço - o Piloto e o Episódio Inédito, de Tony Leader e Irwin Allen.
("Eu também gosto do Dr. Smith, mas o Major West é tão bonitinho...")

Meus 16 anos podem ser resumidíssimos no seguinte: matar aula, beber, namorar e ver "Perdidos no Espaço". Estes quatro elementos estavam sempre no topo de minha lista de prioridades, muitas vezes interligados. Tipo, eu saía para beber com meu namorado; ou matava aula de manhã porque não conseguia acordar - pois ia dormir às 6 da matina para ver a série carro-chefe de Irwin Allen.
Exageros e brincadeiras à parte, foi uma satisfação poder ver o piloto da série num telão de cinema, com a boa e velha dublagem original. Comecei a ver a série pelo aspecto trash, e acabei virando fã da família de intrépidos exploradores espaciais. Não sei se acontece com os fãs mais velhos, os que assistiram a série na época em que foi feita e tal, mas fiquei emocionada em ouvir mais uma vez, como se fosse a primeira: "A Cinevideo apresenta a extraordinária produção da 20th Century Fox, Perdidos no Espaço!".E olha que nem faz tanto tempo assim, a época em que acordava de madrugada (ou na reprise, às 6 da manhã) para gravar todos os episódios da série, mas como traz lembranças de volta...

O piloto da série, para quem não sabe, mostra a partida da Família Robinson rumo à Alfa Centauro, de forma a iniciar a primeira colônia de humanos fora da Terra. Só que aparece (e todos no cinema batem palmas porque ele merece) Zachary Smith para sabotar a nave - e a nave acaba partindo com ele dentro, e a diferença de peso faz a nave sair da rota original.
Até me lembrei de uma hipótese louca que criei: que a mamãe Maureen Robinson teria servido de base para a aparência da mãe cartoon de Dexter e Dee Dee. As acho muito parecidas, sério. Quer coisa mais nerd que isso? :oP

Quando achei que passariam o segundo episódio, acabaram passando o que seria o piloto, mas nem chegou a ser exibido na TV. Neste, não existia o Dr. Smith e nem o Robô, a nave acaba quebrando sozinha e eles caem num planeta deserto que, para surpresa geral, tinha oxigênio respirável (hehehe)!
Realmente, sem Smith a série perde muito de seu charme e fica mais séria também, um "drama familiar de aventura", se isso é possível. Mas, como estou revendo a primeira temporada em DVD, percebi que quase todas as cenas deste episódio inédito foram reaproveitadas em outros (no quarto e quinto episódios, se não me engano), ou seja, ainda conseguiram transformar trechos de um episódio em, no mínimo, dois episódios inteiros. Irwin Allen podia ser qualquer coisa, mas não era burro.
E ainda relembrei do meu herói favorito na série: o Major Don West! Tudo bem que Will Robinson era ruivo, bonitinho, e com cara de traquinas, mas ele nunca foi o meu favorito. E o Dr. Smith é O Dr. Smith, então não conta. Mas adorava o Don, que era meio barraqueiro (as brigas dele com Smith eram sensacionais), mas era cheio de galanteios também. Enfim, um bom rapaz. Tanto que batizei meu primeiro contrabaixo com o seu nome. Mas aí veio o segundo e não resisti - ele tinha que se chamar Smith. Mas isso é uma outra história que fica pra outro dia.

Ah, pra finalizar: adivinha qual era o tema de abertura do episódio inédito? O tema de O Dia em que a Terra Parou,de Bernard Herrmann, que fez o tema original da série de John Williams parecer fichinha. O cara me perseguiu nesse festival! E por isso o próximo post vai pra ele. Vou tentar ao menos, vamos ver...



quinta-feira, outubro 14, 2004

FESTIVAL (NERD) DE CINEMA DO RIO, cap.I - só sci-fi.

Fahrenheit 451, de François Truffaut.
("Ler pra quê? Seja homem, fume!!")

Pois é, antes de conseguir comprar o livro, acabei vendo o filme, o que achava até então mais impossível ainda - apesar de achar que o Telecine nos áureos tempos chegou a passá-lo algumas vezes e eu sempre queria vê-lo, mas acabava que não o via.
Também, seria a primeira vez que veria um filme do Truffaut - ou seja, fiquei com medo, muito medo.
O nome, que influenciou Michael Moore a batizar seu último filme, seria a temperatura na qual um livro começa a pegar fogo. Já soube por aí que o filme tem algumas diferenças em relação ao livro de Ray Bradbury, e já li muita gente malhando o filme - mas acho que todos estão carecas de saber que filme é filme e livro é livro e um nunca será fiel ao outro.

Trata-se da história de (Guy) Montag, um bombeiro que leva a sua vidinha, tem uma esposa que não lhe dá a mínima e mora numa casa futu-retrô de que gostei muito. Só que os "firemen" do futuro, ao contrário dos nossos, criam incêndios, e para um propósito terrível: queimar livros, então proibidos. Às vésperas de finalmente ganhar sua esperada promoção, Montag conhece uma moça (tanto esta como a própria esposa dele são interpretadas por Julie Christie) que acaba incitando-o a descobrir o que está escrito nestes grandes vilões da vida moderna. A partir daí, ele começa a achar a vida mais interessante cercado de livros que da esposa e da televisão, e começa a questionar o sistema que seguiu por tanto tempo.

Como qualquer tipo de filme do gênero que me agrada, ele é ingênuo em certos aspectos, e engraçado em alguns, e patético em outros. Tem uns lances interessantes (usar para a identificação fotos de pessoas de costas foi genial, mas não vou contar o pq disso), dá as cutucadas básicas em feridas, mas não vi pretensão alguma - se a teve algum dia, se perdeu com o passar do tempo. E ainda pode encarar este como mais um exemplo do filme homem-conhece-mulher-e-ela-vira-sua-vida-de-cabeça-para-baixo, o que não deixa de ser romântico, já que a partir daí ele passará por poucas e boas até a redenção e o reencontro com esta, mas de forma "não-romântica".

Fora isso tudo, achei um filme bonito de se ver. Créditos falados apenas, o vermelho (e todas as outras cores) em techicolor (não adianta, fica uma coloração diferente, sempre cinematográfica), a música dramática de Bernard Herrmann (indescritível, tô procurando os temas desse filme até agora, sem sucesso), tudo isso já nos primeiros minutos de filme me deixou impressionada.Tipo da experiência que só se tem no cinema. E daí que não é fiel ao livro? :oP



Prefiro aqueles pôsteres vintage, mas como não achei nenhum no tamanho para colocar aqui, vai esse mesmo...



terça-feira, outubro 12, 2004



INTERROMPEMOS A NOSSA PROGRAMAÇÃO NORMAL...

É com muita tristeza que escrevo aqui sobre o falecimento de Christopher Reeve. Ironicamente, no dia do niver do Patrão - mais fã ainda dele, acredito -, dia 10 de outubro, se foi quem um dia nos fez acreditar que um homem poderia voar. Tom Welling e seja-lá-quem-for-o-escolhido para ser o Homem de Aço nas telas ainda terão que comer muito feijão-com-arroz terráqueo para tirarem de Chris o "S" de Superman.
O primeiro grande herói de minha geração se foi...

Nem preciso dizer que estou arrasada.

quarta-feira, outubro 06, 2004

"To be or not to be... a nerd!"

Tudo bem que eu achava o William Shatner um ruivo jeitosinho, na clássica série "Jornada nas Estrelas" - fora que aqueles uniformes da tripulação da Enterprise eram supercool. E muita gente já sabe que um de meus primeiros sex-symbols, isso quando eu tinha uns 4 anos de idade, era o Luke Skywalker, quando sua saga ainda atendia pelo nome de "Guerra nas Estrelas" - e quando eu ainda preferia os loiros... ;o)

Também sempre fui uma defensora ferrenha da nerdice, mas sempre me achava caindo em contradição, pois não era uma fã inveterada de nenhuma destas séries, consideradas por mim até então como os pilares essenciais para ser um nerd: "para sê-lo, tens que gostar de Ficção Científica, isto é, gostar de Star Wars e Star Trek".

Não consigo me lembrar exatamente o que possa ter me dado o 'click' definitivo para me interessar pelo gênero. Arrisco dizer que tenha sido o filme "Brazil", de Terry Gilliam, que vi pela primeira vez em 1992, numa madrugada insone assistindo a Rede Bobo. Foi um impacto para mim, aquele futuro indeterminado de governo opressor, vivido por um cara (que sem querer vira um "terrorista" da noite para o dia e não conto mais nada para não estragar) que preferia viver em devaneios, tamanha a sua frustração com aquele mundo... Mesmo que eu não soubesse EXATAMENTE o que tudo aquilo queria dizer na época, aquilo me dizia muita coisa. Me apaixonei pelo filme, que ficou martelando em minha cabeça por um longo tempo.

