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terça-feira, junho 29, 2004

Cary Grant, Britpop, McGregor e... Freud???

Se tem um cara por quem sinto grande simpatia é esse Sigmund Freud. Nem tenho tanta vontade assim de seguir os ensinamentos da Psicanálise após o término da faculdade, e atualmente meu estágio exige que eu siga a linha comportamental, que concluo também ser extremamente válida em alguns casos por motivos óbvios, motivos esses que quem sabe um dia explicarei aqui...

Para mim, Freud é uma tremenda de uma figura pop mesmo, e acho que quem já me acompanha por aqui há algum tempo sabe como é a minha relação de amor com o pop. Desde pequena eu já tinha a noção de que aquele tal do Freud "explicava tudo", mesmo sem saber qual era a do cara, como se ele já fosse parte do inconsciente coletivo - ironicamente, um dos conceitos que ele não aprovava.
Como se isso não fosse o bastante, Sig era um cara que não hesitava em mandar seus "colaboradores" para o inferno caso discordasse de suas idéias, ao mesmo tempo em que ouvia pacientemente o que seus clientes tinham a dizer, o que foi de extrema importância para o desenvolvimento da Psicanálise como vemos nos livros de história da Psicologia. Além de que Sig tinha senso de humor, como na sua famosa "aprovação" do trabalho da Gestapo, quando foi convidado a se retirar de Viena caso contrário iria rodar,
assim como várias outros grandes intelectuais da época (devemos lembrar aqui que despachar tanta gente boa apenas pelo fato de serem judeus foi um dos grandes "moles" de Hitler, bem feito!!!). Sig conseguiu partir para Londres, mas perdeu as irmãs no holocausto.

Muita gente considera a Psicanálise mais como uma corrente filosófica que uma maneira de se encarar a mente humana - o que não acho de todo ruim, mesmo porque cada um é cada um e cada profissional sabe que tipo de trabalho traz mais resultados etc etc. E, se Stephen Hawking "transformou a física em romance", com uns disseram, porque não Sig ser filósofo?
Mais uma vez deixo aqui claro que NÃO sou defensora da Psicanálise nem pretendo (no momento) me tornar uma estudiosa da área. O que escrevo aqui é apenas para mostrar uns porquês de ser fã de Freud enquanto figura histórica, e como nossas vidas estão
influenciadas por sua obra - principalmente porque, se ele estivesse vivo atualmente, acredito que ele teria já reformulado muita coisa, já que dependemos dos fatores históricos para entender a atualidade, né?...
Mas, resumindo: independente de ele estar certo ou não, podemos dizer que o cara era bom! Tanto que já se tem "neuropsicanalistas" que acreditam poder comprovar as teorias que Freud escreveu lá atrás através da neurologia.

Sem querer me estender muito aqui, podemos dizer que para Freud os sonhos seriam a maneira que arranjamos de vislumbrar desejos inconscientes, que não realizamos no aqui agora porque somos um bando de reprimidos (hehehe, já estou vendo professores reclamando de tamanha informalidade...). Só que esses desejos seriam tão insuportáveis para nos lembrarmos ao acordar que nos utilizamos de mecanismos de defesa para "embaralhar" ou editar nossos sonhos, de forma a ficar menos sofrível para nós de se lembrar ao acordarmos. Só que isso tem um preço: acaba que muitos de nossos sonhos não possuem pé nem cabeça. É aí que entra o terapeuta (mas depende, porque não é qualquer um que trabalha com isso), que com o paciente tenta dar uma forma, uma interpretação do que o inconsciente nos queria dizer através do sonho. E, uma vez que sabemos que todo mundo sonha todos os dias, quando não nos lembramos do que sonhamos, é porque foi um sonho beeeem "censurado" por nós mesmos, e que também merece "ser interpretado". :oP

No meu caso, é muito difícil me lembrar dos sonhos. Ou seja, devo sonhar coisas muito das sinistras!! :o))
Mas também devo dizer aqui que tenho uns sonhos muito bacanas, com hipóteses de interpretações mais legais ainda. Ou outros que mais parecem puro devaneio pop mesmo.
Dias atrás parei para conversar com duas amigas, também futuras Psis, sobre um elemento que muitas vezes aparece em meus sonhos: água.
E a intrepertação que recebi me foi de muito agrado - não vem ao caso dizer qual foi, não se preocupem pois não é nada demais! Mas foi interessante para me relembrar de alguns outros sonhos curiosos, que seguem abaixo:

