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sexta-feira, fevereiro 29, 2008

MEU DEUS!!! COMO SOBREVIVER SEM O COMPUTADOR?!?!?!?!!?

Ao som de: "There's a Fire", "The Fix is In", "Bye Bye Baby", OK Go.

O primeiro PC qye apareceu aqui em casa foi lá nos idos de 1996. Ou seria 97? Só o fato de não saber exatamente quando foi já indica que sua aparição não foi isso tudo para mim. Podem culpar a possessividade de meus irmãos, que não desgrudavam dele um minuto, e a minha má vontade para com os computadores - com os quais já tinha que lidar 5 horas por dia em meu 2° grau técnico em Processamento de Dados (quando eu ia às aulas, claro) - onde eu e máquina tínhamos um relacionamento beeeeem complicado.

De fato, era uma surpresa ver que a garota cujo brinquedo favorito fora o Pense Bem da Tec Toy (o "pai" dos "meu primeiro computador") tornou-se alguém tão sem jeito com os computadores. Inclusive, demorei um tempo até começar a fazer meus trabalhos de faculdade usando o PC. Em 1999, era ainda tudo na munheca. E assim foi até chegar a tal da internet.

Tudo mudou quando descobri os sites de bandas, de letras de música, de lojas de CDs, de leilões online, e o Napster e os programas de mensagens instantâneas - que me renderam um elogiado projeto de pesquisa para a faculdade. Eis minha vida na companhia de um computador - não vivo sem um, acho, e isso tá longe de ser uma boa notícia (ainda mais se ele não é fonte de renda).

Admiro os que conseguem passar mais de uma semana sem checar emails. Meu irmão - o mesmo que não me deixava chegar perto do PC - tem banda larga em casa (e baixa mais coisa do que jamais terá tempo de ver ou ouvir), joga de montão e mesmo assim consegue passar dias sem ver o pc se for o caso. Enquanto isso, eu que mal acesso uma internet discada quase morro se fico uma semana sem acessar a internet. Fora a saudade que o PC deixa quando vai parar no conserto: meus mp3s... meus emuladores.... NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO!!!!

Sim, esta crise toda é resultado de mais de 4 meses sem ter computador em casa. E acabei ficando muito mal-acostumada com a internet banda larga, já que virei habitué das lan houses. Velocidade na conexão, poder ver videos no youtube, e, principalmente, NÃO SE PREOCUPAR SE O PC TIVER UM PANE A QUALQUER MOMENTO. Ah, a liberdade!

Mas a lan house também é cruel quando se faz a relação tempo X dinheiro. Aí vc percebe que perde muito e muitas vezes fazendo nada de útil. Sim, todos nós sabemos que PC com internet é tempo disperdiçado na certa, mas fingimos que conosco é diferente - e é sempre um choque vermos que não somos a exceção aos alienados internautas.

Os primeiros dias passavam como se fosse uma típica crise de abstinência: eu TINHA que acessar a net de algum jeito, e o alívio veio na forma dispendiosa do WAP do celular. O tempo passou, a fissura diminuiu e as lan houses foram a salvação. Agora, me sinto cada vez mais distante da net, economizo $$$, arrumo outras coisas para fazer... por não acessar de casa acabo indo menos e aproveitando mais o resto do tempo. Sim, com o pc em casa eu passaria o dia inteiro na internet se pudesse.

Como disse, só o fato de não precisar me preocupar em ter um PC funcionando já me deixava tão feliz que eu quase cogitei a hipótese de não tê-lo mais em casa. Mas reconheço que ainda não estou preparada para tanto. Confesso que a única coisa que me incomoda agora é não poder trocar as músicas do meu mp3 player ou descarregar as fotos de minha câmera. Aliás, que bom que minha câmera também está no conserto. Não tenho sorte com aparatos modernos ou o quê?!?!?!

Agora fico mal humorada com o fato de que logo pegarei meu pc de volta, mas aí voltarei a penar com a internet discada de minha casa. De qualquer forma, mais tempo a perder em frente a um monitor... Será que nunca ficarei satisfetita?!?!