Tenho em minha cabeça um projeto da minha "biblioteca pessoal dos sonhos". Faço listas dos livros que quero, vou comprando-os pouco a pouco, peço de presente, fuço sebos etc. Não se admirem de achar que muitos clássicos estão de fora, porque estou longe de querer uma biblioteca "normal". Mas, se alguém olhar a minha lista no momento, só vai encontrar ficção científica: "Neuromancer", do Gibson; "Fahrenheit 451", do Bradbury; e "Laranja Mecânica", do Burguess - fora a coleção do Douglas Adams, que está saindo aos poucos, e já estou em dia com os lançados.

Quer dizer, não troco o meu "O Retrato de Dorian Gray" e meus puídos livros do Machadão por nada, mas, assim como com os "livros de detetive", eu sinto imenso carinho pelas histórias sci-fi. Ainda que prefira as histórias que envolvem futuros temerosos/sinistros/opressores às batalhas interplanetárias, confesso que senti um certo alívio quando concluí que sim, eu era uma fã do gênero - "eu era uma nerd, enfim!". Não gostava de "Perdidos no Espaço" e "Os Jetsons" só por causa das bacanas roupas retrô... :o))

Então, teve o Festival de Cinema do Rio. Adivinhe que filmes eu quis ver? Só sci-fi, e, na maioria, filmes antigos. Uni o útil ao agradável. Claro que me interessei por outros filmes, mas alimento a esperança de que se eles são realmente bons, cedo ou tarde acabarei me deparando com eles em DVD, VHS ou em algum dos milhares de canais por satélite. Mas, os clássicos, não poderia deixar de ver. Até acabei abdicando de um dos filmes, por falta de tempo para descer a serra, mas já descobri que ele tem em DVD - então, só vou dizer o nome do filme e comentar aqui depois de vê-lo...

Ah, e para não me chamarem de nerd total, fui ver um filme da mostra gay - e foi um bem legal.


domingo, outubro 03, 2004

DELÍRIOS DE UMA FÃ DE FILME VELHO:

* As declarações de amor pareciam mais convincentes, mesmo sendo seladas por beijos que não podiam ultrapassar cinco segundos.

* Apesar de tudo, os formatos widescreen e letterbox, não possuem o mesmo charme dos nomes "futurísticos" Vistavision e Cinemascope.

* Os galãs tinham algo de especial, pois continuam encantadores até hoje, apesar de ainda vestirem aquelas calças ridículas...

* As mocinhas tinham algo de especial, pois continuam lindas até hoje, apesar de ainda usarem aqueles sutiãs ridículos...

* Quanto mais realistas as cores se tornam no cinema, mais acho encantadores os filmes em preto-e-branco e no fantástico Technicolor....

Isso é para dar o "clima" dos próximos posts que aparecerão aqui...

Ficção científica das antigas com a trilha de Bernard Herrmann...

Prepare-se!! Semana que vem, quem sabe... :oP




quarta-feira, setembro 29, 2004


Jason Isaacs, como Mr. Darling à esquerda e como Capitão Gancho à direita. Se você não sabe porque esta foto está aqui, leia o post abaixo...

terça-feira, setembro 28, 2004

Momento Capricho (agora com foto)

Estou voltando aos 15 anos de idade. Já faz algum tempo que o Toni cismou que temos que formar uma banda juntos. Como sempre, me empolgo no início, mas aí fico insegura e começo a desistir. Até que arranjei um novo estímulo: um nome bacana, cheio de significados.

"MR. DARLING"

Uma sutil homenagem à este notável cidadão fictício britânico, um bancário de ética (aproveitando a greve, hehehe), um pai com coração-de-manteiga, ao mesmo tempo em que é um malvado pirata-assassino-de-criancinhas na longínqua Terra do Nunca (ao menos no filme, hehehe); o homem que chegou a morar por certo tempo dentro de uma casinha de São Bernardo, tamanha a culpa em perder os próprios filhos!

O patriarca da Família Darling, George, além de ter um dos sobrenomes mais fofurinhas do universo, é um doce de pessoa, mesmo sem ter tanto destaque na história. Como sempre, saio em defesa dos fracos e oprimidos. E por isso foi o nome escolhido para a nossa banda.

Tá bom, Seu Darling ter recebido a cara de Jason Isaacs também ajuda bastante. Apesar de até a minha mãe e toda a torcida feminina do Flamengo acharem que ele ficou melhor de Capitão Gancho - eu, como sempre do contra, fico com o Papai George, só pra mim. E, como não recebi reclamações até agora do outro integrante - pelo contrário, Toni também é fã da história e do filme e gostou da referência, não muito óbvia à clássica história do menino que não queria crescer (só quero ver se o povo que detém os direitos da obra de J.M.Barrie sabe dessa...).

Depois dessa, já até voltei a pegar meu contrabaixo e praticar, e comprovar que não me lembro de ABSOLUTAMENTE mais nada das aulas de música, e que a agilidade não é mais a mesma. Mesmo assim, fica registrado mais um nome lendário para bandas que podem-ou-não-existir aqui em Petró...

P.S. Juro que quero colocar uma foto bem legal dele aqui, mas tá uma lenha para publicar uma mera fotinha nesse blog complicado. Amanhã verei isso, se puder... Mesmo porque, só assim para esse blog ficar mais belo, hehehe...



domingo, setembro 19, 2004

O jovem Fã-Clube do "Jovem Sherlock Holmes"

Já se vão dois anos, acho, de quando fazíamos sessões de filmes trash na casa de Lilly. Ao final de uma destas sessões, não me lembro por que cargas d'água desencavei: "um dia, a gente podia trazer "O Enigma da Pirâmide"!!". E não é que alguns presentes se empolgaram com a sugestão? Acabei descobrindo que, mesmo sem ser uma "obra prima cinematográfica" (no sentido convencional, avaliado por "críticos especializados"), havia um pequeno, mas fervoroso, fã-clube do filme de Barry Levinson.
O mais engraçado: fã-clube do filme, e não de seu personagem principal, criação de Sir Arthur Conan Doyle.

Se hoje em dia sou uma fã do Mistério e do Suspense, a ponto de assinar este blog com o nome de uma personagem de Agatha Christieda segunda divisão, podem culpar esse filme. Até fiquei com invejinha ao saber depois, que Lilly fora ver este filme no cinema!! Lançado em 1985 (eu tinha 5 aninhos), só fui vê-lo em video, e ele acabou se tornando uma espécie de "cult" aqui em casa. Ninguém resistiu ao clima "sessão da tarde" do filme. Tínhamos o filme gravado ("pirateado", como diziam já naquela época), quando ainda morávamos no Rio de Janeiro (ou seja, entre 1985 e 1988), mas numa destas vendas de locadoras falidas acabamos conseguindo o VHS original, que meu irmão fazia questão de deixá-lo bem limpinho ao menor sinal de mofo. Uma vez, estava fuçando nos livros daqui de casa, quando encontrei o roteiro do filme sob forma de livro, raridade - um verdadeiro mistério, porque ninguém sabe como é que ele apareceu aqui. :o)

E o que parecia mais impossível, aconteceu: o filme saiu em DVD aqui! Mesmo porque, apesar de nós, fãs, achei que fosse mais um filme esquecido pelo resto do mundo... Finalmente, consegui alugá-lo. Porque, antes de colocar mais qualquer outra coisa a respeito do filme aqui, precisava vê-lo mais uma vez, e colocar aqui as novas impressões que ele causou.

Acho que devia fazer alguns muitos anos desde que o vi pela última vez, mas eu ainda me lembrava da música-tema como se fosse ontem. Aliás, a música é de Bruce Broughton, sujeito responsável pelo tema de "Tiny Toon" e dos temas de todos os outros desenhos da Warner-fase-Spielberg. O roteiro é de Chris Columbus, que dirigiu o primeiro e segundo filmes de "Harry Potter" (ou seja, deveria ter parado em Holmes, hehehe). E ainda tem o próprio Spielberg na produção executiva. Ou seja, nem precisa dizer que com Steven dando dimdim, o filme é caprichado com o visual, figurino e, sobretudo, com os efeitos especiais.

O bom e ruim do DVD é que a imagem fica tão boa que os efeitos acabam se tornando mais visíveis (como os "fios" em "Mary Poppins" e "O Mágico de Oz" e o chroma key nos filmes de Indiana Jones), antes camuflados pela definição menos apurada dos VHS. Mas não que a famosa "magia" se perca... as cenas com "stop-motion", continuam com sua "imperfeição que a gente finge que não nota", e chegam a dar saudades do cinema pré-computação gráfica: vide a lendária "viagem" de Watson, sendo atacado por milhões de docinhos com olhos, braços e pernas. Muito fofo e muito engraçado.