* CARY GRANT: Insólito. Um grupo de pessoas em círculo olham para o chão impressionadas, algo sério parece ter acontecido. Tento me infiltrar na multidão para ver o que acontece, quando aparece atrás de mim nada mais nada menos que Cary Grant, também curioso para ver o que está acontecendo. O detalhe interessante é que todos nós estávamos coloridos, e Cary era em preto-e-branco!
Interpretação picareta: acho que vi filmes clássicos demais nessa vida.

* BLUR: Fã que é fã tinha que ter sonhado com sua banda favorita ao menos uma vez! O Blur estava no Brasil, na época do show que eles fizeram em 1999 (isso no sonho) mas o show era só para convidados, e eu não consegui convite!! Fiquei tristíssima, mas aí meu namorado (sim, o Patrão) conseguiu convites para nós, mas o show já estava mais que começado. Chegamos lá no final, e aí eu dei chilique, fiquei de costas para o palco, só ouvindo a música. Era algo como "se não tinha visto nada até agora, não quero ver apenas o final do show". Mas no final eu cedi e vi um pouquinho.
Interpretação picareta: Sou maluca, porque recusei ver um show, ou inconscientemente não gosto do Blur. Ou ambos. :o))

* BLUR 2: Esse sonho foi recente! Sonhei que encontrei Alex James (baixista) e Dave Rowntree (batera) tipo num bar, aqui no Brasil, e batemos um papo, pedi autógrafo e tal, coisa de tiete - e eles foram super gente fina, ainda mais que no sonho só eu que os reconheci. Depois apareceu Damon Albarn ("o dono da banda", hehehe) que também foi muito legal comigo. Interessante foi que no sonho Damon estava bem velho e acabado, bem como ele está hoje em dia; além de que Graham Coxon (ex-guitar) não apareceu
dessa vez, o que mostra que o Blur do sonho está em sintonia com a formação atual.
Interpretação picareta: O inconsciente é atemporal, mas não erra a formação atual de uma banda! Pode ser um caso de compensação pelo sonho anterior...

* SHOW DO SUEDE NA ESFINGE: Isso mesmo que você está lendo, eu estive num show do Suede, cujo cenário era simplesmente a Esfinge egípcia, e o show era no meio do deserto. Uau!! Aliás, tinha gente à beça no show...
Interpretação picareta: se isso não é o típico exemplo de devaneio pop, não sei o que é!

* ENTREVISTA COM EWAN MCGREGOR: Estava num cinema vazio, quando senta do meu lado o ator Ewan McGregor. Começamos a puxar papo e tal. Na época tinha visto "Peixe Grande", e comentei com ele como tinha gostado do filme, assim como tive que contá-lo que "Trainspotting" e "Velvet Goldmine" mudaram a minha vida. Lembro que eu pensava "Não posso perdê-lo de vista, não posso perdê-lo de vista..." e acabei acordando. Infelizmente, contrariando muitas de suas aparições no cinema, aqui ele não apareceu pelado em momento algum. Uma pena...
Interpretação picareta: Típica histérica. Fica de olho no cara e na hora do vamuvê acorda!! :oP

Tenho também outros sonhos memoráveis, que às vezes se repetem, como o de compôr uma canção ma-ra-vi-lho-sa, letra e música compostas, de estar com a letra na mão cantando e quase decorando nota por nota, e então acordo e não me lembro nem da primeira estrofe - Fico revoltada!! Dentre outros...

Para quem se interessar pelo pai da Psicanálise, mas não quiser ler sua extensa bibliografia, uma dica bacana é o filme "Freud, além da Alma", de 1962 , dirigido pelo lendário John Huston. Sei que os alunos de Psicologia,
ao menos os daqui, já devem estar de saco cheio de ouvir falar desse filme, mas ele é interessante tanto para quem está se iniciando no tema ou para quem já conhece um pouco, pois retrata Freud ainda jovem, iniciando seus estudos e algumas dificuldades que encontrou para desenvolver sua teoria e fazê-la ser aceita pela comunidade científica da época. Sig é interpretado por Montgomery Clift (acho que nem Freud imaginaria que seria representado no cinema por um homem tão bonito), que dá conta do
recado. Além de se tratar esteticamente de um belo filme, com uma ótima fotografia em preto-e-branco, formando lindos jogos de luz e sombra, que retratam bem o conflito consciente/inconsciente.

