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quinta-feira, março 29, 2007

DA ARTE DA CAMISA DE BANDA EM COR NEUTRA.

Então, lá vou eu de novo com minhas camisas de bandas.

Minha última conquista não foi feita por minhas próprias mãos, infelizmente. Até tentei tirar um molde a partir do logo do menu do dvd da banda em questão, mas minha capacidade de desenho à mão é aquém do exigido.

Foi quando me deparei com um encarte de cd da mesma banda, e que tava pedindo pelamordedeus para virar camisa! Fundo branco, fonte preta, mais simples, impossível! No início, encrenquei mesmo. Porque botei na cabeça que as camisas que eu faria precisavam captar o "espírito" da banda (minimalista e arty para Franz; pop e um pouco exagerado para o Ok Go, além da camisa com a famosa estampa de tapete, tb para eles). Fazer uma blusa básica, sob esta perspectiva, seria um ultraje! Porque a banda que eu queria homenagear desta vez é glam, dramática, papagaiada, sei lá! Só sei que uma blusa básica não dava conta. Para se ter uma idéia, pelúcia vermelha e couro (falso) foram cogitados para entrar na dança.

Frustrada de não conseguir fazer a camisa com minhas próprias mãos e pincéis (e pelúcias), levei o encarte do cd para a loja que faz transfers na cidade. O logo foi devidamente colocado numa blusa branca baby look oferecida pela loja. Tamanho GG!!! O que me deixou desesperada e se achando a pessoa mais gorda do mundo, mas, logo me lembrei que as camisas promocionais (especialmente as made in Cidade Inperial) são feitas para crianças e sacoleiras subnutridas. Haha.

Enfim, a blusa ficou fofa, o logo saiu legível e sem borrões. Só que eu ainda não aceitava ela ser tão básica. Pensei em recortá-la e aplicá-la numa blusa preta com tachas (uma coisa meio bondage, bem a ver com a banda tb) ou paetês.

Mas, depois de uns dias, não é que estou gostando de minha blusinha básica? Já existem muitas blusas de bandas exageradas, e eu já tenho muita blusa espalhafatosa - ou vcs acham que tenho tempo para colar todos os strasses que coloquei na camisa do Ok Go cada vez que saio com ela? Porque sim, eles caem à toa.

Agora, minha mais nova blusa junta-se ao clube BBBB (blusas brancas básicas de banda), onde tenho Beatles, Franz e - a mais bonita - Weezer, que o Patrão me deu. Perfeita para ir a um show e não encontrar ninguém usando a mesma - e, afinal, "quem usa blusa branca em show?!?!?!?" hahahaha.

E, quando o tempo agir, o transfer se desgastar e as manchas aparecerem, pensarei no que fazer. E aí, talvez, a pelúcia vermelha, os couros e tachas dêem o ar de sua graça. Talvez.

terça-feira, março 13, 2007

CLINT EASTWOOD:

Resumirei aqui beeeem resumidinho: em 1994, o Blur mudou a minha vida (caso alguém aqui ainda não saiba). Tive bandas favoritas antes e depois, mas a verdade é que o que veio antes mais parecia estar me preparando para eles; e o que veio depois foi influência direta ou indireta dos mesmos.

Não sou do tipo de fã boboca-nostálgica e sei dar valor aos últimos trabalhos da banda. Ao mesmo tempo em que, apesar de tudo, mantenho um senso crítico razoável (hoje em dia acho "Bank Holiday" uma das músicas mais desnecessárias do mundo, e sempre achei "Tender" um pé no saco, p.e.) .

Então, levando isso em consideração, meus caros 17 leitores, teço aqui agora meus comentários acerca do CD da nova banda envolvendo Damon Albarn, vocalista-pianista (?) do Blur. A palavra "envolvendo" é pertinente. Já tive muitas broncas com Albarn, na maioria das vezes se achando "o dono da banda". Mas parece que neste caso, a coisa não é bem assim - parece que o peso da idade fez Damon ter mais... hum, humildade. Vide o próprio Gorillaz, que não ficou famoso pela fama do Blur, sejamos honestos. Ou seja, chamar o The Good, The Bad and The Queen de "nova banda de Damon Albarn com coadjuantes de luxo" é pura implicância. E, caso alguém não saiba, os outros integrantes são Simon Tong (The Verve, na guitarra), Paul Simonon (The Clash, no baixo) e Tony Oladipo Allen (Fela Kuti, na bateria).

O CD foi esperado pelos fãs do blur com expectativa - e medo. O primeiro single, "Herculean", já dava pistas do que estava por vir: uma mistura de Gorillaz com Blur fase Think Tank. É bela e climática, feita para desagradar as crianças fãs do próprio Gorillaz e os fãs old school do Blur, que certamente pensam: "Mas o Damon não desiste desse som?!?!?!?!" Mas, nada mais natural. Todo mundo sabe que o roquenrou do Blur se foi com Graham Coxon e não tem data de retorno, verdade seja dita.

O resto do álbum segue o mesmo esquema de Herculean, com bons momentos, e outros que não são ótimos, mas que também não ofendem o ouvinte. Dá pra notar influências de Beach Boys, Simon & Garfunkel, a world music de que Damon tanto gosta... e até bizarrices como The Residents (se levar em conta que Damon se inspirava em bandas como Can e Captain Beefhart para os últimos discos do Blur, não é de se espantar). Mas, no fim, é um álbum calmo e sem maiores pretensões.

Quem espera um disco para mudar o mundo, ou então um pastiche de britpop, ficará desapontado. Mas, pode ser uma aventura interessante para quem estiver disposto.

Não mencionei o nome de nenhuma aqui pq estou ouvindo o CD direto no discman, ou seja, não sei o nome de nenhuma... :)

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