"O Enigma da Pirâmide" também pode gozar de um título que ninguém tira: foi o primeiro filme a utilizar computação gráfica da história do cinema - isso eu ouvi da boca do próprio Spielberg, num desses documentários sobre os Cem Anos de Cinema. A cena, em que um padre é "ameaçado" por um guerreiro que salta do vitral da igreja é impressionante até hoje. E me lembro claramente, na época, que fiquei bolada, tentando imaginar como aquilo poderia ter sido feito. Agora, vejo, modestamente entre os créditos, quem foi o responsável por aquilo: cortesia de PIXAR Animation Studios! Ou seja, Homens-Aranha e Harry Potters, agradeçam a Sherlock Holmes! :oP

Outra curiosidade acerca do filme é sobre o título. O original em inglês ("Young Sherlock Holmes") teria sido modificado para "Pyramid of Fear" porque os produtores não queriam que o filme fosse encarado como uma comédia - a exemplo de outro filme que tinha saído na época, "O Jovem Frankenstein", de Mel Brooks. Inclusive, na embalagem da VHS original que temos aqui em casa, o nome da lombada é "A Pirâmide do Medo", ugh! Provavelmente acharam que o nome de Holmes no título atrairia mais espectadores, e mais tarde reassumiram o nome original, mais conveniente. O nome em português sempre foi o mesmo, que eu saiba.

Ah, e sobre o que é o filme?? Para quem não teve infância e não sabe, trata-se de um interessante "E se...", de como seria se Holmes e Watson tivessem se conhecido no colégio, e conta a primeira aventura que enfrentam juntos - e também na companhia de uma doce mocinha, namorada de Holmes - onde acabam se deparando com uma macabra seita egípcia assassina (olhaí o aspecto trash da trama,para quem queria saber, hehehe). Resumindo, o filme dá origens a todos os aspectos míticos do personagem de Conan Doyle: porquê ele usa aquele chapéu, fuma aquele cachimbo, usa aquele capote quadriculado, não se envolve com mulheres... além de nos apresentar ao seu arquiinimigo Moriarty de forma divertida no final-surpresa-pós-créditos (que também foi o primeiro que vi na vida, e desde então, vejo TODOS os filmes até o final dos créditos para não perder nada), e de fazer uma rápida brincadeira com a famosa frase nunca dita: "Elementar, meu caro Watson". O único porém do DVD é a falta de extras, não tem nem umzinho!!

Para terminar, sei que é um sacrilégio para os fãs mais exigentes do personagem original, mas desde que comecei a ler os livros de Conan Doyle (isso lá aos 14 anos), só consigo visualizar Holmes e Watson como uma versão envelhecida dos atores do filme...melhor do que imaginar o maluco fantasiado com quem tirei uma foto na porta do museu Sherlock Holmes, em Baker Street, hehehe...



domingo, setembro 12, 2004

Fumando maconha ouvindo Graham Coxon

MÚSICAS DO DIA: "Blue Jeans", "Clover Over Dover", "Chemical World" e "Es Scmecht". Todas do Blur.Algo me diz que o dia em que escreverei aqui sobre o Blur está chegando...

Hoje, que estou solteira, aproveito para botar esta bodega em dia... :oP Ou você achou que eu iria cair na night de Petró?...

Porque sem polêmica não há revista!!

Não adianta. Certos filmes, por mais malhados pela crítica que sejam, sempre nos aguçam a curiosidade em vê-los. Às vezes, alguns até são bons - mas me sinto uma idiota quando vejo que alguns são bem fraquinhos. E bem que me tentaram me avisar... :o))

É o caso de "Ken Park", de Larry Clark.

Podem me chamar de recatada, mas tenho sérias restrições quanto a sexo e violência na tela. E digo isso porque um de meus filmes prediletos de todos os tempos trata-se das peripécias de um certo jovem e suas atividades favoritas: estupro, ultraviolência e Beethoven. Odeio quando são mostrados de forma gratuita. Acho que é um disperdício para o cinema, que pode basear-se nas sutilezas e metáforas e tais, não como forma de censura, mas como exercício de estilo (nossa, o que foi isso que eu disse? :o)) ).
Então, com cenas de sexo explícito (sim, com closes) e violência desenfreada Larry Clark parece querer criar polêmica a troco de nada, com a desculpa-mais-que-esfarraparda de retratar o "mundo cruel" em que vivemos. "Tiros em Columbine" (e, provavelmente, "Elefante", que eu ainda não vi) se saiu melhor questionando o que está errado nesse mundo que cria crianças capazes de se matar, matar terceiros e fazerem tantas outras atrocidades - aparentemente "sem motivo algum". "Ken Park" também derrapa em querer empurrar a culpa aos pais - "Aos Treze" deixa claro que tem muitos pais gente fina que não fazem idéia dos filhos que têm, só pra dar um exemplo que chega a ser ingênuo. Em "Ken Park", os pais são homofóbicos, violentos, estupradores, fanáticos religiosos, tarados e por aí vai.

Como disse o Patrão ao me passar o DVD, o filme talvez fosse a festa para a gente se tivéssemos 14 anos de idade - e ainda tiraríamos onda de "espectadores de filme cult". Se bem que, eu tinha 16 anos quando vi "KIDS" (do mesmo diretor) e achei a mesma coisa: uma bobagem. Não disperdice $$$ na locação, pegue "Aos Treze", que é bem melhor!! :o))

... ri a velha Patroa, dando uma piscadela bem-humorada.

Me foge à memória sob que circunstâncias "A LIGA EXTRAORDINÁRIA, volume II" fora concebida, entre os anos de 2002 e 2003. Mas, gosto de imaginar que, só para deixar os responsáveis pela franquia cinematográfica mais irritados ainda,os Srs. Alan Moore (o autor, gênio e pessoa que tem todo o meu respeito) e Kevin O'Neill (ilustrador responsável pelo maravilhoso visual dos incríveis agentes de Sua Magestade) conseguiram criar uma história mais "infilmável" que a primeira.

Correção: "A Liga Extraordinária, volume I", não canso de dizer, tinha tudo para virar um filmão. Pena que modificaram toda a história original e virou aquela maçaroca. E acredito que isso não tenha sido de agrado aos autores, que ao mesmo tempo emque fizeram uma história mais curta e com menos reviravoltas que a primeira, ousaram muito mais. Ou você consegue imaginar sendo filmada uma cena de sexo entre Sean Connery e Peta Wilson? No gibi, o romance entre os aventureiros Mina Murray e Allan Quatermain deslancha sem pudor algum. Isso sem mencionar o improvável estupro de um dos integrantes da Liga, por um de seus colegas, e a Inglaterra quase indo pras cucuias antes mesmo de chegar à metade da história... nem digo mais nada para não entregar as supresas.
Resumindo, a história de uma invasão alienígena em 1898, e os curiosos recursos que eles usarão para combatê-los, com o bom-humor e espírito "trasheiro" que já era de se esperar - e com o auxílio de mais uma figura da literatura fantástica no meio do caos, que também não digo aqui pra não perder a graça, hehehe...

Mas tem um preço a pagar. O primeiro volume (quando tinha o nome ainda mais carnavalesco "As Aventuras da Liga Extraordinária") saiu nas bancas pela Pandora em 2001, no formato de 3 gibis (2 capítulos por gibi), e tinha preço de gibi. Agora, a Devir lançou ambos os volumes em encadernações caprichadas, porém, que fazem as livrarias torná-los mais caros que muito livro por aí. O Volume II apresenta extras bem divertidos como passatempos, joguinhos e desenhos para colorir, além de outra pérola: "O Almanaque do Novo Viajante", um "compêndio" (e quando falo nos "Compêndios" que vêm nas histórias de Alan Moore, trata-se quase de um livro dentro do livro - o que veio em "Do Inferno" até hoje eu não consegui terminar de ler, para ter uma idéia) com descrições de aventureiros em busca de lugares pitorescos, tendo aqui histórias de pessoas que foram de Xanadu e Shangri-Láaté o País das Maravilhas (gostaria MUITO de ler uma versão de Moore para as histórias de Alice, só de ler uma rápida manção aqui eu quase tive um treco de tão boa que ficou). Pior é que agora fiquei de olho comprido na versão encadernada do primeiro volume também, que tem historinhas inéditas e outras coisinhas. Quem sabe?... ;o)

P.S.: E o que o título do post tem a ver com isso tudo? Nada, foi só para chamar a sua atenção... :oP

quarta-feira, setembro 01, 2004

MISH MASH

MÚSICA DO DIA: "Olha o Gato", Demônios da Garoa. Agora, só quero saber de ouvir os Demônios e o Ferdinand, hehehe.... "Miau, miau!!"