Pra terminar, tanto para quem sabe dos mínimos detalhes do que sonha como para quem acha que o sonho limita-se a uma tela negra todas as noites, recomendo que deixe na cabeceira um bloquinho para se anotar tudo que se lembrar do sonho, logo que acordar. Dizem que é bom até mesmo permanecer na mesma posição em que estava na cama. De qualquer forma,
os sonhos podem dar recados preciosos para a gente, ou ao menos, dependendo da crença da pessoa, podem ao menos trazer uma boa história para se contar. E quem é bobo de não aproveitar?...


segunda-feira, junho 28, 2004

RECADO

Juro que esta semana tem post novo por aqui... :oP

... como se alguém se importasse... :o))


quinta-feira, junho 24, 2004

Já se vão 14 anos...

Acabei de ver, hoje, a primeira temporada dos Simpsons em DVD - presentão de niver que o patrão me deu! E, nossa, vejo agora como o tempo passou rápido. Enquanto via os créditos, ao som do tema de Danny Elfman, eu tentava me relembrar o que fazia na época em que a família de Springfield fazia o seu début no horário nobre. E fazia um enoooorme sucesso, inclusive no Brasil da TV aberta.
Então, vamos lá! Era 1990. O que eu fazia?

* Era viciada em MTV, que era no canal 9 (antiga TV Corcovado) isso quando ainda passava alguma coisa boa: Deee-Lite, C+C Music Factory, Faith No More, Information Society (que era a minha banda favorita na época, acho que melhorei com o tempo, hehehe)... Além das clássicas bandas poseur e congêneres. E eu via tudo! Mas, desde aquela época, o que eu mais gostava era o "Lado B" e o programa do Thunderbird que passava na madruga, o bacana 120 Minutos.

* Estava na 4ª série do Colégio São Vicente de Paulo, que fecharia dois anos depois, para a tristeza de muitos - inclusive minha. Disputava com mais 3 "amigas" (da onça, hehehe) o amor de um menino bonitinho mas ordinário que ficou ainda mais metido a besta quando soube que era o queridinho das meninas na sala de aula. Claro que eu não fui a escolhida do menino, e hoje em dia agradeço a Deus por isso. É que ele gostava de "Rebel in Me", do Jimmy Cliff, sabe cumequié. Espero que ele tenha melhorado com o tempo.

* Passava Rainha da Sucata, novela da Rede Bobo, que tinha a grande Dona Armênia e suas filhinhas!!! Além do Seu Moreiras e de sua filha biscateira. E tinha Magal entoando "Me Chama que eu Vou" dançando com uma boneca de ferro-velho. E tinha Jimmy Cliff, cantando... "Rebel in Me"!

* Ainda no Colégio São Vicente, ainda brincávamos de desbravadores e invadíamos as "salas secretas" e quartos dos cônegos. Aprontávamos também durante a missa, claro. Também descíamos as rampas de grama sentados em caixas de papelão, e quase caíamos dentro do rio. Bons tempos.

* Ainda jogava Atari, porque não tínhamos $$$ para comprar os grandes lançamentos da época - leia-se Phantom System e Master System.

* Ganhei de Natal do meu avô um teclado, e meu saudoso irmão uma guitarra. Até hoje não tivemos uma aula sequer destes instrumentos.

* Será que mais alguém além de mim se lembra do KON KAN????

Por enquanto, só me veio isso à cabeça. Enquanto todo o mundo recorda os anos 80, já estou aqui me adiantando... Acho que tenho um problema.


