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terça-feira, maio 27, 2008



É isso mesmo, meu povo e minha pova: Ned, o confeiteiro de Pushing Daisies, é o cara mais bonitinho do momento. Pronto, falei!

Ao som de: Felix da Housecat, “What She Wants” (hummmmm...); Death from Above 1979, “Romantic Rights (The Phone Lovers Remix)” (hummmmm); Talking Heads e Devo.


* Post escrito originalmente em 26 de setembro de 2007 *


“Qual era o nome dos programas de viagem do Michael Palin mesmo?” ou
“Left to my own Devices”


Nunca imaginara ir para Salvador. Com todo o respeito, nunca tive vontade de conhecer o nordeste brasileiro, ainda mais as capitais. Quando a oportunidade surgiu, as opiniões das pessoas queridas foram díspares entre a total aprovação e o total repúdio. Como se a viagem já não fosse polêmica o bastante, eu escolhi ir de ônibus – sempre imaginava como seria encarar uma longa viagem de ônibus, e pelo jeito esta seria uma oportunidade única para saber, não tinha como ser deixar passar – mais precisamente, 27 horas na estrada.

De início, claro que fiquei preocupada – afinal, haja preparo físico, trilha sonora e, sobretudo, paciência para ficar mais de um dia sacolejando num busão e aturando sabe-se lá quem sentados ao seu redor. Afinal, lembrem-se: eu ainda sou uma criatura anti-social, apesar de enganar bem às vezes.

Li revistas, cochilei, vi filmes, ouvi MUITA música, almocei e lanchei sozinha na estrada. Comia castanhas ouvindo David Bowie cantando “All the Young Dudes” quando percebi que já tinha passado nove horas de viagem, e elas foram mais rápidas do que poderia imaginar. Ainda faltava mais da metade da jornada a ser percorrida e eu AINDA não estava de saco cheio, nem entrevada ou sentindo-me amassada. Pelo contrário, estava animadíssima! Seria culpa do Bowie? =P

A viagem seguia, jantar, lanche, café da manhã... pessoas diferentes, lugares mais diferentes ainda que cada vez me emocionavam mais, porque sabia que nunca mais os veria de novo. Uma sensação nova me arrebatava...

Sempre adorei ficar sozinha, fazer as coisas do meu jeito e no meu momento. Foi então que me dei conta de que fazia bastante tempo que eu não ficava REALMENTE SOZINHA. Mas precisamente, eu NUNCA tinha viajado totalmente sozinha (sem pais ou namorado) para tão longe, o que me deixou me sentindo a pessoa mais dependente e imatura do mundo. Eis o motivo desta ser uma viagem tão especial, e por isso me sentia tão livre, feliz e diferente. Ou melhor dizendo, mais eu mesma que nunca – e nem tinha chegado ao meu destino ainda!

Chegando em Salvador, as coisas se desenrolaram de forma magicamente simples. Fui acolhida por duas pessoas cujas palavras me faltam para dizer como eu adorei tudo e não sei como agradecer. Infelizmente, uma semana foi pouco (ao menos para mim) e passou num piscar. Conheci o sotaque da terra e finalmente me dei conta de como ele é fofo. Vimos manifestações populares, fizemos programas de turista, vivenciamos aventuras absurdas, bebemos, cantamos, rimos e dançamos. Vimos vídeos de bandas que amamos e fizemos comentários impublicáveis. Falamos besteira até perder a voz e bebemos até começar a conversar noutra língua. E então chegou a hora de voltar – desta vez de avião. Sozinha pela segunda vez na vida, feliz por tudo que aconteceu e triste por tudo ter chegado ao fim. Fiquei prestes a chorar enquanto ouvia “Six” do Mansun e olhava as nuvens daquele dia lindo e tentava imaginar quando será a próxima vez que me sentirei tão bem com tudo e comigo mesma. E, o mais importante, tive a certeza de que as pessoas certas aparecem na hora que menos se espera (e que mais se precisa de ajuda) e te apóiam das formas mais... surpreendentes.