Tá difícil mesmo de manter uma vida interneteira agora. Dois dias por semana tenho que acordar às 6 da manhã, e dois dias tenho que acordar às 7, para poder estar na sala e aula e no estágio nos horários estipulados. Só que tenho um problema: eu PRECISO do meu sono de beleza! Por mais frescura que pareça, é só eu dormir menos de 10 horas por dia para acordar com olheiras de assustar o Vincent Price. A solução, então, é ir dormir logo que o sol se põe (brincadeirinha: mas acho dormir antes das 11 da noite MUITO cedo, um absurdo) ou cochilar à tarde e se sentir uma verdadeira preguiça. Assim, eu que costumava conectar após à meia-noite, por ser mais barato, prefiro nem conectar mais. Ah, e usar computadores nos finsde é fora de cogitação para mim - a não ser em emergências.Aliás, o drama continua com o meu computer que tá pirando da batatinha mais uma vez. Sem motivo algum, ele resolveu não ligar mais de primeira, e preciso reiniciá-lo sempre para conseguir abrir o ruindows. Alguém aí sabe que diabos pode ser isso?? Alôô... De qualquer forma, essa bobagem me deixa cabreira na hora de ligar o comp, morro de medo que essa possa ser a última vez que ele esteja ligando, e que da próxima eu perca - mais uma vez - tudo o que tenho nesse HD. Meda... :o/

Nasce mais um clássico aqui em casa. Meu irmão, Wiz Kid, fanático por Faith No More e que não dá muita trela às novas bandas de roque (mas gostou do Franz, hehe), é assumidamente um dos maiores quiquilheiros de computadores alheios que conheço. Ou melhor, de qualquer coisa que possa virar arquivo de computador. Encontrei em seu PC vários mp3s, tudo que ele copiou dos computadores de onde estudava (será que é só na minha faculdade que é proibido baixar músicas e filmes??). Com discurso semelhante ao de um obsessivo, ele guardou tudo para "caso um dia precisasse", mesmo sabendo que ele não usaria nada daquilo, pois o povo que estudava com ele tava mais para Jovem Pan que para Mike Patton. Achei por lá uma pasta com mais de 100 clássicos da dance farofa, dos anos 90 até hoje!! Claro que, para desespero de meu irmãozinho, fiquei alugando seu PC (e seu ouvido) passando por quase todas as faixas - algumas realmente eram tão ruins que nem eu aguentava e acabava pulando. Mas tinha 20 Fingers, Masterboy, AB Logic, 2 Unlimited, Twenty Four Seven, Double You, Haddaway, Gala... para citar os nomes mais "conhecidos". Nem preciso dizer que ri de montão, ainda mais ao descobrir que ainda me lembrava de algumas das letras (sim, como utilizamos mal nossa preciosa memória!)! O melhor de tudo é que juntando com outras mp3 de farofada que eu já tinha baixado (que não era pouca porcaria... era MUITA porcaria! :oP) dá um CD pra ninguém botar defeito! Já até sei de pessoas que estariam interessadas nessa minha coletânea de clássicos perdidos!...
O único problema é que o CDRW que meu irmão gravou para mim deu defeito, e eu não consegui passar todas as músicas para o meu HD e deixá-las todas na mesma pasta. Ao menos, consigo ouvir algumas faixas no discman. Não foi totalmente em vão...
Engraçado é que nesse CDRW também tem alguns mp3 (6 pastas, na verdade) de Chico Buarque, um emulador e milhões de jogos de Master System (inclusive Out Run, um jogo do Asterix, e Land of Illusion, do Mickey, jogos os quais eu era fã e não conseguia arranjar em lugar nenhum). Não é à toa que o CRDW deu defeito, ele era pequeno demais para essa gente toda... :o))
Só espero conseguir passar tudo para o meu HD logo - e que ele, de preferência, não exploda de vez também com tamanha... variedade.

"This is what I am, I am a man/ So come and dance with me Michael"

Depois de 1 mês ouvindo por todos os cantos a "mídia" e "pessoas interessantes" em geral se lamuriando pelo episódio final de "Sex and the City", confesso que fiquei com implicância com os "fãs" da série. Nada contra a série (até que é legalzinha), mas duvido que o seu fim tenha tido mais comoção que o final de "Friends" ou "Seinfeld". Só que, como é uma série que passa num canal da Rede Bobo, então o último episódio tem que ter proporções catastróficas dignas de final de novela. Bobagem.
Mas confesso que já estou triste com o final de temporada de "Queer as Folk". Mesmo sem o impacto inicial (já se vão 4 temporadas), ainda é uma de minhas séries preferidas - se não é A preferida dentre as que não acabaram ainda. Só o fato de não ser mais uma série passada em Nova York me é um alívio. São pessoas lindas e maravilhosas, mas que ainda assim se preocupam com as contas a pagar; não são "mulherzinhas", mas não perdem a doçura jamais; sofrem as agruras de morar fora da "metrópole" (até parece eu, hehe); não perdem tempo mostrando para o público o que é "in" ou não; têm mais defeitos que qualidades, e por isso são personagens tão bacanas. É até difícil para mim escolher um personagem favorito: Emmett, com otimismo e atitude inabaláveis; Michael, com sua nerdice gibitesca; Debbie,que é tudo o que eu queria ser quando crescer (com mais ruivice e menos quilinhos - já estou fofinha demais no momento, hehe); e Brian, que todos temos um pouco dele em nós; e por aí vai. Cedo ou tarde, acabo me identificando sempre um pouquinho com todos eles.
Enfim, é uma boa série, sem hype e sem fã-clube afrescurado. E olha que é série gay... ;o)



quinta-feira, agosto 26, 2004

AAAAAAAHHHHH...
eu quero ter TEMPO para escrever aqui!!!...

... pra compensar, já terminei de ler Édipo Rei, estou no meio de O Restaurante no Fim do Universo, ouvi no rádio a nova música do R.E.M. (bem bonitinha, como era de se esperar), fiz os deveres de casa, estou quase tendo um treco porque a Orchestra Morphine vai tocar em Ouro Preto em setembro e, sim, continuo ouvindo muito Franz Ferdinand...

Boa noite!

quarta-feira, agosto 18, 2004

SOU SÓ MAIS UMA PARA REFORÇAR O CORO... droga!

"how you'd have a happy life/if you did the things you like..."

Eu não presto.
Como se não bastasse ser uma eterna estudante sem uma pataca no bolso, ainda não consigo manter o pouco que tenho, para gastarem coisas realmente importantes - como um novo HD pro meu computador, que já está com os dias contados, por exemplo...Mas, não!
E lá fui eu torrar tudo com a profana tríade consumista livros-CD-DVD. Amém!

E acabei comprando um CD que estava na lista há um bom tempo, mas que eu nunca que comprava, porque sempre aparecia outra coisana frente que eu TINHA QUE TER!!! :oP

Também, porque estava enrolando propositalmente. Estou ficando uma velha, no sentido musical - porque, de resto, eu já era mesmo. Velha no que diz respeito a bandas novas. Até a pouco tempo atrás era "the more, the merrier" - que venham as bandas novas, quero conhecê-las todinhas - nem que seja apenas para malhar. Atualmente, desconfio de todas até que seja provado o contrário.Quer dizer, nem sei se essa seleção toda é rabugice ou falta de tempo em conhecer todas ou a crise dos CDs caros! Porque, vaique eu gosto da banda, aí vou gastar $$$ em CDs, TEREI que saber TUDO a respeito da banda, vou querer ir à shows que não acontecerão aqui, mas que ao mesmo tempo acho que já não tenho mais pique para xou mesmo... aaaah, uma neurose só!!
E, cá entrenós, não tenho mais 14 aninhos para ser tiete de alguém :o/
Inclusive, acho que estou tão velha que estou ATÉ conseguindo me segurar! Já botei na minha cabeça que a coleção do Mansun, só quando eu for à Inglaterra. Isso porque espero voltar lá um dia... :o))

Pra resumir a novela, desde que os Strokes apareceram, confesso que me fechei pro resto, como disse, de propósito. Porque bem sabemos que muito do que faz a banda é o marketing mais que a música. Os próprios Strokes, quando conheci eram ainda meio udigrudi - e de repente, vejo cartazes do "Is this It" em todos os pontos de ônibus do Rio de Janeiro, sendo empurrados por nossa goela abaixo, e eles nem precisavam disso. Pombas, eles são os Strokes! São caras legais com músicas legais!!

Assim, leio tudo quanto é revista-site-jornal de música, seleciono o que posso um dia gostar, até baixo algumas músicas... mas só compro o CD de algo que realmente valha a pena. Grande parte das bandas surgidas desde então - algumas, até legais -conheço porque tenho baixada no meu comp (thanx ao Patrão, que baixava "sem-vergonhosamente" pela conexão a rádio do trabalho). Mas nada que tenha me arrebatado de vez.

Estava para comprar o CD do Franz Ferdinand desde nem me lembro mais quando - já faz um tempo desde que li algo a respeito deles pela primeira vez. A verdade é que "fui com a cara" do nome da banda (o Interpol comigo tb foi assim), aí gostei da capa do CD, simplesinha - todos já sabem que nunca me desaponto com bandas de boas capas -, baixei uma música (o hit "Take me Out") e não baixei mais nada - pq não baixo nada que eu saiba que um dia vou comprar. Vi 2 clips (da supracitada e de "The Dark of the Matinée", e gostei de ambos - parecia que eles ritmavam as imagens com as músicas - mas pode ser viagem minha tb, hehe). Pra completar, eram escoceses (não são "ingleses", mas pra mim é tudo igual :o) ) e se vestiam como velhinhos!! OOOOooohhhh.... gamei!