Coisas para se fazer quando não tem computador:

1. Rever todas as temporadas de Seinfeld em dvd em tempo recorde.
2. Acompanhar suas séries favoritas pela boa e velha TV por assinatura - e agradecer por não precisar acompanhar pela TV aberta.
3. Aprender a cozinhar! Se eu consigo, você consegue! hahaha
4. Voltar àquele hábito obsoleto chamado LEITURA. De um livro.
5. Escrever milhões de posts para o seu blogue e torcer pelo dia em que conseguirá publicar todos.
6. Dar atenção à sua velha coleção de CDs, ao invés de procurar pela genial banda da semana e querer baixá-la desesperadamente.
7. Repensar toda a sua vida social - "mas será que só tenho amigos por causa da internet?!?!?!?!?!!?!?!?!"


;)

sábado, fevereiro 16, 2008

AH, A NOSTALGIA!...
(post em duas partes escritas de uma vez, hi hi)

Ao som de "Ain't No Party", Orson; e Hercules and Love Affair.


Tenho medo, muito medo dos chamados revivals. Comecei a ter noção da existência deles lá por volta de 1993, quando resolveram redescobrir as maravilhas dos anos 1970. Nada contra os anos 70, absolutamente, mas só quem passou por aquilo que sabe: era meio deprimente, festinhas de 15 anos tocando Chic e Village People e garotinhas delirando por algo que não viveram e achando a coisa mais legal do mundo.

Por outro lado, sempre gostei da música dos anos 1980, que ouço desde que me entendo por gente por influência do meu irmão mais velho. Atravessei os anos 1990 - bem como atravesso os 2000 - sendo fã. Devo ser então uma pessoa nostálgica, certo?

Ainda na metade dos anos 90 ensaiaram meio que um revival oitentista por parte de bandas díspares, mas que com suas influências e com a preguiça da crítica de "batizarem" como algo novo, foram colocadas como "New Wave of New Wave". Incluíram nessa desde oa norte-americanos do Green Day e Possum Dixon aos ingleses do Elastica. Mas esse revival não deu em muita coisa, ao menos em comparação com o que temos agora.

Pode-se dizer que o novo revival oitentista veio com o Napster. A facilidade em trocar raridades musicais alimentou a nostalgia dos internautas com músicas, temas de seriado e bizarrices e acabou na boca do povo - vide os sucessos das festas trash "homenageando" a década.

Acho que agora chegamos ao ápice disso. Chamo de ápice simplesmente porque estou de saco cheio dessa onda. E não é devido à overdose de culto à figuras de pouca ou nenhuma importância, pelo contrário. Podem culpar o Interpol (que eu gosto, aliás), a falta de criatividade, a internet... isso não é a questão - é que esse monte de gente copiando tudo que já foi feito é que já tá dando no saco.

Eis o paradoxo: cansei do rock que tanto gosto prestando homenagens aos anos 80, que igualmente gosto. Pior são os mal-avisados que começam a consumir qualquer coisa feita na época e agora, sem discernimento algum. E quando a moda passar? Será que essas novas bandas terão estabelecido uma identidade, ou serão levadas para o limbo - como a grande parte das bandas dos anos 80?

E o revival dos anos 1990 já está dando umas pintas por aí. Um britpop no Kaiser Chiefs, um Smashing Pumpkins no Silversun Pickups, uma Madchester na New Rave. Será que é apenas um ensaio para o retorno, ou ele chegará avassalador para acabar com a onda oitentista que já deu? Trata-se de um revival ainda mais interessante para mim, por ter sido uma época que aproveitei muito mais, mas certamente será romanceada para os novos olhos - té parece que TODAS as bandas dos anos 90 eram sensacionais...

E quais bandas surgirão e emulando a quem? O que aparecerá de realmente novo? Os novos grunges e britpops? Perguntas que mal consigo esperar para saber as respostas...


POR OUTRO LADO...

Seria impossível para mim falar do Orson sem associá-lo à mais pura nostalgia.

Já sabem que não tô na fase das bandas fofas ou conceituais/conceituadas. Ainda não tive paciência para ouvir a trilha de "Juno", e já ouvi o "In Rainbows" e achei bom, mas como tudo do Radiohead para mim - desde o Kid A - eu acho bom, mas não tenho AQUELA vontade de ouvir (mas eu vou tentar, Patrão. hahaha). Mesmo assim, Thom Yorke tem a voz mais bonita do mundo, mas isso é outra história (e tenho que esperar para ver se o Mansun vai voltar mesmo, pq aí o Yorke será páreo duro com o Draper! hihihi)

Verdade seja dita, tenho fases (fofas, conceituais, uarévah) mas sempre acabo voltando para o meu DARK MASTER: a música sem medo de ser pop.