The Brothers Gona Orkut Out

Foi difícil resisti, mas viciei nesse danado Orkut.
Também, qualquer lugar onde se acumula bobagens de mais eu tô dentro e não abro! Já convoquei geral (ao menos quem está na caixa postal, quem quiser me mande mail) para participar e já tem amiguinho meu também passando a noite em claro para fuçar em busca de novos amigos. E o que é melhor: fazer parte de comunidades das mais legais às mais estapafúrdias - ou seja, tudibom! :oP
E, ainda alimento as esperanças de, quem sabe, ser amiga do amigo do amigo do amigo do Damon Albarn, who knows... :o))


domingo, junho 20, 2004

Réquiem para um membro da família

Venho por esta informar o falecimento do Senhor Discman da Sony modelo D-153 do dia 14 de junho do ano de 2004. Ele sofreu uma falência total do leitor óptico, durante uma viagem à Tiradentes (MG), dois dias antes. Já demonstrava alguns sinais da doença fazia dois meses.
Foi internado às pressas na Eletrônica J, localizada no bairro Castelânea, mas não resistiu. No momento, ele estava acompanhado de sua amiga de longa data, conhecida como Sra. Beresford. Discan tinha 7 anos de idade, e deixou órfãos cerca de 250 CDs, a maioria de Música Pop Britânica e Roque em geral.
Apesar dos vários amigos conquistados em todos esses anos de bons serviços prestados a favor da música de qualidade - especialmente em momentos de desespero tais como ao ouvir músicas do Jorge Vercilo nos rádios de ônibus da cidade - Discman era visto apenas em companhia da supracitada amiga Beresford ultimamente, dentro de mochilas e principalmente dentro de uma curiosa bolsa no formato de uma gigante caixa de fósforos.

CDs, familiares e amigos sentirão a sua falta. Que Deus o acompanhe sempre, e o deixe livre de passar a eternidade no lixão municipal.



O último suspiro de um eletrodoméstico fiel...


quarta-feira, junho 16, 2004

DIA DOS NAMORADOS RETRÔ
ou "ODE AOS SMASHING PUMPKINS"

Nossa, esse último dia 12/06 foi muito curioso. Principalmente porque a maioria dos eventos deste dia fizeram menção à uma (grande e "chata") banda: os Smashing Pumpkins. Para onde se olhava, tinha Pumpkins - no ar, no som, nas roupas, e até na net (num post do Daniel)! Os motivos, até agora, me são misteriosos...
*Dividirei o post em duas partes para explicar melhor o espírito da coisa: (o post é grande mas compensa, hehehe)*

PARTE 1: Minha história com os Smashing Pumpkins

Começarei com a minha história com os Pumpkins: lembro-me de lá em 1994 (nossa, já se passou uma DÉCADA!!!), o CD "Siamese Dream" me perseguia, sempre que parava numa loja de discos. Eu o olhava, ele olhava para mim, mas eu nunca que o comprava, nem me lembro o porquê. Mas eu adorava aquela capa, e, para quem não sabe, já me apaixonei por muita banda pela capa do CD (Blur, Portishead, Pulp... todos eles eu comprei pela capa e não me decepcionei com o conteúdo).
Outro CD deles que eu adorava a capa e que quase-comprei-mas-acabei-não-comprando foi o single de "1979" (aquele look ABBA deles era tudo). Mas, sem net, sem MTV e sem rádios que tocassem músicas realmente boas (a Fluminense tinha acabado de bater as botas), eu nunca tinha ouvido nenhuma música deles, ainda.
Janeiro, 1996. No Rio, na casa de minha tia, tinha TV a cabo e eu podia ver MTV, foi qdo vi pela primeira vez o clip de "Bullet with Butterfly Wings", e amei vê-los naquelas roupas prateadas no meio daquele caos - mesmo pq sempre adorei roupas prateadas, me identifiquei na hora. Era época do também falecido Hollywood Rock, em que eles vieram ao Brasil.

Pois eu e mamãe fomos ao primeiro dia de shows do Hollywood Rock!