Então, domingo passado finalmente tomei posse do début dos caras. E não é que achei ótimo?

Nem que fosse só por "Take me Out" (o roquinho que do nada vira uma música que os Talking Heads esqueceram-se de gravar) e "Matinée", que são muito boas, mas o CD mesmo assim foi uma surpresa. Muito divertido, com punch e até mesmo imprevisível (adoro essas músicas "inconstantes" que começam de um jeito e terminam de outro, ou que começam de um jeito, muda no refrão e depois volta, como se nada tivesse acontecido, hehehe). Fora que isso foi a deixa (já tinha reparado nas outras músicas, mas...) para me apaixonar pela voz do vocalista de vez! Uma mistura do sarcasmo do Mark Mothersbaugh (do Devo) com a paranóia do David Byrne (no Talking Heads)... E a música, é bem retrô (sim, 20 anos já é velho): batidas disco, um roque aqui, um pouquim de punk ali, e MUITA new wave (só ver com quem a voz do cara remete, não?) na bagagem.
Confesso que desde domingo que não consigo deixar de ouvi-los. E a cada dia vou gostando cada vez mais, e de mais músicas. Domingo eram os "hits" e "This Fire"; ontem foram "Auf Achse", "Jacqueline", "Darts of Pleasure"... e hoje, já ouvi o CD umas 10 vezes seguidas em casa (enquanto lia Freud!) e no discman indo para a aula (engraçado, as batidas "marchadas" deles combinam com o ritmo de minhas passadas que é uma beleza! Dá até para fazer "clips imaginários", hehehe). Não me lembro quando foi a última vez em que ouvi tanto um CD num curto espaço de tempo. Aliás, acho que já ouvi o FF mais vezes nesses 3 dias que o "Room On Fire" desde que o comprei. E olha que eles são... OS Strokes!! :oP
Aliás, só me lembro de mais uma pessoa que ouviu umas 10 vezes seguidas o mesmo CD: o meu saudoso irmão, com o meu blue album, do Weezer há 8 anos atrás!! Espero que seja um bom presságio...

E o mais engraçado é que, no momento em que escrevo, não sei mais absolutamente NADA sobre eles - nomes, quem toca o quê, quem canta, quem escreve... Mas, provavelmente, quando você ler isto, já estarei mais por dentro de qual é a deles...

...Porque, cá entre nós, acho que acabei virando tiete.
:o))



sexta-feira, agosto 13, 2004

Trilha sonora do dia: "I Like You", Morrissey. Sim, eu também viciei...

Em Petrópolis, 6°C. Frio, não?

INUTILIDADES

O mais engraçado do orkut são as comunidades específicas formadas pelos usuários desta rede social interneteira. Eu, claro, já me associei a várias, nem que fosse para responder um tópico qualquer apenas e depois abandonar a comunidade... :oP

E, como se não bastasse encontrar as comunidades mais excêntricas da net num lugar só, acabo lendo as "notícias" mas estapafúrdias relacionadas à minhas figuras de apreço. Por exemplo, na comunidade de fãs (fundada por um cara, mas formada em grande maioria por mulheres, claro) do John Cusack, descobri que lá fora há uma grande campanha para que ele concorra à presidência dos EUA!! Idéia essa que ele descarta bravamente, implorando aos fãs que desistam de tamanha idiotice. A mulherada, mesmo assim, nem liga para o apelo do mocinho, e insiste em dizer que seria melhor vê-lo com seu rostinho bonitinho dando pronunciamentos na TV a ver qualquer outro político mala...
Imaginem só, o eterno Rob Gordon, presidente...

Outra notícia incrível foi descobrir que alguma criatura deveras curiosa resolveu fazer (e outras criaturas idem resolveram atuar nela) uma versão MUSICAL da série Evil Dead !! Pior é que achei a idéia genial (só as fotos e musiquinhasdo site já deixam bem claro qual é a do "espetáculo"), e fiquei morrendo de invejinha de quem vai poder ver, podendo inclusive escolher entre sentar ou não na frente e pariticpar do banho de sangue!

Agora é isso e a sessão da meia-noite de Rocky Horror Picture Show a caráter que ficarão na minha lista trash de desejos irrealizáveis... droga.
:o))




terça-feira, agosto 03, 2004

"MINHAS FÉRIAS"

Hoje, primeiro dia de volta às aulas e ao estágio, acordei com uma inflamação de garanta, além da velha coriza e do mal-estarque estes trazem (e que, pelo que tudo indica, parecem que vão piorar no decorrer da semana). Parece até mesmo papo de preguiçoso,mas a verdade é que ainda bem que fiquei mal logo que as férias acabaram, uma vez que foram tão curtas... porém, bem aproveitadas!


Como todos já sabem, o frio imperou por aqui - o que gostei muito, deu pra usar um pouco de minha coleção de casacos de brechó e tals. E só consegui "gribar" agora!! Finalmente minhas resistências estão aumentando!! :oP

Eis o máximo de filmes que pude espremer em minha agenda, tanto inéditos como reprises, em cine e em DVD: "A Vingança de Willard" (divertido, como qualquer filme que tenha George McFly no elenco); "O Agente da Estação" (Muito bom!); "Encontros e Desencontros" (de novo!! e de novo!!); "Hora do Espanto" (cláááássico); "O Iluminado" (o do Kubrick, dispensa cometários); "Pantera Cor-de-Rosa" (Clouseau!!); "O Dom da Premonição" (da promoção do jornal, mas é Sam Raimi); "Leis da Atração" (como qualquer comédia romântica, mas sou fã da Juju Moore e acho o Pierce Brosnan gente fina, então sabe cuméquié); "Garfield" (que achei mais divertido do que esperava, ainda mais com um cinema lotado de crianças risonhas - impossível não rir de e com elas); "BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS" (Michel Gondry, meu diretor de clips favorito, fez bonito nesse filme! Fora que, sim, sou fã do Jim Carrey e da Kate Winslet. Esse, quem sabe ganha um post próprio logo, logo); "ED WOOD" (minha DVDteca acaba de ficar mais feliz: um de meus filmes favoritos de todos ostempos chegou!!); "Núpcias de Escândalo" (Katharine Hepburn+James Stewart+Cary Grant+George Cuckor=clássico); "Levada da Breca" (Hepburn e Cary Grant voltam aqui, numa das mais famosas "screwball comedies", também clássica!); "Waking Life" (finalmente o vi, e é realmente muito bom); "Donnie Darko" (outro filme muito bom, e com uma interessante trilha '80s - qualquer filme quetenha já na abertura "The Killing Moon" já me conquista); "Fahrenheit 9/11" (não tão bom quanto "Columbine", mas é bom!).

Com o patrão inserido no teatro, nada como frequentá-lo de vez em quando: "Medéia" (belo espetáculo, e o primeiro clássico grego que vejo na vida. Sério!); "Tartufo" (e esse foi o meu primeiro Moliére. Sério!! :oP e também minha primeira "oficina de teatro", hehe); mas o prêmio Miss Simpatia vai pra peça "Geringonça", que em forma de revista (vaudeville? musical? sei lá) fala sobre o ano de 1908 no Rio (já sabem que me amarro em "velharias cariocas"), Arthur Azevedo (sabiam que ele era irmão de Aluísio Azevedo? Eu não), Machadão de Assis, a chegada da Eletricidade, a Exposição Nacional de 1908, a Avenida Central e a Rua do Ouvidor.Fora o fato que tem um amigo do patrão no elenco, em participação especial (mas estou fazendo propaganda por conta própria, tá?).Sem profundos dramas existenciais, mas muito divertida. Destaque para a Dupla Caipira Cubista e a Orquídea do Jardim Botânico.