Primeira vez que eu e o Patrão ouvimos a banda (californiana, mas estabelecida em Londres) foi marcada por eventos engraçadinhos.

Tempos atrás, estávamos num bar super-careta daqui de Petró (dos que só tocam Rock mofado ou modas atrasadas: nu metal, trance...), eu cheia de álcool (dentre outros :D) e quase dormindo na mesa. Quando passou um clipe na TV, que era de um dvd gravado pelos donos do bar, com videos que baixaram. No refrão desta música, Patrão comentou que tinha gostado do que estava ouvindo. Levantei a cabeça da mesa, com cabelo na cara e prestei atenção. A música era MUITO boa. Estávamos impressionados como um lugar tão boboca poderia estar tocando uma música tão legal e, pior, de uma banda que não fazíamos idéia.

Acabou o clipe e vimos o nome da banda - Orson. "Moleza, só lembrar do Welles", pensei. Só não contaria que meu estado etílico da noite anterior me faria esquecer até mesmo que vimos um clipe que achei legal - quiçá lembrar o nome da banda!

Mas Patrão não esqueceu, e logo baixou o "Bright Idea", début dos caras, de onde vinha a música em questão, "No Tomorrow". Quando ouvi novamente - sóbria e lutando para lembrar de onde diabos eu tinha ouvido falar deles, hahaha - é que me dei conta do porquê de ter gostado tanto: tinha algo de Van Halen vs. Weezer (não sei se era farofa por parte do Van Halen e rock por parte do Weezer, ou vice-versa, hohoho) e, como ambas as bandas, era pop e divertido toda a vida.

Mais legal foi ver que o disco todo era bom, com influências desde Beach Boys à disco (na música "Last Night"), passando pelos citados VH e Weezer (como em "Already Over"), mas sem virar um balaio de gatos. Era um disco coerente e com conteúdo, sem ser presunçoso. Fora que o vocalista, Jason Pebworth é daqueles que me ganha só pelo fato de CANTAR COM VONTADE.

De resto, não sei de nada deles. Ouvi o CD, vi o DVD e soube que fizeram tour com Robbie Williams - o que tem tudo a ver. Mas não sei se são conhecidos, se tem fãs, se (sobre)vivem de música. Só sei que desde que ganhei o "Bright Idea" do Patrão que ele nunca saiu da pilha de cds em cima de meu aparelho de som, pq eu sempre me pego ouvindo-o, seja para alegrar o dia, ou para ter uma voz familiar enquanto eu faço outra coisa qualquer. É daquelas bandas que gosto de graça da música e isso basta, sem em precisar acompanhá-los como uma tarada enlouquecida.

Eles têm uma sonoridade que sempre me lembra algo que não sei exatamente o que é (como foi com "Hard to Beat", do Hard-Fi), e que acabo associando às viagens para a praia que eu fazia com minha família nos fins-de-semana de minha infância, quando ouvíamos os últimos sucessos da 98FM porque ainda não tínhamos toca-fitas no carro. Ou seja, um amálgama de one hit wonders com clássicos pop. Uma sensação... nostálgica.

Qual foi minha surpresa em saber outro dia que eles tinham lançado disco novo... em outubro?!?!?! Depois de passar uma semana com "Culture Vultures" no meu player, posso dizer aliviada que o Orson passou no teste do segundo disco. A sonoridade nostálgica (e não "retrô-proposital"), descompromissada e alegre continua, com as mesmas (boas) referências musicais de antes e praticamente 90% de músicas que poderiam ser hits.

"Radio" remete à "Video killed the Radio Star"; o excelente single "Ain't No Party" brinca de Rod Stewart; "Broken Watch" é alegre como "Walking on Sunshine" de Katrina & The Waves; "Gorgeous" é meio The Killers; "Debbie's Gone" mistura Weezer com Bee Gees (e fica bom); "Little Miss Lost and Found" tem áura de Beach Boys (que deve ser uma grande influência para eles, pois no primeiro disco "Save the World" já tinha os backing vocals típicos e até o Theremin de "Good Vibrations"); "Northern Girl" tem um quê de Elton John; "Cool Cops" é um "Take me Out" desacelerado e afetado (isso é um elogio); e "The Contortionist" e "Everybody!' também são ótimas. E quando você vê, o Cd pelo qual você não dava nada flui bem à beça.

Não é daqueles discos malas que definem caráter, mas pode ser um amigão que ilumina aquele dia nublado e te chama pra festa. Bom trabalho, rapazes!

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