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quarta-feira, fevereiro 28, 2007

“WE LOVE PAUL!!”

Ouvindo: “Wanted so Much”, milhões de vezes ao dia. Guitarra solo perfeita e efeito legal para ouvir nos fones.


Este blog preza por bandas com bom gosto para sapatos e calças, e que tenham clipes que valorizem estas peças. Hooray!

Os leitores mais antigos deste blog sabem como foi que eu conheci a banda inglesa (e extinta) Mansun. Através daquela mídia obsoleta chamada rádio local, para onde liguei, há um tempo atrás (mais que vcs imaginam), para saber de quem era a música que tinham acabado de tocar. A música, claro, “Wide Open Space”, talvez o único hit da banda em terras brasileiras. Na época, a única música que eu sabia que era da banda era “Skin up Pin up”, da trilha legal (para a época) do filme ruim “Spawn”, numa versão ligeiramente alterada com o 808 State. No que diz respeito a “Wide Open Space”, eu adorava a música e tal, mas nunca conseguia achá-la nos P2Ps da vida porque eu não entendia o “Wide” no nome da música, hahahahahahaha, e convenhamos que procurar apenas por “Open Space” no Kazaa era uma tarefa ingrata. Até que fui salva pela rádio! Desde então, iniciou-se uma história de amor – não correspondido, claro. Pois foi só eu me interessar pela banda para descobrir que ela havia encerrado suas atividades. Ou seja, nada de e-mails elogiosos, cartas melosas, ou qualquer tipo de fã-niquito digno desta que vos digita. Saí baixando tudo quanto era música que minha precária Internet conseguia, começando pelas de nomes mais legais (“I can only dissapoint u”, “Can’t afford to die”, “Things keep falling from buildings”) – e acabava gostando de todas elas. E olha que a maioria era lado-B! Meu irmão (im) pacientemente baixava para mim (paciente porque ele achou tudo que eles lançaram; impaciente porque ele baixava tudo que via pela frente, vindo muita coisa repetida), enquanto eu tentava importar os discos. Com a ajuda até do Patrão, minha missão de ter a coleção de CDs do Mansun está quase completa. Mas já posso dizer que eles estão no meu seleto grupo de “bandas favoritas extra-oficiais” (que não está no Top-4 de Blur, Weezer, Franz e Ok Go, mas que muitas vezes se mostram mais criativas e/ou talentosas que estas), juntamente com Pixies, Smashing Pumpkins, Supergrass e Pulp. O som deles é sexy, engraçado e estranho. E qualquer coisa sexy, engraçada e estranha é... hum, sexy!



Paul Draper versão Damon-Albarn-junkie. O auge da franjinha britpop!

Só me faltava conhecer a banda pelos vídeos. Sem poder abusar dos benefícios do YouTube, o lançamento do bestofe “Legacy” pela EMI me caiu como uma luva. Pois, juntamente com um cd, vem um DVD com todos os clipes, um documentário e duas apresentações ao vivo. Vale a grana,em tempos de download? Não importa. Para mim, vale. O que fazer, se sou fã à moda antiga, que compra CDs das bandas queridas e morre de amores por ver os clipes destas em imagem de DVD?


Paul versão David Bowie. Hummmm...

E os clipes do Mansun?!? O que dizer de uma banda renegada e louvada pela bipolar mídia britânica? Que é trashy e pretensiosa? Meio glam, meio shoegazer, meio punk? Que tem músicas com nomes como “Stripper Vicar" e um baixista chamado Stove?!?!!? Sim, tudo meio estranho e divertido para quem entende a piada. Os clipes de início de carreira seguem o padrão da época (1995, 1996s...). A coisa fica boa a partir de “Taxlo$$” (de 1997), dirigido por Roman Coppola, mostrando a distribuição de 25 mil libras em notas de 5 em estações de metrô e a balbúrdia criada pelo feito. Outro que merece destaque é o de “Legacy”(1998), dirigido por Mike Mills e estrelado por bonecos Ken. “Closed for Bussiness” é belo e “Being a Girl” divertido. Já os clipes estrelados pela banda mostram bons momentos, antes de mais nada porque a banda é formada de tremendas figuras. O batera Andie Rathbone tem cara e jeito de bronco-gente-fina; o supracitado baixista Stove King, como todo baixista (como eu, haha), é sem noção (nem demorarei aqui descrevendo as “sem-nocices” dele, quem quiser veja “Stripper Vicar", ou os encartes dos CDs – motivos suficientes para amá-lo); Dominic Chad, guitarrista (até hoje me pergunto se ele que dá o nome à música “The Chad who Loved Me”, hummm...), é o dono da super-franja que eu sempre quis ter coragem de usar, além de ter poses roquenrou nos clipes e bom gosto para sapatos! Awwwnnn...