Não acredito que eu tenha voltado uma nova pessoa, mas provavelmente (re?) descobri mais coisas sobre eu mesma do que jamais imaginaria indo para um lugar onde eu nunca quis ir – e hoje em dia me pego torcendo para que o dia em que ocorra uma reprise venha logo!

- Yours truly,
Sra. T. Beresford

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terça-feira, maio 13, 2008




Ao som de: The DFA Remixes Chapters 1 & 2 e "My Love"(DFA mix), Justin Timberlake; Red Album, Weezer.

A SUTIL ARTE DE SER SUTIL

Fazer uma balada de qualidade é uma arte para poucos, tanto que são poucas as que caem no meu gosto. E eu, na minha mania de bibliotecária maluca, gosto de categorizá-las em três grupos: as baladas fofas, as grandiosas e as sutis.

As fofas dão aquela sensação de que conseguiremos acompanhá-las sem problema no violão, tocando todas as cordas ao mesmo tempo mantendo o ritmo, fazendo blim blim blim, sabe? Seu defeito é que, se a música não é boa, torna-se uma balada boboca – o que é, convenhamos, o que mais vejo por aí.

As grandiosas deixam claro que vieram para aparecer. Seu defeito é quando atropelam a linha tênue do bom gosto e tornam-se megalômanas sem necessidade. Já as sutis são as minhas favoritas. Elas não têm a pretensão de serem grandiosas, mas estão longe de serem “meras” fofas. Claro que elas também correm o risco de darem errado e tornarem-se canções vazias – mas, do contrário, são obras marcantes como uma “God Only Knows”, dos Beach Boys ou “Night and Day”, de Cole Porter (aliás, duas de minhas músicas favoritas de todos os tempos).

“Clover Over Dover”, é uma de minhas músicas favoritas do Blur. Não tenho coragem de dizer que é A minha música favorita porque minha lista de favoritas desta banda é extensa e não gosto de excluir ninguém... mas certamente ela está em meu Top 5... ou mesmo no Top 3, porque ela é o exemplo perfeito da capacidade de uma balada sutil: é uma pequena grande canção.

Para ficar com exemplos tirados do mesmo disco de onde esta veio, o Parklife (1994), poderia dizer que “End of a Century” e “Badhead” são fofas, assobiáveis; enquanto que “This is a Low” é densa e grandiosa. Para mim, todas são belas – mas “Clover Over Dover” é especial.

Engraçado que nem a considero como a que melhor representa a personalidade do Blur, mesmo porque trata-se de uma banda tão esquizóide que não faz sentido querer traduzi-la apenas com uma de suas músicas (ironicamente, “Song 2” talvez acabe sendo a que melhor assume o cargo afinal, por tratar-se de uma música igualmente esquisita em se tratando desta banda).

“Clover Over Dover”, a faixa número 12 do disco citado acima, encontra-se “escondida” num lugar ingrato: na metade do lado-B, onde os hits e músicas mais acessíveis já passaram, mas ainda não é o fim propriamente dito, e só encara quem gostou de tudo o que a banda mostrou até então. Não que ela esteja mal-acompanhada, pelo contrário... as faixas 11 (“Trouble in the Message Centre”) e 13 (“Magic America") são duas que mereciam mais atenção do que realmente têm e que até hoje não entendo como elas, bem como outras duas músicas do lado-B (“London Loves” e “Jubilee”, que costumava ser música de abertura dos shows da banda na tour do Parklife) nunca viraram singles. Ok, ok... acho que já consta nos autos que um dos motivos que fazem de Parklife um clássico é o fato de não ter uma música ruim. Mas eu tava falando da faixa 12, então voltemos a ela.