CAUSOS MINEIROS

Vira e mexe estamos indo para Tiradentes, MG. É uma cidade histórica que ainda não perdeu seus encantos e não se mete deser Cidade Grande sem ter estrutura para tal - como é o caso de nossa querida Petró. É bonita, com boa comida e bebida, além de ter uma das lojas de roupas mais legais que conheço: http://www.lojaavemaria.com.br. Quando fomos entrar na pousada em que iríamos passar a noite, a moça que toma conta da casa tinha ido almoçar - e trancado a casa! Ficamos um tempo esperando do lado de fora para ver se ela apareceria, até que chegaram uma mulher com sua filhinha, que também estavam hospedadas lá, mas também não tinham a chave da porta principal. O Patrão pulou a janela da pousada e foi atrás do quarto da senhora, para chamar o seu marido e ele abrir a porta para todas nós. Depois de todos entrarem, batemos um rápido papo com a família (que também tinha um menino, parecia um pouco mais velho que a menina, e estava munido de um inseparável iô-iô) e acabamos descobrindo que eles moravam em Petrópolis também! Ainda no primeiro dia, andando pela cidade, topamos com o Haroldo, baterista do Skank. Falamos apenas "Oi"e ele respondeu com um simpático "Oi, tudo bem?". No segundo dia, na mesa do café o casal de Petró (eles, não nós) recomenda que almocemos num restaurante de comida caseira maravilhoso em Bichinho. Pelo que entendi, o lugar com o nome mais bacana que ouvi ultimamente é um destrito de Tiradentes (como Itaipava é para Petrópolis), meio que escondido entre as fazendas, os bichos e a estrada de terra que nos leva até lá. Fomos conhecer esse tal destrito de Bichinho. O restaurante, uma beleza. Na casa de uma senhora, a gente entrava em sua cozinha para se servir de uma maravilhosa comida feita em fogão à lenha. Pagava uma quantia - pequena - para comer à vontade. Não precisa dizer mais nada. E, logo que entramos o restaurante, eis que o baterista do Skank entra também, com esposa e amigos, e nos cumprimenta mais uma vez. Almoçamos ponderando se o Patrão deveria ir lá conversar com o cara ou deixá-lo em paz. Saímos, demos mais uma volta no lugarejo. O Patrão resolveu arriscar, foi ao carro e pegou o CD "Cosmotron" (aliás, um bom CD - apesar de eu concordar com o meu boyf que "Vou Deixar" é a "Whisky a Go-Go" da década :oP ) em seu case e foi tentar encontrar o Haroldo "por acaso" mais uma vez. Batemos um bom papo com ele, que foi super simpático conosco e deu até email para contato. E o Patrão, todo feliz com o seu CD autografadão.


Ainda por lá, paramos em lojinhas artesanais e tiramos foto num carro-de-boi. Coversando com uma moça, dona de uma das lojinhas da área, descobrimos que ela era uma carioca que se mudou para Petrópolis e que agora se mudou para Bichinho e de lá nãosai de jeito nenhum. Quase que me deu vontade de fazer o mesmo, mas ainda tenho coisas a fazer no meu Rio natal e em Petró...Pelo jeito, não sou só eu que me sinto perdida nesse cidade-meio-termo. Mas ainda gosto daqui.

...english heart

Aproveitando um desses milagres que fazem os donos de megastores baixarem o preço de CDs (continua caro, mas menos que antes) ganhei da mamãe o novo CD do Morrissey (que ela mesma estava curiosa para ouvir, depois de ler tantos elogios em jornais etc). Ainda não barrou em minha preferência o lindo "Southpaw Grammar" (que além de bom tem motivos sentimentais envolvidos, coisa que para o novo CD só o tempo dirá), e nem acompanhei tanto a carreira solo de Moz para comparar a outrosCDs - mas "You are The Quarry" é realmente muito bom. O que me impressiona é a simplicidade das coisas - é o velho Moz de sempre, mas suas canções não soam repetitivas ou datadas, apesar de simples. As músicas são inéditas, mas têm a sensação de "sentir-se em casa" quando as ouço, como se fosse um dos antigos CDs de minha coleção. Até o patrão ficou fã do CD - "The First of the Gang to Die" é a favorita dele - e também destaco "America is not the World","Irish Blood, English heart", "How can Anybody Possibly Know how I Feel?" (é a mais com cara de música do Moz que eu gosto, pela sonoridade - gosto da guitarra desta), "Let me Kiss You" e "I Like You". Fora que, não canso de repetir, como Moz ficou um coroa bonitão - principalmente se compararmos com o magrinho perturbado do tempo dos Smiths... Na capa, de Thompson na mão (thanx brother, pela "info armamentista") com o visu de gângster, de risca-de-giz, sempre aprovadíssimo pela detetive aqui.


Por outro lado, o CD de Graham Coxon (ex-guitar do Blur) não me mostrou ainda a que veio. E nem adianta pensar que é dor-de-cotovelo, pois ele sempre foi o meu integrante favorito. Muito pelo contrário, mais parece que todos resoleram falar que "Happiness in Magazines" é isso tudo só porque ele faz coisas que o Blur fazia na década passada, e que os fãs não conseguem admitir que o Blur não pode continuar tocando Parklife o resto da vida. Graham tem umas boas canções, mas nada que tenha me "pegado de jeito" ainda, e já comprei o CD há um tempo. Fora que o hit "Bittersweet Bundle of Misery" é chupadão de "Coffee & TV", do Blur - ao menos, era uma música escrita e cantada pelo próprio...
Ou seja, até agora, 1X0 pro Blur e suas "esquisitices musicais", que nem acho tão esquisitas como andam dizendo...
Mas ainda não fechei o caixa!! Quem sabe ainda o redescubro como um CD muito bom? :o)


domingo, julho 25, 2004

ESTOU DE FÉRIAS!!!!!
 
(Ou seja, os causos agora só pra semana, senão só no mês que vem...)
 
(... mas que o blogger deu um "improve" nesse tempo em que estive fora, ah isso deu!)


quarta-feira, julho 14, 2004

HANSON, MANSON, MOONSUN, MONSOON, MUSSUM

Num certo dia de 1994, se não me engano, estava no carro com minha mãe e o rádio estava ligado. Começou a tocar "Live Forever", e era a primeira vez que eu tinha ouvido aquela música na íntegra. Adorei a música, tinha aquela coisa insolente mas ao mesmo tempo emocionante - estas coisas que só o roque faz. Quando chegamos em casa, corri para o telefone para ligar para a rádio e perguntar quem cantava aquela maraviha: era o Oasis. Não entendi o inglês da locutora (aliás, naquele ano eu tinha acabado de reingressar ao curso de inglês, depois de tê-lo abandonado por um tempo), e perguntei como se escrevia - "Oásis".
Pois sim! Então tinha acabado de ouvir o primeiro hit dos tais "rivais do Blur". Dias depois vi o CD numa lojinha e comprei na hora, e descobri que, apesar de eles se compararem aos Beatles enquanto comparavam Damon e cia aos Monkees, o Oasis era uma banda legal! "Definitely Maybe", o primeiro CD deles, marcou época para mim (junto com mais 4 CDs do tal "Britpop" que, cedo ao tarde, serão mencionados aqui no blog, é inevitável) - foi trilha de alguns sábados à noite sozinha em casa pensando na vida, só porque eu tinha horror às minhas colegas do colégio, que achavam que frequentar o Picadilly (uma "boate" playboy daqui, não confundir com o Picadilly Circus, pelamordedeus!) era a coisa mais importante do mundo - isso dentre outros conflitos adolescentes... :oP
Uma pena que os tão "poderosos e malvados" Oasis tenham se limitado a fazer 2 CDs muito bons (o début e seu sucessor "What's the Story...") para depois só requentar o feijão-com-arroz que fizeram tão bem nestes dois. E, mesmo sem ouvi-lo há teeeempos, reconheço que o Oasis tem boas canções, sendo "Live Forever" uma das melhores. Inclusive, na versão teatral de "Alta Fidelidade", (baseada na bíblia de Nick Hornby) a peça terminou ao som dessa música (e com "Head On", do Jesus & Mary Chain), o que me emocionou bastante.

Mas quem já me conhece já sabe que dei essa volta toda para falar de outra banda que nada tem a ver com a história.

Outro dia tava com o Patrão no carro, e resolvemos ouvir rádio para variar o setlist. Começou a tocar uma música que eu adorava, e que eu tinha ouvido apenas algumas vezes no rádio (e uma vez na série "As If"), e que não fazia idéia de quem poderia estar tocando. Ironicamente, todas as vezes que eu a ouvi no rádio o nome da banda nunca era revelado (ou eu que não pegava, que seja). Quando eu já estava me preparando para ouvir a música pela última vez (até ter a sorte de ouvi-la no rádio novamente) ou quem sabe tentar pegar o nome da banda, o Patrão me lembrou que não estamos mais há 10 anos atrás e que se existe
algo chamado telefone celular.
Liguei para a rádio, mais uma vez - era a mesma rádio local que me deu o nome do Oasis, há-há-há. Um moço muito simpático me atendeu e finalmente acabou com esta incógnita na minha cabeça, que perdurava há anos insolúvel: quem estava tocando era uma banda chamada Mansun, a música era "Wide Open Space".

O cara falou o nome da banda como se lê em português, enquanto imagino que em inglês a pronúncia seja mais parecida com "Manson", o que pode confundir bastante. Assim, nem preciso dizer que lutei para encontrar a música para baixar - só encontrava "Monsoon",
do Robbie Williams! Até que tive o "click" e procurei com a grafia correta, e encontrei! Ainda assim, martelava em minha cabeça: "não é possível que eu não conheça essa banda, esse nome não me é estranho... mas de onde é que poderia conhecê-la??..."
De consolo, descobri que tinha uma música deles com o 808 State, na trilha sonora (legal) do filme (ruim) do "Spawn","Skin Up Pin Up", que foi hit entre os nerds daqui que tinham a trilha do filme.