Eu queria ver o Supergrass (que eu achava legal, mas que hoje reconheço que eles eram bobagem comparado aos ótimos CDs que lançaram depois de "Alright") e o The Cure; e minha mãe iria aturar (com ótimo humor) várias horas de música desconhecida para ver Robert Smith, por quem era apaixonada. Mas confesso que morria de curiosidade de ver o xou dos SP - ainda mais pq o fã clube deles lá no Sambódromo era grande! E logo que eles entraram, minhas orelhas ficaram em pé. E fiquei arrepiada. E certamente fiquei boquiaberta e com os olhos arregalados, numa careta patética. Foi uma entrada inesquecível para mim. Nooooooossa!...
Mas, o que é bom dura pouco, e aquele vocalista de calças prateadas começou a exagerar nos solos e tal e naquele calor, e sem lugar pra sentar, tudo realmente começou a ficar muito chato. Se bem que, lá tinha um baterista que se tornaria o meu favorito de todos os tempos, Jimmy Chamberlin.
Segundo semestre, 1996 (não posso especificar mais o mês, pq de 1996 pra frente é furacão - muita história para contar num espaço tão pequeno). Meu namorado aparece com o "Mellon Collie and the Infinite Sadness" debaixo do braço, emprestado, para me mostrar. No dia seguinte, se não me engano, já estava atrás do CD para mim. Amor à primeira ouvida. Desde então, "Mellon Collie" foi trilha sonora de muitos e grandes e ótimos momentos (a dois) em minha vida. Juntamente com o blue album do Weezer, "MC" era "o nosso disco", sempre associado a nós dois e a nossos conturbados, curiosos, inconsequentes e muitas vezes engraçados últimos dias de adolescência.

O tempo passou, os Pumpkins voltaram ao Brasil num xou que axei xato (hehehe, não resisti), com solos demais, poses demais - e sem Jimmy. Aliás, só o fato de não ter Chamberlin (despedido da banda, na época, por "Livin' la Vida Loca":oP), me deixara
com implicância com a banda. Enfim...
Quando eles voltaram circa 2000 (e com Jimmy de volta - mesmo gordo e reabilitado ainda era ótimo!), também nunca me esquecerei da nossa reação ao ouvirmos pela primeira vez os primeiros acordes de "The Everlasting Gaze" (qdo o clip foi lançado na MTV). Ficamos boquiabertos, com a cara de "Meu Deus, quem está tocando???", quando surgiu na tela a legenda com o nome da banda. Então nos entreolhamos com a cara "Ah, são eles, tinha que ser...".
Engraçado, como vou me lembrando de coisas enquanto escrevo aqui, coisas que achei que nem me lembraria mais, ou que achei que não chegaria a esquecer... :o))
E a banda acabou, mas os discos ficaram, e como marcaram. Assim como suas figuras, como cada integrante era estranhamente carismático, ao mesmo tempo em que tinham a fama de serem pessoas insuportáveis! De repente eles até eram gente fina, mas não importa: eles eram insuportáveis e é assim que os conhecemos. Cansativos no palco, malas fora dele, e fantásticos e maravilhosos dentro do estúdio - e no som do carro, do quarto, no discman, e nos videos. Talvez aí estivesse a graça da banda.

PARTE 2: Por que este post?

Acho que todo casal passa por isso: se um disco é o "nosso disco", o resto que se exploda! Se foi um sucesso de crítica, de público, ou se o principal compositor é um psciano atormentado careca como o Lex Luthor, não importa - o que importa é que ele é NOSSO, ele musicou NOSSOS momentos, e de mais ninguém. Já devem ter percebido que adoro me "adonar" das bandas de que gosto, por favor, não reparem minha neurose.
Então, no 9° Dia dos Namorados que passamos juntos, resolvi dar esse clássico para o Patrão de presente. Porque é um CD tão importante que só eu o ter não é o bastante, ele tinha que ter uma cópia original também - isso além de outros fatores que também conspiraram a favor do presente.

E ele ganha o presente.