Não sei se isso ocorre com mais alguém (espero que sim, senão vou começar a desconfiar de que tenho POBREMAS, hehe), de uma música ser tão especial que quando ela toca você não consegue fazer mais nada além de ouvi-la, como que em estado de choque. Tenho a sensação de que poderia estar dividindo o átomo, mas se ela começasse a tocar eu largaria tudo só para dedicar minha atenção somente a ela, por ser boa demais e bela demais para ser desperdiçada como música ambiente ou algo assim.

Um amigo que é produtor e engenheiro de som que me fez me ligar nessas detalhes. Certa vez ele pegou uma música antiga do Coldplay de exemplo e falou algo do tipo: “Olha só, o piano faz a mesma coisa o tempo todo a música inteira, mas o produtor tem a sacação de aumentar o volume dele só no refrão, deixando ele mais emocionante. Tudo é ter a manha de aumentar aqui e diminuir ali na hora certa”. É engraçado ver que detalhes técnicos, algo considerado tão “sem coração” para os leigos (como eu) é que resulta em coisas tão emocionantes. Não sei quem foi o responsável por “cometer” esta maravilha de canção – o produtor Stephen Street? Os engenheiros de som John Smith e Stephen Hague? O próprio Blur? – mas uma coisa é fato: as linhas de cada instrumento são simples e repetitivas, e quando em conjunto cravo, órgão, guitarra, baixo e bateria (sem músicos adicionais) encaixam-se de forma mágica, lírica e ainda assim muito sutil.

Deste jeito, não teria como o resultado disto ser menos que maravilhoso. É uma canção única na discografia da banda em minha opinião. Ela é doce como um beijo inesperado vindo no momento em que você mais precisa.

Então eu, num momento raro de amor fraterno por todos que, apesar de seu tempo corrido ainda aparecem para ler isto aqui, ofereço esta canção a vocês. Ouçam-na apenas, e sintam-se beijados.

-Yours Truly,
Sra. T. Beresford

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sábado, maio 10, 2008

EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA!!!!!!!!!

O post que escrevi vai ficar pra próxima por um motivo bem simples: 8 MÚSICAS DO RED ALBUM DO WEEZER JÁ VAZARAM!!!!!!!!!!

E, quando o assunto é Weezer, pra esta que voz digita é motivo de feriado mundial! Haha

Primeira ouvida apenas, mas parece que a coisa tá boa mesmo... Já gostei de cara de Dreamin', Troublemaker, e The Greatest Man the Ever Lived. Apesar de algumas músicas não serem cantadas por Rivers (é o Brian? Pat? Scott? É arquivo falso?!?!?! Bem, Rivers tinha dito que deixaria seus colegas de banda cantar desta vez, vamuvê), tem a guitarrinha que, se não é do homem, é de algum macaco de imitação!!! :P

Ai, nem sei o que escrever aqui. Baixem e tirem suas conclusões.


http://www.mininova.org/tor/1393022

quinta-feira, maio 01, 2008

e lá vamos nós...

Ouvindo "Freak out/ Starry eyes" e "Slowdrive", LCD Soundsystem.


Tinha prometido a mim mesma não levantar mais a bola do Hot Chip aqui no blog, mas...

A banda mais ouvida por esta que vos digita ultimamente (junto com a das músicas citadas aí em cima, o que não é novidade alguma), que fez um dos melhores discos deste primeiro semestre e que vai concorrer com verdadeiros hors concours (Weezer, Franz, Supergrass, REM...) em melhor disco do ano, conseguiu:



"One Pure Thought", como se não bastasse ser o forró do Hot Chip, conseguiu a façanha de ser um clipe mais sem noção que o de "Ready for the Floor"! Foi feito pelo pessoal que faz as capas e camisetas da banda, e o visual é lindo, pop, meio Roy Lichtenstein. O que não impede que seja um video totalmente sem noção. E claro que eu ADOREI!

Eu não sei upar video do youtube aqui, então fica o link:

http://www.youtube.com/watch?v=eAev1ZjE3dI

Veja o clipe do Hot Chip e seja uma pessoa mais feliz!!!


- Yours truly,

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