De qualquer forma, adorei a banda, viciei. Todas as músicas que baixei até agora são muito boas, extremamente pop mas ao mesmo tempo com alguma coisa estranha, algum detalhe diferente. Além dos tão queridos vocais emocionados, sintetizadores estranhos e letras e nomes legais de músicas ("Stripper Vicar", "I Can Only Dissapoint U ('cause I Always let you Down)", "Anti Everything"). Tão boas que a então minha favorita, Wide Open Space, já foi rebaixada do Top 5.

Já li em algum canto que a banda até já acabou. De certa forma, sinto certo conforto com isso, é menos uma melhor-banda-dos-úlltimos-tempos, que não lançará mais CDs para eu ficar com vontade de comprar! :oP
Mas a tentação ainda é grande, de ir na amazon, sei lá, e gastar fortunas comprando toda a discografia deles (que não tem nada lançado aqui) -para apagar o fogo consumista, vou baixando o máximo possível, e veremos no que dá...

Gosto muito de conhecer bandas legais de formas diferentes da tradicional - no meu caso, o tradicional é conhecer as coisas através de revistas e jornais, e um pouco pela net e por amigos. MTV, tô fora - não tenho paciência para ver um monte de clips esperando aparecer algo bom... E quando se é apresentado a uma banda que consegue algo mais que uma música muito boa, é uma satisfação sem igual. É pensar "nossa, que bom que conheci esses caras...".
Ah, essas coisas que só o roque faz... :o)

P.S.: Próximo capítulo, a incrível história de como eu conheci o Muse... :o)

terça-feira, julho 13, 2004

SABE QUANDO?...

... Você tem um monte de idéia legal para escrever, várias coisas bacanas, mas quando senta para escrever não se lembra de mais nada ou simplesmente fica com preguiça de escrever???

Pois estou assim, agora.


quinta-feira, julho 08, 2004

ANTES TARDE DO QUE NUNCA...("tanto bate até que fura!!")
ou "Pobre Pedro Prado!"

Esse pessoal do cinema grigo é fogo na roupa. Depois que o título de "X-Men 2" foi reduzido para "X2", imaginei que ninguém mais conseguiria repetir a façanha, quiçá reduzir ainda mais o título de um filme! Até que eu vi o teaser de "Homem-Aranha 2", onde apenas aparecia o número "2", com umas teias de aranha no fundo. Era só isso, e já dizia tudo. Eles não perdem tempo mesmo!! :oP

Antes de eu dizer qualquer coisa, e uma vez que isto aqui trata-se de um blog (ou seja, seria para falar sobre euzinha aqui antes de mais nada), tenho que situar os leitores para que saibam qual é a desse post aqui.
Até os 13, 14 anos de idade, gibi para mim era Mauricio de Souza e as graphic novels e Moebius do meu pai que lia escondida. E na TV, heróis eram os Superamigos, Clark Kent e o Adam West - DC, no geral. Foi quando, então, a Marvel chegou à TV aberta com o desenho que formou toda uma nova geração de fãs: o toon dos X-Men. Eu e meu saudoso irmão viramos fãs, e ele não hesitou em revirar tudo quanto era sebo da cidade e do estado e em busca de todos os gibis mutantes que tinham sido publicados até então. Eu, claro, fui na rebarba e lia tudo o que aparecia pela frente - se bem que ainda mantinha a preferência
pelas "novels" aos formatinhos...
Ainda assim não era o bastante. Chegou a TV por satélite aqui em casa, e então fui apresentada ao mais pop herói "solo" criado por Stan Lee: era o desenho d'O Homem-Aranha que passava na Fox (nem tinha "Fox Kids" ainda). Me apaixonei de vez. Ele não tinha a seriedade dos alunos de Xavier - as famosas piadinhas que fazia enquanto detonava os inimigos me pegou, ao mesmo tempo em que tinha toda a pinta de 'loser'. E pra terminar, convenhamos, ele até que era bem gatinho para um desenho animado. E gatinho-nerd! :oP
Meu irmão, que já estava atrás de tudo quanto era lançamento Marvel, acabou comprando vários títulos do Aranha pelas histórias que se entrelaçavam e tal, e continuei lendo tudo. O apogeu dessa época se deu quando vários grupinhos de leitores da cidade acabaram transformando-se num grande e único grupo. Isso eu tinha 16 anos e tinha (e adorava) o apelido de Mary Jane Watson - principalmente porque MJ é uma ruiva bonitona, e a única coisa que eu tinha em comum com ela era o cabelo vermelho... :oP - apesar de ao mesmo tempo namorar um certo vigilante de Gothan City... Me dei bem, né? :o))

Então, fui uma fã "retardatária", que não pegou a "fase clássica": peguei o Venon, o Carnificina, os games... mas nem por isso gosto menos do Peter ou mereço menos respeito! :oP Assim, vamos aos filmes.

Vi o primeiro filme do Aranha umas 7 vezes - e devo ver mais ainda, já que só agora comprei o DVD do filme, versão tripla, claro. Não por ele ser uma obra-prima cinematográfica ou coisa do gênero - ele é infantil até, o Duende Verde que mais parece vilão dos Power Rangers que o diga - mas é honesto, bem feito, e passa o tempo que é uma beleza (tanto que a maioria de vezes que o vi foi enquanto zapeava e não tinha nada melhor na TV). Enfim, ele é bem no clima heartwarming: é agradável,
descompromissado, mas feito do fundo do coração por pessoas que gostam de gibi - mesmo que por trás do filme tenha uma campanha de marketing absurda feita pra acabar com a mesada das criancinhas... e o salário de alguns adultos.

E finalmente sai o segundo da série. E, sim, ele é muito bom. Melhor que o primeiro, sem dúvida! Como sempre, não gosto de contar detalhes do filme aqui, então vou me conter.
Mas, se no primeiro era necessário apresentar personagens e fazer as cerimônias de praxe, aqui há mais liberdade, muito mais humor - mas não "patetices"; efeitos especiais cada vez melhores, que vemos que estão lá, mas não chegam a poluir a vista (como por exemplo, hum, em "Matrix Reloaded"); um vilão/perturbado/corrompido bacana (destaque para a franjinha desordenada que Doc Ock adota quando fica malvadão, no lugar daquele cabelo cuia horrível do gibi); e um Peter Parker que continua com cara de pastel mas nem por isso deixa de ser charmoso - feito sobre medida para a MJ de Kirsten Dunst, que também tem cara de pastel e que mesmo assim é linda!
Como se não bastasse, tem algumas cenas já memoráveis (para mim, claro), especialmente a da sala de cirurgia, em que Sam Raimi faz clara ref(v)erência aos seus Evil Dead numa seqüência de dar vontade de chorar - quando o barulho da serra elétrica corta o silêncio, então... nem falo mais nada! E, se a cena dá saudades do velho Ash, eis que ele aparece numa pontinha (assim como foi no primeiro filme), aqui como de fato o único homem que surge no caminho de Peter e que o impede de fazer algo. Tem ainda a participação de Hal Sparks (o Michael Novotny, ironicamente um fã de gibis, em "Queer as Folk") na engraçadinha cena do elevador; Tia May numa cena de ação que eu bati palmas no cinema; e J.K. Simmons, cada vez melhor como J. Jonah Jameson. Ah, e nerd que é nerd tem que encontrar o Stan Lee no filme, não pode deixar passar... :oP

O final me deixou meio clima-de-filme-do-Batman (por motivos que não vou revelar, hehehe), mas ao ver de novo nem esquentei mais a cabeça com isso. O filme é bom, engraçado, tristinho - por enquanto, só perde em "barra-pesadice" para "X-Men 2", mas ainda estou pensando a respeito -, feito com emoção. Será que nesse eu bato o recorde de vezes assistidas?...
E que venha o terceiro!! ;o)



sábado, julho 03, 2004

E VOCÊ, JÁ VIU "HOMEM-ARANHA 2"??



Maiores comentários só semana que vem, quando eu já o terei visto mais de uma vez... :oP

Mas, claro que tenho que colocar aqui antes de mais nada a foto do meu amiguinho
Sam Raimi (diretor do filme): qualquer diretor de cinema que sai pra trabalhar nesses trajes sempre terá toda a minha admiração!... Isso sem falar em sua cara engraçada... mais parece uma personagem a ser criada. Eu quero um action figure do Sam Raimi, pra brincar de diretor de cinema!!!! :o))



TOBEY MAGUIRE E SAM RAIMI, em um set qualquer: Peter Parker e o discípulo de Hitchcock, style que só ele...

terça-feira, junho 29, 2004

Cary Grant, Britpop, McGregor e... Freud???

Se tem um cara por quem sinto grande simpatia é esse Sigmund Freud. Nem tenho tanta vontade assim de seguir os ensinamentos da Psicanálise após o término da faculdade, e atualmente meu estágio exige que eu siga a linha comportamental, que concluo também ser extremamente válida em alguns casos por motivos óbvios, motivos esses que quem sabe um dia explicarei aqui...