Dia dos Namorados. Chuvosa e fria, a charmosa noite outonal petropolitana. E é dia de Roque!! No Bar do Buzum!! Quer dizer, o bar não é mais "do Buzum", infelizmente. Mas, para nós, ele sempre será o dono legítimo deste antro de malucos de Petró. A banda, mais um projeto-relâmpago que surge (Mano, Buzum, Igor, Paulinho e Dudu) com uma premissa honorável: "esta será a noite-para-cortar-os-pulsos" (nas palavras de um dos integrantes). Antes de sairmos, o Patrão pega um arco de cabelo com chifrinhos que pegamos emprestado e o coloca - lembro-me de D'arcy, que lá nos últimos xous dos Pumpkins ostentava dois chifrinhos na cabeça como marca registrada.
Vamos para o local do xou, ouvindo "Mellon Collie", CD1, no carro. Comentários são inevitáveis: "essa é maravilhosa!", "essa é linda!" etc.
Chegamos lá, damos de cara com um velho amigo usando uma camisa com a... capa de "Mellon Collie" estampada! Mano aparece para cantar, com calça do avesso, mostrando a face prateada do jeans (eu tb tenho uma calça prateada até hj, em homenagem à Corgan), e cobrindo totalmente os olhos com sombra azul cobalto - que os Pumpkins usavam de montão, assim como outro amigo nosso, Sr. Michael Stipe (R.E.M.).
Dentre vários "misery hits", eis que Mano esbraveja a clássica frase: "Love is Suicide" e então começam a tocar "Bodies", uma de minhas favoritas da banda, em um dos momentos mais "animados" do xou. :o))
Para ser mais retrô, só faltava eu beber e beber como fazia nos velhos tempos (não bebi uma gota de álcool, acredite!), sem falar "noutras cositas" - quem sabe num próximo, mas no momento estou bem assim...

No geral, mais um xou para os autos da cidade.

Fim de noite, eu, Patrão, Igor e João no carro indo embora, ao som de "Bullet with Butterfly Wings", com a chuva apertando e a madrugada a cada minuto mais fria. Eles cantarolavam e eu muda. Flashbacks o tempo todo, ao descermos a Marechal Hermes, ao
passarmos pela funerária, ao rodarmos a cidade, ao rever tantos velhos conhecidos (estava com saudades de muitos!), e tudo ao som deste disco, que já ouvi tanto, até decorar cada acorde, cada "barulhinho" e que ainda assim não perde seu encanto. E será que tantas lembranças voltaram agora só por causa desse disco???
Podia ser tudo da minha cabeça, ou mera coincidência - mas estava tudo muito abóbora pro
meu gosto neste Dia dos Namorados...


quarta-feira, junho 09, 2004

Escrevi este post semana passada, mas fiz besteira no blogger e apaguei-o, sem salvar, e fiquei com preguiça de escrevê-lo novamente. Tentarei lembrar de tudo... Aí vai:

LAZY DROPS/NICE MEN
(esse título parece nome de música imaginária do Cake)

1) Preparo-me, em julho, quem sabe sai finalmente...



PERDIDOS NO ESPAÇO: minha série favorita dos sixties, com a primeira temporada em DVD, com 8 discos!! "Nada tema, com Smith não há problema!!"

2) O filme novo do Harry Potter é bacana. Quer dizer, os fãs leitores (o que não é o meu caso) disseram que as versões cinematográficas da franquia, digo, série, nem chegam aos pés dos livros, mas acho que isso é padrão em todas as adaptações da história do cinema, é fato. Mesmo assim, achei legal. O Harry Potter (Dan Radcliffe) está cada vez mais bunitim; Rony, o ruivo-de-cara-engraçada continua gente fina e a Hermione também está uma graça. Sem contar que tem mais um monte de atores bacanas se divertindo às pencas. E tem Gary Oldman, que mesmo sujo e desdentado, ainda é, hum, Gary Oldman... :oP

3) E que Brad Pitt em "Tróia", que nada!! O negócio é ver Colin Fofo, digo, Firth em "Moça com Brinco de Pérola"! Quer dizer, no melhor estilo Silvio Santos: ainda não vi, mas só de ter o Colin e não ser aquela porcaria de filme em que ele é o Primeiro Ministro que tem uma filha americana mala (até me esqueci o nome do filme!!), pra mim já está bom. Não, ótimo!



COLIN E SCARLETT JOHANSSON: AAAAAAAhhhh...

4) O CD do Junior Senior (aquele da hit já comentado aqui "Move your Feet") é a coisa mais pitoresca que ouvi nos últimos tempos!! Mistura de B-52's com Pizzicato Five, com bandas de surf music do Tarantino e qualquer outra dos '80s anima o dia de qualquer um! A capa é engraçadíssima e o nome do CD é gaguejado ("D-d-don't stop the beat")!!! Ou seja, é TUDO...