E tem Paul Draper, o principal compositor da banda, guitarrista e vocalista. Ahhhh, Paul! Sempre irresistível com a voz e a pose ambígua, a aura atormentada... ai ai ai. Impossível decidir entre o visual Damon Albarn-junkie do clipe de “Wide Open Space”, ou o de David Bowie de “She Makes my nose Bleed” (uma de minhas favoritas), ou usando Doc Martens em “Stripper Vicar"... O lance é que, independente de ser “hottie” ou não (mesmo porque, qualquer pessoa com a cabeça no lugar o acharia beeeem estranho) eu adquiri uma grande empatia por ele desde que comecei a ouvir sua música. A ponto de lhe dedicar uma música, coisa que nunca tinha pensado antes em fazer para nenhum outro ídolo! Me identifico muito com suas letras e seu senso de humor.

Aliás, o encarte do CD tem algumas notas de Paul sobre cada uma das músicas do bestofe, revelando-o menos miserável e sarcástico e mais divertido e verdadeiro. Em “Wide Open Space”, ele demorou 6 meses na letra, e o que lhe deixou realmente feliz foi poder cantar como Prince. “She Makes my Nose Bleed” não continha “nose” na letra original, que foi adicionada porque era “mais legal” segundo Paul, e que acabou lhe rendendo fama de druggie. “Fool” é uma das piores canções da banda segundo o autor, mas não impediu que a gravadora fizesse dela um single. Enfim, histórias do mundo pop, sempre divertidas de se saber – mesmo em se tratando de uma banda favorita extra-oficialmente! ;P

Sempre me pergunto como foi que não conheci o Mansun antes! Na verdade, se tivesse conhecido, provavelmente não gostaria tanto. Surgiu na hora certa. Agradeço mais uma vez ao DJ da rádio local que me apresentou devidamente ao Mansun. Fico lhe devendo essa.




Pombas, o post sobre o Mansun tá difícil de sair, mas sabem que eu tardo mas não falho!

Então, escrito ele já está. Está emocionado, lindo! Só me falta que o blogger pare de frescura e eu arrume um pc na lan house que tenha cd-rom. Fácil assim.


beijos para todos da criatura aqui.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007


Damian Eskulasha e (agora sei que é a Trish, irmã do DamiNA - juro que não reconhecik, parece a nova atriz do Desperate Housewives!!) ontem à noite no Grammy. E eu não vi! Resta esperar pela versão legendada.

...E eles ganharam!

E não é que o OK Go ganhou o Grammy?!?!?!?! O prêmio de Best Short Form Music Video. Seja lá o que isto quer dizer. Hohoho.


Ouvindo: "Minimal", Pet Shop Boys.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

UMA DÉCADA DEPOIS...

Ouvindo os primeiros minutos de "Fa-fa-fa" do Datarock; e "Duchess", do Mansun.


Se não me falha a memória (e olha que ela costuma falhar frequentemente), hoje fazem 10 anos que meu irmão do meio faleceu.

Desde então, desisti de minha carreira musical; tive meu momento radialista (péssima como locutora, mas até que razoável na escolha de músicas diferentes para a programação normal); me formei como técnica em processamento de dados e bacharel em psicologia. E não dei certo em nenhum dos acima citados. Claro que não estou nem um pouco satisfeita com isso.

Se, por um lado, é esse "incômodo" que nos leva a questionar, experimentar e a querer algo mais da vida, por outro lado, não dá pra evitar a pergunta: " é só isso?!?". A vida é isso mesmo, sair batendo cabeça por aí, escolhendo sempre a indecisão?!?!?! Diabos...

Enquanto isso, a banda (agora sem nome novamente) vai bem. Os ensaios são ótimos, os colegas de banda, gente finíssima. Será que, no fim das contas, a minha carreira musical - a primeira descartada - será a definitiva? :O

Calma, caaallllma... não é bem assim, claro. Mas é um caso a se pensar. Por quê não?


cheerio!

(ah, e torçam pelo Otto, meu cachorro, que tá no vet)

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