Para mim, Freud é uma tremenda de uma figura pop mesmo, e acho que quem já me acompanha por aqui há algum tempo sabe como é a minha relação de amor com o pop. Desde pequena eu já tinha a noção de que aquele tal do Freud "explicava tudo", mesmo sem saber qual era a do cara, como se ele já fosse parte do inconsciente coletivo - ironicamente, um dos conceitos que ele não aprovava.
Como se isso não fosse o bastante, Sig era um cara que não hesitava em mandar seus "colaboradores" para o inferno caso discordasse de suas idéias, ao mesmo tempo em que ouvia pacientemente o que seus clientes tinham a dizer, o que foi de extrema importância para o desenvolvimento da Psicanálise como vemos nos livros de história da Psicologia. Além de que Sig tinha senso de humor, como na sua famosa "aprovação" do trabalho da Gestapo, quando foi convidado a se retirar de Viena caso contrário iria rodar,
assim como várias outros grandes intelectuais da época (devemos lembrar aqui que despachar tanta gente boa apenas pelo fato de serem judeus foi um dos grandes "moles" de Hitler, bem feito!!!). Sig conseguiu partir para Londres, mas perdeu as irmãs no holocausto.

Muita gente considera a Psicanálise mais como uma corrente filosófica que uma maneira de se encarar a mente humana - o que não acho de todo ruim, mesmo porque cada um é cada um e cada profissional sabe que tipo de trabalho traz mais resultados etc etc. E, se Stephen Hawking "transformou a física em romance", com uns disseram, porque não Sig ser filósofo?
Mais uma vez deixo aqui claro que NÃO sou defensora da Psicanálise nem pretendo (no momento) me tornar uma estudiosa da área. O que escrevo aqui é apenas para mostrar uns porquês de ser fã de Freud enquanto figura histórica, e como nossas vidas estão
influenciadas por sua obra - principalmente porque, se ele estivesse vivo atualmente, acredito que ele teria já reformulado muita coisa, já que dependemos dos fatores históricos para entender a atualidade, né?...
Mas, resumindo: independente de ele estar certo ou não, podemos dizer que o cara era bom! Tanto que já se tem "neuropsicanalistas" que acreditam poder comprovar as teorias que Freud escreveu lá atrás através da neurologia.

Sem querer me estender muito aqui, podemos dizer que para Freud os sonhos seriam a maneira que arranjamos de vislumbrar desejos inconscientes, que não realizamos no aqui agora porque somos um bando de reprimidos (hehehe, já estou vendo professores reclamando de tamanha informalidade...). Só que esses desejos seriam tão insuportáveis para nos lembrarmos ao acordar que nos utilizamos de mecanismos de defesa para "embaralhar" ou editar nossos sonhos, de forma a ficar menos sofrível para nós de se lembrar ao acordarmos. Só que isso tem um preço: acaba que muitos de nossos sonhos não possuem pé nem cabeça. É aí que entra o terapeuta (mas depende, porque não é qualquer um que trabalha com isso), que com o paciente tenta dar uma forma, uma interpretação do que o inconsciente nos queria dizer através do sonho. E, uma vez que sabemos que todo mundo sonha todos os dias, quando não nos lembramos do que sonhamos, é porque foi um sonho beeeem "censurado" por nós mesmos, e que também merece "ser interpretado". :oP

No meu caso, é muito difícil me lembrar dos sonhos. Ou seja, devo sonhar coisas muito das sinistras!! :o))
Mas também devo dizer aqui que tenho uns sonhos muito bacanas, com hipóteses de interpretações mais legais ainda. Ou outros que mais parecem puro devaneio pop mesmo.
Dias atrás parei para conversar com duas amigas, também futuras Psis, sobre um elemento que muitas vezes aparece em meus sonhos: água.
E a intrepertação que recebi me foi de muito agrado - não vem ao caso dizer qual foi, não se preocupem pois não é nada demais! Mas foi interessante para me relembrar de alguns outros sonhos curiosos, que seguem abaixo:

* CARY GRANT: Insólito. Um grupo de pessoas em círculo olham para o chão impressionadas, algo sério parece ter acontecido. Tento me infiltrar na multidão para ver o que acontece, quando aparece atrás de mim nada mais nada menos que Cary Grant, também curioso para ver o que está acontecendo. O detalhe interessante é que todos nós estávamos coloridos, e Cary era em preto-e-branco!
Interpretação picareta: acho que vi filmes clássicos demais nessa vida.

* BLUR: Fã que é fã tinha que ter sonhado com sua banda favorita ao menos uma vez! O Blur estava no Brasil, na época do show que eles fizeram em 1999 (isso no sonho) mas o show era só para convidados, e eu não consegui convite!! Fiquei tristíssima, mas aí meu namorado (sim, o Patrão) conseguiu convites para nós, mas o show já estava mais que começado. Chegamos lá no final, e aí eu dei chilique, fiquei de costas para o palco, só ouvindo a música. Era algo como "se não tinha visto nada até agora, não quero ver apenas o final do show". Mas no final eu cedi e vi um pouquinho.
Interpretação picareta: Sou maluca, porque recusei ver um show, ou inconscientemente não gosto do Blur. Ou ambos. :o))

* BLUR 2: Esse sonho foi recente! Sonhei que encontrei Alex James (baixista) e Dave Rowntree (batera) tipo num bar, aqui no Brasil, e batemos um papo, pedi autógrafo e tal, coisa de tiete - e eles foram super gente fina, ainda mais que no sonho só eu que os reconheci. Depois apareceu Damon Albarn ("o dono da banda", hehehe) que também foi muito legal comigo. Interessante foi que no sonho Damon estava bem velho e acabado, bem como ele está hoje em dia; além de que Graham Coxon (ex-guitar) não apareceu
dessa vez, o que mostra que o Blur do sonho está em sintonia com a formação atual.
Interpretação picareta: O inconsciente é atemporal, mas não erra a formação atual de uma banda! Pode ser um caso de compensação pelo sonho anterior...

* SHOW DO SUEDE NA ESFINGE: Isso mesmo que você está lendo, eu estive num show do Suede, cujo cenário era simplesmente a Esfinge egípcia, e o show era no meio do deserto. Uau!! Aliás, tinha gente à beça no show...
Interpretação picareta: se isso não é o típico exemplo de devaneio pop, não sei o que é!

* ENTREVISTA COM EWAN MCGREGOR: Estava num cinema vazio, quando senta do meu lado o ator Ewan McGregor. Começamos a puxar papo e tal. Na época tinha visto "Peixe Grande", e comentei com ele como tinha gostado do filme, assim como tive que contá-lo que "Trainspotting" e "Velvet Goldmine" mudaram a minha vida. Lembro que eu pensava "Não posso perdê-lo de vista, não posso perdê-lo de vista..." e acabei acordando. Infelizmente, contrariando muitas de suas aparições no cinema, aqui ele não apareceu pelado em momento algum. Uma pena...
Interpretação picareta: Típica histérica. Fica de olho no cara e na hora do vamuvê acorda!! :oP

Tenho também outros sonhos memoráveis, que às vezes se repetem, como o de compôr uma canção ma-ra-vi-lho-sa, letra e música compostas, de estar com a letra na mão cantando e quase decorando nota por nota, e então acordo e não me lembro nem da primeira estrofe - Fico revoltada!! Dentre outros...

Para quem se interessar pelo pai da Psicanálise, mas não quiser ler sua extensa bibliografia, uma dica bacana é o filme "Freud, além da Alma", de 1962 , dirigido pelo lendário John Huston. Sei que os alunos de Psicologia,
ao menos os daqui, já devem estar de saco cheio de ouvir falar desse filme, mas ele é interessante tanto para quem está se iniciando no tema ou para quem já conhece um pouco, pois retrata Freud ainda jovem, iniciando seus estudos e algumas dificuldades que encontrou para desenvolver sua teoria e fazê-la ser aceita pela comunidade científica da época. Sig é interpretado por Montgomery Clift (acho que nem Freud imaginaria que seria representado no cinema por um homem tão bonito), que dá conta do
recado. Além de se tratar esteticamente de um belo filme, com uma ótima fotografia em preto-e-branco, formando lindos jogos de luz e sombra, que retratam bem o conflito consciente/inconsciente.

Pra terminar, tanto para quem sabe dos mínimos detalhes do que sonha como para quem acha que o sonho limita-se a uma tela negra todas as noites, recomendo que deixe na cabeceira um bloquinho para se anotar tudo que se lembrar do sonho, logo que acordar. Dizem que é bom até mesmo permanecer na mesma posição em que estava na cama. De qualquer forma,
os sonhos podem dar recados preciosos para a gente, ou ao menos, dependendo da crença da pessoa, podem ao menos trazer uma boa história para se contar. E quem é bobo de não aproveitar?...


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