5) Mesmo na era do mp3, das melhores bandas dos últimos tempos da última semana, e dos CDs a preços absuuuurdos, tenho que dizer que ainda AMO comprar CDs de bandas que gosto, tirá-los do plástico, abrir seus encartes pela primeira vez, sentir o cheirinho de coisa nova, ler o encarte enquanto ouço as músicas em ordem, enfim... Mas, se em outros tempos comprava mais de 1 CD por semana (hoje em dia vejo o que eram as vacas gordas), hoje em dia é quase 1 CD a cada 2 meses! Mesmo assim, não desanimo... aproveitei uma dessas promoções da net em que o frete é di grátis e meti o pé na jaca! Mas, claro, dividindo o pagamento em milhões de vezes sem juros!! E olha que não comprei nenhum lançamento:

- AIR, Talkie Walkie: Nem sei exatamente o porquê, de repente se fosse outra banda fazendo este som eu odiaria. Mas, para mim, o Air sempre será fofo e maravilhoso e cinematográfico, mesmo sem ser aquela banda de dar vontade de ouvir todos os dias - talvez porque eu a ache muito... "climática". Sofia Coppola, ao menos, deve concordar comigo.

- BASEMENT JAXX, Kish Kash: Até parece piada, comprar um CD com o nome "Talkie Walkie" e outro "Kish Kash"... O BJ faz umas músicas de que gosto muito. O CD "Remedy" eu comprei numa promoção das Americanas há tempos atrás e adorei, desde então os acompanho, mas meio que à distância. Depois que soube que este era um discão com direito à Siouxsie Sioux (do Siouxsie & The Banshees, acho que todos sabem...) cantando numa faixa, achei que tinha que tê-lo, mesmo tendo que pagar um POUQUINHO mais do que paguei no primeiro CD deles, lá na promoção das Americanas. Aliás, é um discão mesmo, e até agora estou impressionada...

- SUEDE, Singles: Coletânea de singles da banda britânica Suede (sério??). Essa foi numa tentativa de me enganar, fazendo jurar que, tendo esse, não preciso comprar os outros 3 CDs da banda que estão faltando em minha coleção. :oP
Hits clássicos em sua maioria, uma inédita, e frases lapidares do Sr. Brett Anderson como "I feel real like a man like a woman like a woman like a man". Muito sexy e muito gay. Ou seja, adoro! :oP

Em setembro, quem sabe eu compro o novo do Morrissey e o da Melissa Auf Der Maur! Isso se eu estiver viva até lá... :o))

6) Para exercitar meus dotes detetivescos (até certo ponto, já que aqui depende mais da sorte), estou participando deste jogo/gingana,
para quem sabe conseguir ganhar uns brindes. Até que é bem divertido (como qualquer coisa que envolva detetives) e fácil. Será que, finalmente, ganharei alguma promoção na vida??



quinta-feira, junho 03, 2004

PAPO ENCERRADO

E, para acabar com esse papo de aniversário, o parabéns mais inusitado que recebi (mas que só li hoje por falta de tempo para conectar e blá blá blá). Só podia ser da Bibs...

"FELIZ ANIVERSÁRIO MARI !!!!!!

Você sabia que além do seu dia, hoje também é:

Dia da Nossa Senhora da Visitação
Dia de Combate às Formigas Cortadeiras
Dia Mundial de Combate ao Fumo (OMS)
Dia Nacional Contra as Doenças Reumáticas
Dia do Enxadrista
Dia Mundial dos Meios de Comunicação
Dia Internacional do Comissário de Bordo e da Aeromoça
Dia Nacional da Aeromoça e do Comissário de Bordo"


COMO ASSIM, "DIA DE COMBATE ÀS FORNICAS, DIGO, FORMIGAS CORTADEIRAS"???
Minha vida mudou... :oP


FECHADO PARA BALANÇO

Eu sei, faz tempo que não escrevo...
mas continuarei fechada para balanço por aqui, em decorrência das provas!
(pois é, a greve chega ao fim e temos que correr atrás para não perder o período...)

Então, até sexta-feira (à noite...).

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